Pano de fundo do conflito é a disputa eleitoral de 2020. Diego Sorgatto será o principal adversário de Wilde Cambão, o candidato do prefeito Cristóvão Tormin

Diego Sorgatto, deputado estadual pelo PSDB| Foto: Fábio Costa

Há uma verdadeira política em Luziânia, maior cidade do Entorno de Brasília. O prefeito Cristóvão Tormin, do PSD, completa, em 2020, oito anos de poder e quer fazer o sucessor. O nome que está colocando para sua sucessão é o do deputado estadual Wilde Cambão, do PSD. A oposição está se agrupando em torno do deputado estadual Diego Sorgatto, do PSDB (a caminho do DEM). Entre seus apoiadores estão o deputado federal Célio Silveira, do PSDB, ex-prefeito da cidade, e o ex-deputado federal Marcelo Melo, do DEM.

Dada a competição renhida quase tudo é motivo para conflito. Recentemente, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do DEM, esteve no município e postou-se ao lado de Diego Sorgatto — que é seu aliado na região. Partidários do parlamentar chegaram a vaiar Cristóvão Tormin, observados tanto por Ronaldo Caiado quanto por Diego Sorgatto.

Wilde Cambão, deputado estadual pelo PSD | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

No sábado, 31, ocorreu outro conflito. Um evento do programa Alego Ativa, da Assembleia Legislativa, foi marcado para Luziânia e levado, por Diego Sorgatto, para o Jardim Ingá — um distrito com aproximadamente 100 mil habitantes. Segundo aliados de Cristóvão Tormin, o deputado Sorgatto, agindo em nome da Alego, não aceitou o apoio da prefeitura e teria assumido o controle de tudo. Ante o caráter supostamente exclusivo do evento, Cristóvão Tormin e Wilde Cambão decidiram não comparecer. Comenta-se, entre os partidários de Sorgatto, que o prefeito sempre procura exclui-lo de qualquer evento.

No caso, está se dando o que se convenciona chamar de chumbo trocado.