O futuro é construído pelo presente — não chega de uma vez. Os políticos sabem disto como poucos. Por isso, mal termina uma eleição e eles já começam a discutir a próxima. No momento, não chegou nem mesmo a eleição de 2024 — que será realizada daqui a um ano e quatro meses —, mas já há uma discussão aberta a respeito da disputa de 2026.

Como Ronaldo Caiado, do União Brasil, faz um governo bem avaliado — inclusive em Goiânia, onde, tradicionalmente, governadores não são muito bem avaliados —, os políticos de sua base já estão pavimentando candidaturas para 2026. A disputa para o Senado será intensa.

Os políticos da base governista dizem que, a rigor, só uma vaga do Senado estará na disputa. Eles consideram que uma vaga será de Gracinha Caiado, a mulher de Ronaldo Caiado e uma política altamente articulada e com vocação administrativa (a eficiência dos programas sociais têm o seu empenho pessoal).

Para a vaga que resta há vários pré-candidatos. A lista a seguir está disposta em ordem alfabética (frise-se que, na oposição, dois políticos tendem a colocar seus nomes: Adriana Accorsi, do PT, e Gustavo Gayer, do PL).

1

Alexandre Baldy/pP

Alexandre Baldy: o ex-ministro ficou em quarto lugar em 2022 | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

O ex-ministro não foi bem na disputa de 2022, ficando em quarto lugar — atrás de Wilder Morais (PL), o eleito, de Marconi Perillo (PSDB) e de Delegado Waldir Soares (União Brasil). A tendência é que uma vaga para o Senado fique com o Pp, considerando que o MDB vai bancar o candidato ao governador, Daniel Vilela, e o União Brasil indicará o vice, possivelmente Pedro Sales, e uma candidata a senadora, Gracinha Caiado.

2

Bruno Peixoto/União Brasil

Bruno Peixoto: um mestre da articulação política | Foto: Sérgio Rocha

O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás é uma raposa política das mais articuladas. Pode disputar a Prefeitura de Goiânia, em 2024. O mais certo é que disputará mandato de deputado federal, em 2026. Mas aliados postulam que, dada sua capacidade de agregar, pode ser candidato a senador. Frise-se que o meio político está impressionado com a mestria do parlamentar na articulação política.

3

Gracinha Caiado/União Brasil

Gracinha Caiado, primeira-dama: hábil na articulação política | Foto: Secom

É considerada a candidata hors-concours. Uma vaga, dizem todos, é dela. Articula tão bem que alguns chegam a dizer que é mais política do que Ronaldo Caiado.

4

Gustavo Mendanha/MDB

Gustavo Mendanha: tenta se projetar politicamente| Foto: Divulgação

O ex-prefeito de Aparecida ainda está filiado à “ong” Patriota, mas já teria assinado a ficha no MDB — só falta divulgá-la publicamente. Ele planeja apoiar Daniel Vilela para governador e disputar mandato de senador.

5

Jorge Kajuru/PSB

Jorge Kajuru: senador até 2026 | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

Senador, o jornalista e radialista Kajuru pode disputar a reeleição ou mandato de deputado federal. Ele começou a articular politicamente em todo o Estado, dialogando com prefeitos e vereadores, o que sugere que será candidato em 2026. Só falta definir o cargo. A tendência é que tente se manter no Senado. Ele certamente ficará de olho nas pesquisas de intenção de voto e nas pesquisas qualitativas.

6

José Mário Schreiner/MDB

José Mário Schreiner: presidente da Faeg | Foto: Divulgação

O presidente da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg) não quis disputar a reeleição para deputado federal, em 2022, optando por bancar Marussa Boldrin, de Rio Verde (ela foi eleita pelo MDB). Em 2026, Schreiner pode se apresentar como o candidato do agronegócio a senador. Trata-se de um dos nomes forte do Sudoeste goiano.

7

Paulo do Vale/União Brasil

Paulo do Vale, prefeito de Rio Verde | Foto: Divulgação

Considerado um dos prefeitos mais qualificados de Goiás — faz uma gestão bem avaliada —, Paulo do Vale conseguiu eleger seu filho Lucas do Vale para deputado estadual, com uma votação expressiva (ficou em segundo lugar, atrás apenas de Bruno Peixoto). Com 55.747 votos, Lucas do Vale superou a votação de dois deputados federais eleitos, Ismael Alexandrino (54.791 votos) e Lêda Borges (51.346 votos). E mais: o candidato do gestor municipal a deputado federal, Dannillo Pereira (PSD), conquistu 51.442 votos, ou seja, mais do que a eleita Lêda Borges. Portanto, o prefeito está no jogo para o Senado ou para vice de Daniel Vilela.

8

Roberto Naves/pP

Roberto Naves: prefeito de Anápolis | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

O prefeito de Anápolis é um gigante político, com grande capacidade de articulação. Se Alexandre Baldy disputar a Prefeitura de Anápolis ou se assumir um ministério no governo de Lula, o gestor municipal poderá disputar mandato de senador. Mas também é cotado para ser vice de Daniel Vilela. Frise-se que ele gere a cidade com o terceiro maior eleitorado de Goiás. E, do ponto de vista da história política, é a segunda mais importante, ficando atrás apenas de Goiânia, a capital do Estado. (E.F.B.)