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A maioria diz que o governo de Iris Rezende já “acabou” e por isso vai colocar seus blocos nas ruas

Há quem aposte que a gestão de Iris Rezende — o emedebista ainda tem dois anos e seis meses pela frente — já pode ser considerada finada. O emedebista, com 84 anos, não tem mais energia para gerir o dia a dia da Prefeitura de Goiânia e, mesmo assim, não delega poderes para os auxiliares administrarem a cidade. Centralizador, ele não confia em ninguém, nem naqueles mais próximos — exceto na sua filha Ana Paula Rezende, mulher do empresário Frederico Peixoto, dono da Construtora FGR. No Paço Municipal, os funcionários a chamam de “prefeitinha”, não para desmerecê-la, e sim para sugerir que também é uma das administradoras de Goiânia.

Como a gestão de Iris Rezende vai muito mal, e não apenas no setor de saúde — que estaria abandonado, segundo os vereadores e, sobretudo, a população —, políticos começam a dizer que, logo depois das eleições de outubro deste ano, a sucessão do prefeito será colocada em questão. Por sinal, os políticos, especialmente os que querem disputar o pleito de 2020, vão começar a criticar, de maneira mais frequente, os equívocos e a inação do prefeito. Vários nomes já começam a se posicionar para o próximo pleito. Confira uma das listas que circula nos bastidores do mercado persa da política.

1 — Adriana Accorsi/PT

Deputada Adriana Accorsi | Foto: Foto Y. Maeda / Alego

A petista aparece pouco na imprensa, mas tem uma atuação destacada na sociedade. Não é radical e é bem-vista. O PT pode trocá-la por um candidato tido como mais incisivo, como o deputado estadual Luis Cesar Bueno.

2 — Alexandre Baldy/PP

Foto: Fernando Leite / Jornal Opção

O ministro das Cidades certamente não vai ficar sem mandato de 2019 a 2022. Por isso pode ser tanto candidato a prefeito de Anápolis quanto de Goiânia. Se ficar fora da raia por quatro anos, terá dificuldade de disputar o governo de Goiás em 2022, sua principal pretensão.

3 — Andrey Azeredo/MDB

Foto: Alberto Maia

É visto como o nome do prefeito de Iris Rezende para a disputa de 2020. A ressalva é que emedebistas frisam que é “pouco político” e chega a ser “apático”. Outra opção do irismo é Agenor Mariano.

4 — Daniel Vilela/MDB

Arquivo

Se não for eleito governador em 2018, certamente não ficará sem fazer política até 2022, quando pretende disputar o governo pela segunda vez. Por isso é cotado para disputar a Prefeitura de Goiânia. É um político mais incisivo do que Andrey Azeredo. Seu problema é uma possível resistência de Iris Rezende.

5 — Demóstenes Torres/PTB

Demóstenes Torres (PTB) em entrevista ao Jornal Opção | Foto: Fernando Leite

Se não for candidato a senador, pode se tornar a principal referência da base governista para a disputa da Prefeitura de Goiânia. Por ter sido senador e candidato a governador, em 2006, é um nome forte, sobretudo se contar com o apoio da base aliada.

6 — Elias Vaz/PSB

Vereador Elias Vaz (PSB) | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção

A senadora Lúcia Vânia e o deputado Marcos Abrão podem bancá-lo para prefeito. É, seguramente, o vereador mais atuante de Goiânia. Conhece a cidade como poucos.

7— Fábio Sousa/PSDB

Divulgação

Se reeleito deputado federal, a tendência é que o tucano procure outro partido e coloque seu nome para a disputa da Prefeitura de Goiânia — seu verdadeiro sonho político.

8 — Francisco Júnior/PSD

O deputado Francisco Junior | Foto: Reprodução

Na campanha de 2016, embora não tenha sido eleito, chegou a empolgar a sociedade, que o percebeu como um político com a cara da cidade. Se eleito deputado federal, firma-se como um nome forte para a sucessão de Iris Rezende.

9 — Jorge Kajuru/PRP

Vereador Jorge Kajuru (PRP) | Foto: Alberto Maia / Câmara Municipal de Goiânia

Se for eleito deputado federal ou senador, ninguém vai segurar o vereador Jorge Kajuru. Ele deverá ser candidato a prefeito de Goiânia.

10 — José Vitti/PSDB

Presidente da Alego, deputado José Vitti (PSDB) | Foto: Denise Xavier

O presidente da Assembleia Legislativa desistiu da reeleição. Mas continua articulando uma base política em Goiânia. Vereadores, como Romário Policarpo, o apoiam para prefeito.

11 — Lincoln Tejota/PROS

Alego

Se eleito deputado federal, o filho do articuladíssimo Sebastião Tejota, conselheiro do TCE, pretende alçar voos mais altos. Pode começar pela disputa da Prefeitura de Goiânia.

12 — Lucas Calil/PSD

Alego

O pai do deputado, Benitez Calil, afirma que, se Lucas Calil obtiver ao menos 20 mil votos em Goiânia na disputa da reeleição, vai colocar seu nome para prefeito da capital.

13 — Rafael Lousa (PSDB)

Foto: Bruna Aidar/ Jornal Opção

Uma das apostas do movimento RenovaBr, o empresário é apontado como um político moderno. Se for eleito deputado estadual, sobretudo se bem votado em Goiânia, passa a ser cotado para a disputa da prefeitura.

14 — Thiago Albernaz/Solidariedade

Thiago Albernaz se emocionou durante a entrevista

Neto de Nion Albernaz, talvez o melhor prefeito da história de Goiânia, Thiago, se for eleito deputado estadual, passa a ser cotado para prefeito. Ele foi vice na chapa de Vanderlan Cardoso em 2016. É bancada pelo deputado federal Lucas Vergílio e pelo empresário Armando Vergílio.

15 — Vanderlan Cardoso/PP

Vanderlan Cardoso | Foto: Arquivo

O partido pode apostar no empresário ou em Sandes Júnior para prefeito de Goiânia. Em 2016, ele perdeu, mas foi para o segundo turno contra Iris Rezende. É tido como um administrador eficiente. A ressalva é que parece um político relutante: aparece e, logo depois, desaparece.

16 — Virmondes Cruvinel/PPS

Virmondes Cruvinel, deputado estadual pelo PPS | Foto: Y. Maeda

O deputado federal Marcos Abrão tem duas opções para 2020: Elias Vaz, do PSB, e Virmondes Cruvinel. O jovem parlamentar tem atuação destacada entre os setores organizados de Goiânia.

17 — Waldir Soares/PSL

Reprodução

Se Ronaldo Caiado for eleito governador, o deputado e delegado de polícia será seu candidato a prefeito de Goiânia. Em 2016, não foi bem. Com estrutura, pode crescer.