Se as eleições para sua sucessão em Goiânia fossem hoje, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) teria de se contentar com isso: em assistir ao processo de sua sucessão. E mais: se “intrometendo” o mínimo possível caso pense em ajudar quem eventualmente apoie.

Pesquisas qualitativas vêm mostrando que Cruz não é tido apenas como um prefeito ruim, mas também detestado. Ou seja, não é apenas reprovado: a população (ou boa parte dela), passou a sentir raiva do gestor.

É um cenário realmente muito complicado a quem queira se aventurar numa reeleição.

Pessoalmente, Rogério Cruz é afável, educado e gentil, segundo a grande maioria dos que têm contato direto com ele dizem.

Mas, sem confundir o indivíduo com o gestor, o fato é que pouco gente está pulando para dentro do barco em que está o prefeito. E isso, às vésperas de entrada num ano eleitoral, nunca foi bom sinal para ninguém.

Como a política é “a arte do possível”, nem tudo está perdido. Carioca, Rogério Cruz precisa se inspirar, talvez, numa espécie de “Botafogo reverso”: tudo parece já decidido mas do “contra”. Tão decidido que talvez esteja aí a oportunidade da surpresa.

Se conseguir “dar um gás” e mudar a cara da cidade nos próximos três meses, tendo ainda a máquina para trabalhar em seu favor, o prefeito pode virar a partida. É difícil? Muito – mas também era dificílimo o Botafogo perder o título brasileiro.

Se, porém, a coisa não engrenar, para Rogério Cruz, a solução vai ser mudar a programação de futebol para cinema. Aí, é ficar mesmo “à espera de um milagre”. (E.D.)