O Jornal Opção conversou com três palacianos, na semana passada. Dois deles sustentam que Ana Paula Rezende (MDB, talvez a caminho do União Brasil) — filha de Iris Rezende — será candidata a prefeita de Goiânia. O terceiro postula que o candidato será o presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto, do União Brasil.

Os palacianos dizem que Ana Paula Rezende está conversando com pelo menos 50 pessoas por semana — às vezes o número chega a 50 por dia — no escritório que era do pai. “Quem não quer ser candidata não articula tanto”, afirma um palaciano.

O outro palaciano acrescenta: “O governador Ronaldo Caiado aprecia Bruno Peixoto e não descarta apoiá-lo para prefeito da capital. Por dois motivos. Primeiro, porque é um aliado leal. Segundo, porque é agregador. Mas tem uma coisa que Ronaldo aprecia acima de tudo: a questão da governabilidade. Desde que Bruno assumiu a Assembleia, o governador ficou mais tranquilo. O deputado estabilizou o Legislativo. Então, é possível que Ronaldo trabalhe para que fique na Assembleia. Porém, se Ana Paula sair do páreo, Bruno pode voltar, e com força total. Ele é um nome fácil de ser trabalhado, porque, ao contrário de Ana Paula, articula sozinho, não fica esperando as decisões das chefias políticas”.

O terceiro palaciano é peremptório: “Pelo andar da carruagem, sobretudo porque o marido de Ana Paula, Frederico Peixoto, não a quer na disputa, para não comprometer os negócios dos condomínios Jardins, o candidato deve ser Bruno Peixoto. Ele articula, é um político presente e não tem arestas. Pouca gente está notando um fato: o vice-governador Daniel Vilela, presidente do MDB, vai lançar candidato a prefeito em Aparecida de Goiânia e em Anápolis, cidades que, respectivamente, têm o segundo e o terceiro maior eleitorado de Goiás. O MDB também vai lançar o candidato a prefeito de Goiânia? Se for, o que sobra para o União Brasil, partido do governador? Falta um pouco de lógica”.

Aos três palacianos o repórter fez a mesma pergunta: a base governista pode apoiar o prefeito Rogério Cruz, do Republicanos? Os três disseram que o problema do gestor municipal é o MDB de Daniel Vilela — que, ao menos no momento, rejeita apoiá-lo. E acrescentaram que, se o prefeito melhorar seus índices nas pesquisas, pelo menos até abril de 2024, haverá alguma possibilidade de composição. “O que nós, da base governista, não vamos apoiar é o candidato do PSD, o senador Vanderlan Cardoso. Quem trai uma vez costuma trair uma segunda vez. Então, quem estiver com Vanderlan Cardoso para 2024 automaticamente estará contra o governador Ronaldo Caiado”, afirma um dos palacianos. (E.F.B.)