De acordo com um aliado do prefeito de Nerópolis, Gil Tavares, do Republicanos, assim que deixar o Executivo, em 1º de janeiro de 2025, ele começará a “campanha” tentar voltar ao poder em 2028, daqui a quatro anos. Se Luiz Alberto não abrir espaço, renunciando à reeleição, Gil Tavares será candidato assim mesmo, rompendo a aliança.

Mas as coisas não parecem assim tão boas para Gil Tavares. Talvez o político esteja vivendo seu ocaso. Entenda por quê.

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O prefeito eleito de Nerópolis, Luiz Alberto Franco, do Republicanos, é um político independente e não aceita cabresto. Gil Tavares teria fornecido uma lista de secretários para compor a nova equipe que abrange ao menos 70% dos cargos principais. Consta que o médico olhou e a afastou a lista.

Luiz Alberto: o prefeito eleito de Nerópolis não aceita cabresto político | Foto: Leoiran/Jornal Opção

Luiz Alberto não vai romper com Gil Tavares. Mas não vai nomear, para o primeiro escalão, todos aqueles indicados pelo prefeito. O gestor municipal terá sua cota na prefeitura — em torno de 30%. Mas não terá cargos com poder administrativo e financeiro. Vereadores eleitos serão contemplados com cargos para alguns aliados.

O prefeito eleito fará uma “limpeza” em determinados setores. Luiz Alberto é apontado como “decente” e não permitirá nenhuma roubalheira. Quer cortar o mal pela raiz.

Há um detalhe que poucos comentam. Gil Tavares teve de engolir a candidatura de Luiz Alberto, por ele ser popular na cidade. Mas seu candidato era o jornalista Zé Roberto Silva, do PSD. O médico se impôs e o prefeito teve de aceitá-lo.

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Gil Tavares lançou seu filho, Gil Tavares Filho, do Agir, para vereador em Goiânia. Ele teve uma votação tão pífia — 501 votos (0,07%) — que acabou por prejudicar seu partido. O prefeito teria investido maciçamente na campanha de Gilzinho, sem resultados positivos.

A derrota de Gilzinho Filho em Goiânia significa que Gil Tavares não conseguiu estender sua força política para além de Nerópolis — o que pode prejudicá-lo no projeto de se eleger deputado estadual.

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Os três candidatos a vereador mais ligados a Gil Tavares obtiveram votações vexatórias. O mais votado, Claudinho do Gil, do PL, obteve 293 votos. Rosilda da Educação, do Republicanos, conquistou 214 votos. Thalys Silva, do PSD, ficou com 77 votos. Nenhum foi eleito. (E.F.B.)