Por Ton Paulo

As eleições deste ano foram, também, teste de força para 2026 e 2028. E mesmo sem mandato, só saiu perdedor quem se manteve distante ou neutro no processo eleitoral

O prefeito eleito de Anápolis, Márcio Corrêa, do PL, deu início nesta semana ao cumprimento de uma de suas promessas de campanha: a construção de casas subsidiadas com entrada zerada. Corrêa se reuniu com representantes da Caixa Econômica e de construtoras para alinhar os primeiros detalhes do programa Construindo Sonhos, que deve abranger um possível subsídio da instituição financeira, a atuação da iniciativa privada e contrapartidas do Município.
Conforme apurado pela reportagem, a intenção do programa é de, em 2025, construir 2.500 casas com entrada 100% subsidiada (zerada) e parcelas em valor menor (entre R$ 300 e R$ 400), por meio de uma parceria entre a iniciativa pública e a privada. O prefeito eleito estaria, agora, negociando a fonte do subsídio - que pode partir tanto do possível acordo com a Caixa quanto de emendas parlamentares.
Márcio Corrêa anunciou o programa ainda durante a campanha, e destacou a dificuldade do trabalhador em juntar uma grande quantia de dinheiro para usar como valor de entrada na compra de um imóvel.
"A dificuldade das pessoas em adquirir sua moradia é o dinheiro de entrada. Um trabalhador para juntar 50 mil reais é impossível, sendo que o ministro "Taxadd" [Fernando Haddad, ministro da Fazenda], e quem paga os impostos é a população de baixa renda [...] Não é o Município que vai empreender. É o pequena construtor e a grande construtora. Nós vamos aquecer a economia gerando mais de dois bilhões, gerando mais de 50 mil empregos e dando moradia digna", disse.
Leia também: Eleição da presidência da Câmara de Anápolis pode ser primeiro teste de força de Márcio Corrêa

Até o momento, segundo apurado pela reportagem, há quatro possíveis candidatos para presidente da Casa: Andreia Rezende, do Avante; Zé Fernandes, do MDB; Jean Carlos, do PL; e Dominguinhos, do PDT

"Chega, o povo não tolera isso mais, o povo cansou desse discurso enjoado. O Brasil tem que voltar àquilo que é de interesse do cidadão", disse o governador de Goiás, em entrevista ao UOL News

Conforme apurado pela reportagem, a tendência é que o encontro - o primeiro para tratar da transição desde o anúncio do resultado de ontem - aconteça por volta das 11h

Primeiro, foi o da PUC: nunca existiu. Depois, o de deputado: cassado. E por fim, o de prefeito de Goiânia: passou perto, e depois longe das mãos do bolsonarista

"Muito obrigado, agradeço toda a cidade e a Região Metropolitana inteira. Nós mostramos que quando tem trabalho, o povo sabe reconhecer nas urnas", disse o governador

Conforme delineado pelos números do instituto, saíram vencedores no pleito de hoje, e com porcentagens próximas ou iguais às divulgadas, Sandro Mabel; Márcio Corrêa; e Leandro Vilela

Vitória de Mabel sobre Fred representa não só a confirmação das projeções iniciais, como também o triunfo do caiadismo sobre o bolsonarismo

Curiosamente, na sexta-feira, 25, dia em que foi alvo de operação da PF, o deputado parece ter quebrado sua tradição e deixado um pouco de lado as receitas de bolo de fubá para responder de forma séria às acusações a ele imputadas

Quando o cenário é espontâneo, o candidato Sandro Mabel tem 44,6% das intenções de voto. Fred Rodrigues aparece com 34,4%

Já na cartela espontânea, ainda com os votos válidos, isto é, quando se excluem os brancos e nulos, Mabel aparece com 56,5% das intenções de voto. Fred, por sua vez, conta com 43,5%

Quanto à certeza de voto, 43,3% responderam que "com certeza votariam" em Mabel para prefeito. Feita a mesma pergunta sobre Fred, 36,5% responderam que "com certeza" votariam nele

Correção da informação acontece mais de dois meses depois do registro de candidatura. A alteração feita na Justiça Eleitoral hoje, no entanto, não afeta o registro com a informação inverídica feito junto à Alego

Fred afirmou, em ficha cadastral assinada por ele, que tinha "superior completo" em Direito - informação que a universidade já desmentiu. Cargo ocupado exigia curso superior