Baldy e Marconi, o padrinho, durante inauguração do comitê em Anápolis
Baldy e Marconi, o padrinho, durante inauguração do comitê em Anápolis | Foto: Ascom

No fim da semana passada, o governador Marconi Perillo (PSDB) foi a Anápolis para participar da inauguração do comitê político de Alexandre Baldy. E o evento do candidato a deputado federal pode ter mostrado uma face interessante de Marconi: a atenção que tem dado à criação de novas lideranças. É, na verdade, uma necessidade, visto que esta será a quarta eleição ao governo disputada pelo tucano e, quem sabe, a quarta que vence. Assim, é necessário que o PSDB tenha um nome promissor para “assumir” o lugar em 2018.

Assim, segundo dizem os marconistas, o jovem Baldy — aos 34 anos — é a maior aposta de Marconi na revitalização de seu projeto. Parte daí a insistência para que o empresário e ex-secretário de Indústria e Comércio fosse candidato. Aliás, foi muito devido à atuação de Baldy à frente da SIC, que Marconi passou a ter olhos mais profundos com o anapolino. Quando foi chamado para assumir a pasta em 2011, Baldy, embora tenha sido pego de surpresa, assumiu e desenvolveu um trabalho considerado por muitos como “excepcional”. O principal argumento é de que a expansão econômica do Estado nunca foi tão consistente quanto nesses últimos anos. E muito disso é atribuído a Baldy.

Nos bastidores, Marconi diz ter se surpreendido com a capacidade de articulação do pupilo e também com seu bom trânsito no meio empresarial, inclusive com certas relações internacionais. E todo esse sucesso acabou por lhe abrir espaço no campo político, contando muito com o incentivo de Marconi. A candidatura do jo­vem aglomera também à própria campanha à reeleição do governador, visto que Baldy é anapolino e tem trânsito na cidade — que apoia Marconi, mas tem demonstrado, pelo menos até o momento, ter boa receptividade pelo candidato petista Antônio Gomide, que foi o gestor por mais de cinco anos.

Assim, Baldy entra como um grande cabo eleitoral para Marconi e deverá capitalizar as ações que o governo estadual fez em Anápolis. “Foram R$ 700 milhões em três anos e meio”, ele nunca deixa de lembrar. Os destaques são a construção do aeroporto de cargas e o centro de convenções.

Por isso, os projetos para o jovem empresário são grandes e deverá partir dele a onda de renovação que, de certo modo, tomará conta dos partidos a partir deste ano. Perfil e capacidade de crescimento, Baldy tem. E se ele conseguir aglutinar todas as expectativas que pesam sobre ele, Goiás verá um possível herdeiro político de Marconi.