Os favoritos para a disputa são Marcelo Melo, do partido Democratas, e Cristóvão Tormin, do Progressistas. Cambão luta pela reeleição
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o município de Luziânia tem 117.413 eleitores — ficando atrás apenas de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis e Rio Verde. Dado o eleitorado, considerado grande, vários nomes da cidade estão se postando como possíveis candidatos a uma das 41 vagas para deputado estadual na Assembleia Legislativa de Goiás. Em 2018, a cidade elegeu dois deputados estaduais — Diego Sorgatto (na época do PSDB, mas agora do partido Democratas), hoje prefeito, e Wilde Cambão, do PSD.
Não há candidatos definidos, porque a eleição será disputada daqui a um ano e sete meses, mas os políticos estão se movimentado, rearticulando suas bases políticas e, alguns, estruturando o caixa da campanha. Dado o fim das coligações partidárias, será uma eleição complicada para todos, sobretudo para aqueles filiados a partidos menores e até médios. O Jornal Opção apurou, ouvindo políticos de Luziânia, que pelo menos nove nomes estão se colocando. Nem todos serão candidatos — o afunilamento é inevitável, diz um “luzianólogo” — e é possível que surjam novos postulantes. O eleitorado é grande, e pelo menos dois políticos locais podem ser eleitos em 2022. O ideal é que saiam no máximo de dois a três candidatos, porque, se saírem muitos, um pode canibalizar o outro. E há o problema de sempre: políticos de outras cidades aparecem para pedir votos no município — o que é incontornável, pois não há barreiras impeditivas.
1 — Ana Lúcia de Sousa e Silva/DEM

Ana Lúcia: vice-prefeita de Luziânia | Foto: Reprodução
É um nome forte, com ampla capilaridade eleitoral no Jardim Ingá, um distrito que tem mais eleitores do que muitos municípios de Goiás. Porém, se o Democratas bancar a candidatura do ex-deputado federal Marcelo Melo, a vice-prefeita certamente não vai postular mandato de deputada estadual.
2 — Cristóvão Tormin/PP

Cristóvão Tormin: ex-prefeito de Luziânia | Foto: Y. Maeda/ Alego
Político matreiro, dos mais experimentados. Foi prefeito e deixou o cargo com a imagem arranhada, inclusive do ponto de vista moral. Também já foi deputado estadual. Dado o desgaste eleitoral, terá de buscar apoio em outras cidades, o que não será fácil, por falta de estrutura.
3 — Eládio Carneiro/PSL

Eládio Carneiro: Líder do PSL | Foto: Reprodução
Não disse que será candidato. Mas é a principal aposta do deputado federal Delegado Waldir Soares na cidade. É advogado respeitado na região do Entorno de Brasília.
4 — Eliel Júnior/Solidariedade
O ex-vereador tem dito a aliados que pode ser candidato. Mas precisa de estrutura — o que não tem, segundo experts na política local.
5 — Marcelo Melo/Democratas

Marcelo Melo: ex-deputado federal | Fernando Leite/Jornal Opção
O ex-deputado federal, dadas sua experiência e sua capacidade de articulação, é a aposta do Palácio das Esmeraldas. O prefeito Diego Sorgatto, do mesmo partido, tende a apoiá-lo. É apontado como “superfavorito”.
6 — Professora Edna/Podemos

Professora Edna Aparecida: ex-prefeita | Foto: Divulgação
A ex-prefeita deu-se mal na disputa de 2020, quando ficou em terceiro lugar na disputa pela prefeitura, obtendo uma votação vexatória para quem estava no poder, com a máquina pública à disposição.
7 — Télio Rodrigues/DEM

Télio Rodrigues: ex-vereador | Foto: Facebook
Há um drummond no caminho do ex-vereador: o meio-campo do Democratas está congestionado, com dois outros pré-candidatos: Marcelo Melo e Ana Lúcia. O partido vai bancar apenas um nome.
8 — Wilde Cambão/PSD

Wilde Cambão, deputado estadual pelo PSD | Foto: Denise Xavier/ Ascom
A pedra no caminho do deputado responde pelo nome de Cristóvão Tormin. Uma pedra talvez intransponível. O eleitorado dos dois é praticamente o mesmo. O ex-prefeito é o padrinho político do parlamentar.
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