Por Thiago Burigato
Júnior Friboi pode ser candidato a governador de Goiás, em 2018, pelo Pros ou pelo PRTB. O Pros, por ser mais forte nacionalmente, pode ganhar o passe do jovem e rico empresário.
Há quem, no PMDB, avalie que Júnior Friboi deve ser candidato a prefeito de Goiânia. Porque, em 2018, o partido vai bancar o deputado federal eleito Daniel Vilela para governador.
“Não há meia conversa: Daniel Vilela vai ser o candidato do PMDB a governador em 2018. Ele está sendo preparado para isto”, frisa um deputado. “Se não disputar o governo, pode até deixar a política”, diz um peemedebista.
Em 1998, Goiás estava em busca não de Iris Rezende, e sim de um novo Iris Rezende e o encontrou no então deputado federal Marconi Perillo. Em 2018, a tendência é que Goiás estará em busca de um novo Marconi Perillo. O partido que encontrar o novo Marconi — seja do governismo ou do oposicionismo — deverá eleger o próximo governador. No momento, Daniel Vilela é que o que mais se aproxima do retrato do novo Marconi. Insistamos num ponto: “No momento”. Quem quiser ganhar, ainda que seja de oposição, terá de se apresentar como continuidade renovadora de Marconi Perillo. Assim como Lula da Silva, o tucano-chefe é um mito vivo da política de Goiás. Embora tenha apenas 51 anos.
Qual será o novo Marconi Perillo da base governista? Há uma lista de prováveis: Giuseppe Vecci, José Eliton, Alexandre Baldy, Thiago Peixoto (espécie de Daniel Vilela do governismo, mas precisa estar motivado), Virmondes Cruvinel, Cristina Lopes e Lincoln Tejota.
De um peemedebista graduado: “Ronaldo Caiado pode retirar o cavalinho da chuva, pois não será candidato a governador de Goiás, em 2018, com o apoio do PMDB”. O peemedebista sustenta que, se não lançar candidato a governador, nas próximas eleições, o partido pode assinar seu atestado de óbito político. “O ex-vice-presidente da República Marco Maciel está certo: time que não joga não tem torcida. É importante ter torcida, ainda que seja pequena.”
Alquebrado, melancólico, Iris Rezende confidenciou a um peemedebista que não tem ânimo para disputar a Prefeitura de Goiânia. Deve ficar como conselheiro dos jovens peemedebistas. Ou nem isso.
O deputado federal Sandro Mabel disse, para dois políticos de proa do PMDB, que gostaria mesmo de ser candidato a prefeito de Goiânia. Porém, como a defesa, o meio-campo e o ataque estão congestionados, deve disputar a Prefeitura de Aparecida de Goiânia, com Euler Morais na vice. O vice de Sandro Mabel também pode ser o petista Olavo Noleto, chefe de gabinete do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia. O petista Ozair José também é cotado para vice.
Na Prefeitura de Goiânia comenta-se que o governador Marconi Perillo, por vias indiretas, deve ser considerado como a Princesa Isabel do prefeito Paulo Garcia. Porque libertou o petista do domínio de Iris Rezende.
Paulo Garcia deve fazer uma reforma administrativa para que a Prefeitura de Goiânia finalmente tenha a sua cara. Até o momento, há uma gestão dividida — com o paulo-garcismo e o irismo mandando em igual proporção, às vezes com o predomínio do segundo. A ordem na Prefeitura de Goiânia, do cargo menos ao mais importante, é: “Esqueçam Iris Rezende! É passado!”
A presidente da Associação Comercial e Industrial de Goiás, a competente Helenir Queiroz, é cotada para disputar a Prefeitura de Goiânia. Apesar de instada a fazê-lo, nem quer discutir o assunto. Helenir Queiroz prefere ficar como líder empresarial. Ela tem conversado com políticos, como Jayme Rincón, possível candidato do PSDB a prefeito de Goiânia.
A expansão do Flamboyant ficou bem-feita, o que prova, mais uma vez, a competência do empresário Lourival Louza. Sua capacidade de atrair lojistas de qualidade é impressionante. Lourival Louza é o tipo de capitalista que se renova com frequência e nunca fica parado. Está sempre ativo. E montou uma equipe eficiente.
O deputado federal Heuler Cruvinel (PSD) fica ligando para um aliado poderoso e pedindo para que contribua para censurar notas no Jornal Opção. Um verdadeiro papelão de quem se apresenta como democrata no Congresso Nacional e em Rio Verde. Como o Jornal Opção é aberto, Heuler Cruvinel, antes de tentar censurá-lo, deveria procurar repórteres e editores para apresentar suas versões sobre determinados episódios. É democrático e honesto.
O Ministério da Justiça, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal não sabem, mas dois crimes não podem ser investigados em Goiás, supostamente porque há envolvimento de policiais militares superperigosos. Um ex-comandante da PM disse a um repórter do Jornal Opção que tem medo de alguns dos policiais suspeitos. Tratam-se dos assassinatos da estudante Camila Lagares, de 18 anos, e do médico Boadyr Veloso. Os dois inquéritos, guardados há anos, provavelmente estão sendo devorados pelas “traças do tempo”.
Um nome que não pode sair das bolsas de apostas para o secretariado do governo de Marconi Perillo é o do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil-Seção de Goiás, Henrique Tibúrcio. Espécie de conselheiro do governador Marconi Perillo, Henrique Tibúrcio é cotado para uma importante secretaria. Mas quem o conhece bem sabe: não disputa nem briga por cargos. Porque é extremamente cordial, discreto e decente. Henrique Tibúrcio integra a cota pessoal do tucano-chefe.