Nilson Gomes

Especial para o Jornal Opção

Vou votar em Alexandre Baldy, do Progressistas, para o Senado. Considero o cargo o mais importante da República, daí o critério na escolha. Como verseja Luiz Fafau num belíssimo poema, conheça os meus motivos:

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Senador precisa ter articulação nacional. Senão, passa o mandato inteiro sem produção legislativa e faz do gabinete um escritório de despachos.

Alexandre Baldy já possui prestígio no País inteiro, sobretudo nos três poderes em Brasília. Como deputado federal, aprovou ideias que moravam em gavetas e HDs, como a convalidação dos incentivos fiscais, salvando 400 mil empregos em Goiás.

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As famigeradas emendas ao Orçamento desvirtuam totalmente a atividade parlamentar. Vira competição de quem conseguiu mais recursos para Estados e municípios, em vez de fiscalizar, legislar, defender sua unidade na federação.

Como deputado federal, Baldy se revelou hábil nas três, de olhos bem abertos com o Executivo, protocolou dezenas de projetos e relatórios, diversos deles virando leis – e só ficou 34 meses na Câmara.

Ah, desencavou muuuuitas obras, máquinas e ônibus escolares, muuuuuuuitos ônibus escolares.

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Mérito é com Baldy. Não como num governo anterior, que julgava pela parlapatice. Baldy o afere pelos resultados – os seus e os de quem trabalha em suas empresas. Compadrio com ele nem se batizar o filho.

Eis a receita de seu sucesso empresarial e político.

Começou a trabalhar bem cedo, como frentista de posto de combustível. Foi estagiário de escritório de advocacia e do Tribunal de Justiça. Foi representante de impressos gráficos. Ao completar 18 anos, abriu a primeira empresa. Juntou dinheiro, vendeu o carro, pegou empréstimo em nome do pai e mostrou uma indústria de embalagens. Tinha dois funcionários. Hoje, são 1.200.

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Alexandre Baldy não exige resultados alheios mais do que os cobrados de si. E funciona. O apresentador José Luiz Datena, conforme vídeo publicado aqui pelo Jornal Opção, se rendeu à eficácia de Baldy quando secretário de Transportes de São Paulo. São 10 milhões de pessoas em metrôs e ônibus. Mais pepino que na Ceasa. E Baldy conseguiu se sobressair. Portanto, para o transporte público, maior problema do Entorno de Brasília e um dos piores da Grande Goiânia, Goiás terá no Senado alguém que fala de cátedra.

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Se o transporte é um gargalo goiano, o maior problema do mundo é a falta de emprego e empresas (fome e miséria são consequências). Além dos 400 mil empregos salvos, pois as companhias sairiam de Goiás caso fossem rompidos os contratos de incentivo, Baldy atraiu para Goiás empresas que abriram 215 mil vagas. Então, o senador Baldy vai lutar por algo em que já triunfou: a busca por investimentos.

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A repulsa ao Parlamento ocorre por diversos itens e a capacidade zero de integrantes é um entrave. A convivência com Baldy me impele a avalizar: é preparado e está à altura das expectativas mais exigentes. Goiás vai se orgulhar de ter Baldy em sua bancada.

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Baldy está com várias propostas excelentes, que vão do transporte público no Entorno ao uso popular dos bancos do governo.

Pagar Auxílio Brasil também para MEIs e microempresas que passam por dificuldade.

Quer que a Caixa assuma as prestações das casas das famílias do CadÚnico, cadastro composto pelas pessoas mais pobres do Brasil.

Quer Seguro-Desemprego de três anos para quem abrir empresa após a dispensa.

Vai apresentar o Código de Proteção e Defesa dos Animais, tema de reportagem do Jornal Opção.

Deseja mudar as leis para que os bancos não tomem casa nem carro de quem atrasou poucos meses ou de quem pagou mais da metade.

Transformar o BNDES num banco de MEIs, pequenas e microempresas.

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Baldy é inimigo dos juros, da burocracia, dos tributos, de tudo que atrapalha a pessoa a crescer. E acha escandalosas as taxas dos bancos e o que o governo paga de juros.

No Senado, vai agir com firmeza para que todo esse dinheiro seja aplicado na produção.

