Por Nathália Barros
O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Clécio Alves (PMDB), contou a dois vereadores que vai brigar, até se cansar, para a manutenção da aliança entre o PMDB e o PT. Porém, se não der, garante que vai para a oposição — sem remorso algum. Um vereador do PMDB, que acompanhava a conversa, sugeriu que será fácil fazer oposição ao governo do PT. Quando PMDB e PSDB se preparavam para reuniões partidárias, em locais separados, porque são oposições, Clécio Alves disse que, por enquanto, estariam separados.
Nas avaliações dos luas azuis do Tempo Novo, o PP possivelmente fará apenas um deputado federal em 5 de outubro deste ano. Os deputados federais Roberto Balestra e Sandes Júnior vão disputar a vaga, na interpretação dos luas azuis do tucanato.
O deputado federal Sandes Júnior (PP) defende, com unhas e dentes, José Eliton (PP) na vice do governador Marconi Perillo (PSDB) para a disputa de 5 de outubro deste ano. Sandes e Eliton lideram o pelotão dos que não querem a volta do deputado Ronaldo Caiado (DEM) à base governista. Sandes, de maneira surpreendente, radicalizou-se. O que não é comum quando se trata de Sandes, que, vale dizer, tem o maior apreço por Caiado. Acredita-se que esteja sendo pressionado.
Sandes Júnior aparece na lista dos possivelmente eleitos para deputado federal, mas está perdendo apoios em Formosa (leia-se Itamar Barreto) e Trindade (leia-se Jânio Darrot). Por que Sandes Júnior está perdendo alguns prefeitos aliados? Porque, bonzinho, não bate a mão na mesa. Mas há outro problema: os prefeitos reclamam que, quando tentam falar com Sandes por telefone, o deputado raramente atende. Eles admitem que o parlamentar é atuante e consegue verbas para seus municípios, mas distancia-se, com frequência das bases, e, insistem, não atende suas ligações. O vice-governador José Eliton, presidente do PP, atende bem os prefeitos.
A política é uma atividade racional, mas às vezes parece enlouquecida. Na semana passada, especulava-se que, se Dilma Rousseff fraquejar, Lula será candidato a presidente. A loucura: há um grupo de petistas que aposta que o presidente do PSB, Eduardo Campos, seria o seu vice — o que provocaria o imediato rompimento com Marina Silva, o que parece improvável. Comentou-se também que, neste caso, Aécio Neves disputaria o governo de Minas Gerais.
Morrinhos, que não tem um eleitorado muito grande, raramente consegue eleger um deputado estadual, porque, dadas divergências incontornáveis, o prefeito Rogério Troncoso, do PTB, e o empresário Joaquim Guilherme, do PR, preferem “bater-se”, indiretamente, com o objetivo de não permitir que um aliado seja eleito. Nesta eleição, não será diferente. Há quem diga que Guilherme teria desistido da disputa, mas a empresária Magda Mofatto, do PR, conta com sua candidatura para alavancar a dela a deputada federal. Rogério Troncoso inicialmente cogitou lançar sua mulher, mas aparentemente teria desistido. Afrêni Gonçalves, do PSDB, vai trabalhar um trabalho no município, com anuência do prefeito e apoio do governador Marconi Perillo. Chiquinho Oliveira, do PHS, também de olho nos votos do município e já conquistou o apoio da vereadora Núbia Aparecida Ferreira. Já conta com o apoio da vereadora. O vereador Aluzair Rosa, do PP, tido como “eterno candidato”, é cotado para a disputa e teria o apoio do prefeito. Tércio Menezes, do PPS, teria desistido da disputa — por falta de apoio local.
O empresário Júnior Friboi, nas conversas de bastidores, tem dito que apoia vários candidatos a deputado, mas tem duas preferências. Para deputado federal, Friboi banca com mais apreço Marcelo Melo, do PMDB, e, para deputado estadual, o preferido é Francisco Gedda, do PTN. Melo é “Marcelinho” e Francisco é “Geddinha”.
