15 vereadores com forte possibilidade de reeleição em Goiânia

26 julho 2020 às 00h00

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Entre os favoritos estão dois homens, Anselmo Pereira e Wellington Peixoto, e duas mulheres, Priscilla Tejota e Sabrina Garcez
Eleição para vereador é uma caixinha de surpresas. Às vezes, nomes apresentados como favoritos ficam bem atrás de nomes que eram absolutamente desconhecidos. Há bairros em Goiânia que, com mais de 100 mil habitantes, são verdadeiras cidades. De lá, de repente, surge um candidato que se torna um campeão ou quase um campeão de votos. Pode-se sugerir que, de alguma maneira, eleição para vereador já é mais ou menos distrital.
Há quem leve a sério pesquisas de intenção de voto para vereador, mas elas costumam não funcionar. Digamos que o bairro do candidato Zé das Alfaces não tenha sido pesquisado, mas, tendo 30 mil eleitores, acabe por eleger o feirante. Por isso, é muito complicado avaliações peremptórias sobre possíveis eleitos para vereador.
Sabendo da dificuldades de apontar favoritos em geral, dada a multiplicidade de candidatos — o fim das coligações proporcionais vai contribuir para o aumento do número de postulantes —, o Jornal Opção perguntou a 30 políticos sobre os pré-candidatos a vereador, entre os que já são vereadores, que tendem a permanecer na Câmara. A lista será exposta a seguir, mas ressalvando que se trata de uma avaliação especulativa de políticos, de vários partidos, porque não há a menor possibilidade de afirmar — com toda a certeza — que o postulante “x” vai ser eleito e o postulante “y” vai ser derrotado. Ao lado de cada nome há breves comentários, feitos pelos entrevistados e sintetizados pelo jornal. Os citados como fortes, listados em ordem alfabética, podem ganhar ou podem perder. Alguns possivelmente perderão. Há até quem acredite que um dos favoritíssimos, Anselmo Pereira, pode ser derrotado.

1 — Anselmo Pereira/MDB
Todos os ouvidos disseram que, mesmo se tratando de um político camaleão, do PG (Partido do Governo), tem capilaridade eleitoral em toda a cidade. Mas há quem afirme que está ficando desgastado e que seu próprio eleitorado está se “cansando” dele.

2 — Cabo Senna/Patriota
O sargento tem forte apoio na Polícia Militar. É uma das apostas do partido dirigido por Jorcelino Braga. (Ele uso “Cabo” como nome político, mas é sargento.)

3 — Carlim Café/MDB
Mudou de partido, mas isto, no seu caso, não é problema. Porque tem bases eleitorais mais próprias do que partidárias.

4 — Doutor Gian/MDB
Tem a força da Igreja Fonte da Vida. Na eleição passada, ficou como suplente, mas foi bem votado.

5 — Juarez Lopes/PDT
Como Paulinho Graus não será candidato a vereador, e sim a prefeito de Goiânia, Juarez Lopes é o nome mais forte do partido.

6 — Léia Klébia/PSC
É a grande aposta de seu partido em Goiânia e conta com forte apoio no meio evangélico. Eleitoralmente, fica entre os vereadores mais consistentes.

7 — Lucas Kitão/PSL
Apontado como um vereador qualitativo, que debate os assuntos a sério e sem fisiologismo, cresceu como político. Resta saber se, eleitoralmente, ampliou suas bases.

8 — Oseias Varão/PP
Nenhum partido queria aceitá-lo. Até que, finalmente, o Progressistas o absorveu. É apontado como um candidato forte.

9 — Priscilla Tejota/PSD
No início, era conhecida tão-somente como a “mulher” de Lincoln Tejota, o vice-governador. Na Câmara, depois de um trabalho intenso, consolidou sua posição como vereadora arrojada e posicionada, sobretudo quando o assunto é saúde. A dúvida é se sua base eleitoral está mantida ou se foi ampliada.

10 — Romário Policarpo/Patriota
Começou o mandato sem muita força política, mas se revelou um articulador do primeiro time e se elegeu presidente da Câmara Municipal, mesmo sem o apoio do prefeito Iris Rezende. Ele é cotado para vice tanto de Iris Rezende quanto de Maguito Vilela.

11 — Sabrina Garcêz/PSD
Assim como Priscila Tejota, caracteriza-se como uma vereadora posicionada e sempre crítica. Na primeira disputa, montou uma forte estrutura, que agora certamente será ampliada.

12 — Sargento Novandir/Republicanos
É apontado como um candidato forte. Mas não é a posta principal do partido Republicanos (que é controlado pela Igreja Universal, que terá seu próprio candidato).

13 — Tiãozinho Porto/MDB
Revelou-se um político articulado é é citado, inclusive pelos colegas, como tendo chance de continuar na Câmara.

14 — Wellington Peixoto/DEM
Conta com a forte estrutura político-eleitoral da família Peixoto (leia-se seu pai, Sebastião Peixoto, e o irmão, deputado estadual Bruno Peixoto, político dos mais articulados).

15 — Zander Fábio/Patriota
Político hábil, agregador, é uma das principais apostas do Patriota. Ele incluiu na sua pauta a defesa dos animais, como cachorros e gatos — o que pode ter atraído um novo eleitorado.
Nomes “novos” que vêm com força para a disputa
Depois de confeccionar a lista, o Jornal Opção perguntou aos entrevistados sobre candidatos “novos” que têm chances de serem eleitos.

Segue os nomes mais citados: Sandes Júnior (PP), um pastor da Igreja Universal (o nome não foi mencionado, mas não será Rogério Cruz; será do Republicanos), uma filha do pastor Josué Gouveia (o nome não foi citado), Felipe Cortês (Podemos), Pedro Azulinho (PSB), Rui Gilberto (PDT, da Maçonaria), Guilherme Chagas (PDT), Paulo Magalhães Filho (Podemos), Mauro Rubem (PT), Carlos Soares (PT), Desireé Penalba Machado (DEM), Marquinho do Bairro Goyá (Patriota), Geovane Antônio (PSB), um filho de Milton Mercês (DC). O PC do B terá, possivelmente, um postulante competitivo, que pode ser Isaura Lemos ou o marido da vereadora Tatiana Lemos.

Dra. Cristina Lopes (PL) e Paulinho Graus (PDT) planejam disputar mandato de prefeito de Goiânia, portanto não serão candidatos à reeleição. O vereador Paulo Magalhães, de forte atuação, tem dito que será candidato e tende a bancar um filho para o pleito.