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Pessoalmente, teria razões ótimas para a escolha ser outra: entre os concorrentes, sou mais amigo de Wilder Morais, minha família é ligada à de João Campos desde antes de mudarmos para Goiânia e meu irmão é pastor na Assembleia onde ele e seu irmão também são, já votei em Denise Carvalho em eleições estudantis e à Assembleia e ela nunca decepcionou, Waldir Soares foi meu colega de concurso, estudei em seu pesado cadernão de anotações de dicas de Direito, vi seus esforços na transição do Paraná para Goiás.

Mesmo assim, prefiro Baldy, pois reconheço nele os atributos que goianas e goianos precisam ter num amigo, a retidão que se espera de alguém com princípios, a liderança desde os tempos de adolescente, a dedicação à pesquisa, parte dela no Direito.

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Sem menosprezar os adversários, mesmo alguns deles clamando por invertidas, o conjunto de virtudes que conheci na atuação de Baldy o credencia ao cargo. E sou ciumento com as cadeiras da representação goiana no Senado.

Por elas passaram intelectuais, políticos e políticos intelectuais de altíssimo nível, que elevaram o prestígio de Goiás.

Leopoldo de Bulhões, que dá nome ao município que é um verdadeiro principado dos hortifrutigranjeiros, poderia batizar um Estado, tamanha a inteligência.

Juscelino Kubitschek foi o maior estadista da História do Brasil à exceção de Pedro II.

Henrique Santillo recitava atos inteiros de Shakespeare, aquele Dr. antes de seu nome advém do doutorado em Hamlet.

Irapuan Costa Junior traduz do inglês e do espanhol, domina os clássicos e entende de política externa como poucos no continente.

Demóstenes Torres é estudioso e culto, desconhece-se tema legal que não detalhe com precisão, conhece de música como maestro de sinfônica, reconhece obras de arte por poucas pinceladas, nem precisa mostrar o quadro, já identifica o autor.

Baldy ainda não chegou ao nível desses ícones goianos no Senado, mas acaba de chegar aos 42 anos e pode até ultrapassá-los, pois tem a humildade de aprender, inclusive, pela experiência dos destaques.

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Você foi ao show de Roberto Carlos no recente 17 de setembro de 2022, em Goiânia? Parabéns pela preferência musical. E muito obrigado por colaborar com obras sociais.

Explico.

Quando Alexandre Baldy nasceu, na segunda metade de 1980, seu pai, Joel de Sant’Anna Braga, já era promotor de Justiça. Apesar de os salários do Ministério Público de quatro décadas atrás serem muito menores que os de hoje, eram suficientes para sustentar uma família. Bom, depende. Não a do doutor Joel. Ele dedicava o salário todo aos pobres. No fim do mês, estava mais pobre que os mais pobres por ele beneficiados. O sustento da feira vinha da máquina de costura da mãe, Eulina Baldy, que de dia cuidava das dezenas de crianças abandonadas que o marido levava para casa e à noite preparava roupas vendidas em lojas de Goiânia.

Aqui entra Roberto Carlos.

Os projetos sociais de doutor Joel cresceram tanto que não cabiam mais no contracheque nem dentro de casa. O pai de Baldy se municiou de coragem e procurou o Rei da MPB após um show em Goiânia. Contou-lhe o narrado aqui. Roberto Carlos deu-lhe todo o cachê. Era tanto dinheiro que Joel comprou uma chácara para amparar crianças e adolescentes em situação de rua.

Tá, e pra manter esse tanto de rapaz? Salário e costura são insuficientes. Doutor Joel voltou a contar com RC. E assim foi durante décadas: todo ano Roberto se apresentava em Goiânia e o que ganhasse era para sustentar a meninada carente.

Quem falou que Joel ficou satisfeito? Inflou o projeto. Em vez de buscar dinheiro público, foi atrás do Roberto Carlos espanhol. Soube que Julio Iglesias, a JLo da época, faria um concerto na Argentina. Desembarcou em Buenos Aires e foi direto ao hotel do Harry Styles latino de então. Atendido. Duplamente.

Logo, nem se lotasse o Estádio Serra Dourada meses a fio cobriria as despesas dos projetos, que doutor Joel ampliou para idosos.

Atualmente, os sonhos do benemérito se espalham por Santas Casas, Apaes e onde mais houver alguém precisando.

Quem banca?

Outra característica comum a Roberto Carlos, Julio Iglesias e a família de Joel é a discrição com a bondade.

Baldy simplesmente não divulga que a missão que era dos artistas foi assumida por ele e a família da esposa, Luana. Mas nem pergunte quanto custa, se RC e JI ainda colaborem, quantos jovens e idosos são atendidos. Servir sem postar.