Está cedo para dizer, mas dificilmente PT e PMDB estarão juntos na disputa pela Prefeitura de Goiânia em 2016. Se Antônio Gomide sair candidato a governador, o PMDB vai lançar candidato em Goiânia, rompendo a aliança costurada por Iris Rezende, Paulo Garcia e Luis Cesar Bueno. O nome mais cotado é o de Agenor Mariano. O PT tende a bancar Adriana Accorsi, de prevalecer o nome indicado pelo prefeito, ou Humberto Aidar, se o nome for o indicado por Rubens Otoni e Antônio Gomide. Se reeleito, o governador Marconi Perillo vai bancar Jayme Rincón (PSDB), possivelmente com o deputado federal Sandes Júnior como vice.
Eduardo Campos e Marina Silva serão lançados como pré-candidatos a presidente e a vice-presidente da República pelo PSB na segunda-feira, 14, às 14 horas, no Hotel Nacional, em Brasília. O pré-candidato do PSB a governador de Goiás, Vanderlan Cardoso, hoje muito ligado a Eduardo Campos, estará presente.
Especialistas em política de Brasília sustentam: se o deputado federal José Antônio Reguffe (PDT) compor mesmo com o pré-candidato do PSB a governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, é praticamente certo que o governador Agnelo Queiroz (PT), vulgo Agnulo, passará a responder aos processos na primeira instância da Justiça. Rollemberg tende a ser eleito. Reguffe e Rollemberg não parecem contaminados pelo “vírus” que transformou Brasília na Sodoma e Gomorra da corrupção. José Roberto Arruda (PR), condenado pela Justiça, insiste que pode disputar o governo. Os especialistas sugere que é candidato para sair em primeiro e chegar em segundo. A situação de Brasília é tão dramática que até mesmo um político limpo, como Rollemberg, quase tem “rolo” no nome.

O proprietário do Flamboyant, Lourival Louza, disse ao Jornal Opção que a expansão do shopping deverá ser inaugurada em outubro. O empresário comentou, en passant, que Senador Canedo vai ganhar um Alphaville e um Jardins. Perguntado sobre a possibilidade de uma Livraria Cultura em Goiânia, ele sugeriu: “Quem sabe”.
Acompanhando de uma bela garota, Lourival Louza conversou com um repórter do Jornal Opção no Restaurante Madero no domingo, 6. Adepto de longas caminhadas e corridas, está mais magro e com aparência jovem.
O deputado federal Vilmar Rocha disse ao Jornal Opção que, contra todas as fofocas e interesses políticos, mantém sua pré-candidatura a senador. “Tenho o perfil adequado para ser um senador eficiente tanto para o país quanto para meu Estado.” Vilmar diz que, em campanhas majoritárias, candidatos às vezes saem com índices baixos, mas assim que o eleitorado vai compreendendo o que pensam, especialmente se os avaliar positivamente, há uma tendência de crescimento. “Sou um insistente, nunca um desistente.” Sobre o governador Marconi Perillo, o líder do PSD sugere que acerta ao permanecer focado mais na gestão do que no processo eleitoral.
O ex-governador Alcides Rodrigues, latifundiário do PSB, tem confidenciado a amigos que não tem vontade alguma de disputar mandato este ano. Pão-duro, costumam dizer que tem uma cascavel das mais eradas no bolso e na carteira, Alcides Rodrigues parece não acreditar muito na candidatura do aliado Vanderlan Cardoso para governador. O presidente nacional do PSC, o pastor Everaldo Pereira, decidiu: deve ser candidato a presidente da República.
Se confirmada, a candidatura de Everaldo Pereira deixa Vanderlan Cardoso numa situação complicada, com o apoio de apenas dois partidos, o seu PSB e o PRP de Jorcelino Braga. O tempo de televisão fica ainda menor.
Três nomes parecem consolidados para deputado estadual em Rio Verde: Lissauer Vieira (PSD), Leonardo Veloso (Pros) e Karlos Cabral (PT). Lissauer, como tem o apoio do prefeito Juraci Martins, quer dizer, da máquina pública, é um nome forte e tende a ser eleito. Leonardo Veloso é ligado a Júnior Friboi. No Sudoeste, Veloso é um dos políticos mais ligados ao empresário. Karlos Cabral, candidato à reeleição, consolidou seu nome na cidade. A má gestão de Juraci Martins vai se tornar seu principal cabo eleitoral.