Por Euler de França Belém
A saca de soja começa a ser vendida em Rio Verde por 60 reais. É o reflexo da redução da safra deste ano. Um produtor sustenta que a região vai sentir a crise mais no segundo semestre, quando o dinheiro tende a desaparecer do mercado. A produção de soja na região de Rio Verde vai cair porque, em alguns lugares, ficou sem chover de 25 a 30 dias em janeiro. Não se fala em quebradeira generalizada. Mas quem depende de financiamento em banco ficará numa situação complicada.
Já que os deputados federais Waldir Soares, Fábio Sousa e João Campos não querem disputar a Prefeitura de Aparecida de Goiânia — optando, dizem, pela disputa da Prefeitura de Goiânia, se der —, pessoas da cidade devem disputar contra Euler Morais (PMDB) e, talvez, Ozair José (PT). Cinco nomes citados por políticos locais: Osvaldo Zilli (empresário), Silvio Benedito (coronel), Tatá Teixeira (ex-vereador, do PSDB), Manuel Nascimento (vereador pelo PSDB) e Cibele Tristão (vereadora e delegada de polícia). Zilli, por ter mais estrutura — é milionário — é mais cotado. Mas não é filiado a partido político. O coronel Silvio, dado o interesse despertado pelo tema segurança pública, tem forte apelo popular.
O advogado Maione Padeiro diz que às vezes se sente meio envergonhado quando as pessoas o abordam na rua e dizem: “Ué, mas você não trabalhou quase 24 horas por dias na campanha do governador Marconi Perillo? Por que até agora não foi nomeado para um cargo comissionado”. Maione responde: “Não tenho a menor ideia”. Aí as pessoas, notadamente as mais agressivas, dizem: “Bem feito!” Ao que Maione responde: “Várias pessoas não foram nomeadas. O que posso dizer é que o governador Marconi Perillo é justo”.
Na segunda-feira, 9, será aberta a Feira do Empreendedorismo da Aparecida de Goiânia. Na terça-feira, 10, a Associação dos Jovens Empreendedores (AJE) vai organizar um café político com líderes das entidades. O convidado vai ser o vereador Gustavo Mendanha, autor da lei que criou a Semana.
Em Aparecida de Goiânia as coisas estão feias: nem mesmo o pastor Jair, presidente do PSDB no município e cunhado do deputado federal João Campos (PSDB), conseguiu ser nomeado para um cargo comissionado.
Políticos e militantes do PSDB de Aparecida de Goiânia dizem: “Nós trabalhamos, em tempo integral, na campanha dos deputados João Campos (PSDB) e Chiquinho Oliveira (PHS). Agora acontece o seguinte: João Campos até que aparece e informa que enviou nossos nomes para o governador Marconi Perillo nomear. Mas o tucano-chefe não nomeia”. E acrescentam: “Chiquinho Oliveira desapareceu do mapa. Antes, não saía de Aparecida, agora não aparece e não atende telefonemas de ninguém”.

Grupos militares da linha dura também ameaçaram matar José Sarney, que foi avisado por Iris Rezende
O editor da coluna “Giro”, do “Pop”, Jarbas Rodrigues Jr., até hoje não entendeu que em Brasília só tem poder político, junto às cúpulas nacionais, aqueles que têm mandato de deputado federal e senador. O vice-presidente da República, Michel Temer, recebe o deputado estadual José Nelto, o vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano, e o presidente do PMDB goiano, Samuel Belchior. Mas só “ouve” mesmo aqueles que têm mandato de deputado federal — Daniel Vilela e Pedro Chaves. Os dois parlamentares são os principais interlocutores de Temer quando se trata de discutir assuntos referentes a Goiás. São os únicos que ele chama pelo prenome. Aliás, há outros políticos do Estado que Temer ouve — o ex-deputado federal Marcelo Melo (que, além de aliado, é seu amigo) e o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela. O resto é figuração. Se Jarbas Rodrigues Jr. acredita mesmo que Nelto, Agenor e Belchior têm força política em Brasília deve ser presenteado com um chapeuzinho de anjo. Para não citar outro tipo de chapéu.

[caption id="attachment_30139" align="alignleft" width="300"] Reprodução/ Rede Globo[/caption]
Não há a mínima dúvida de que Renata Vasconcellos, apresentadora do Jornal Nacional, é uma profissional do primeiro time. Porém, mesmo experiente, tem cometido alguns erros, trocando palavras (assassino por assassinato, por exemplo).
A impressão que se tem é que Renata Vasconcellos, embora seja do ramo, está insegura.
Outra impressão é que William Bonner, o melhor apresentador da televisão brasileira, está mais sisudo do que de hábito.
A Celg Distribuidora (Celg D) ganhou o “título”, nada honroso, de pior distribuidora de energia elétrica do país. Pelo segundo ano consecutivo. O “prêmio” é concedido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O “Pop” publicou a notícia, com chamada na primeira página e meia página na página 13, mas os outros jornais “moitaram”. Por que demais jornais não publicaram a notícia? Não se sabe.
A melhor cobertura do caso do padre Luiz Augusto Ferreira — denunciado como funcionário fantasma da Assembleia Legislativa de Goiás — é a do “Pop”. Não há comparação com o que saiu noutros jornais impressos e online. As reportagens do jornal do Grupo Jaime Câmara são isentas e não faz a defesa do indefensável. Uma coisa ninguém perguntou: o que a cúpula da Igreja Católica — leia-se dom Washington Cruz — pensa a respeito de um de seus integrantes ser funcionário fantasma? Sem a pressão da imprensa, que receia ser crítica, a Cúria Metropolitana se manifestou, por meio de carta, de maneira ponderada. Como se sabe, a Igreja Católica combate a corrupção, de qualquer natureza, e por isso a obrigação de se posicionar quando o problema a atinge diretamente. O papa Francisco decidiu não esconder os problemas de seus integrantes.
Marco Antônio da Silva Lemos, ex-editor de política do Jornal Opção e do “Diário da Manhã”, assumiu o cargo de desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios na terça-feira, 3, em Brasília. Ao apresentá-lo, o presidente do TJ disse que Marco Antônio é responsável por sentenças judiciosas, muito bem escritas e formuladas, ressaltou seu humor fino e contou que foi aprovado em primeiro lugar no concurso para juiz.
Os diretores do “Diário da Manhã”, Batista Custódio e Júlio Nasser, foram recebidos pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, do PSB. A intermediação foi feita pela deputada Liliane Roriz, do PRTB. A imprensa de Brasília está em pé de guerra com o governador. Motivo: Rodrigo Rollemberg avisou que, dada a situação caótica do governo, não terá condições de publicar anúncios pelo menos até junho. “A imprensa do DF está matando a cachorro a grito”, diz um repórter de um diário local. E já fez uma série de demissões.
O italiano Francesco Forgione volta às livrarias brasileiras com mais um livro interessante, “Zona Franca — Políticos, Empresários e Espiões na República da ’Ndrangheta, a Poderosa Máfia Calabresa” (Bertrand Brasil, 391 páginas, tradução de Mario Fondelli). No livro “Máfia Export — Como a ’Ndrangueta, a Cosa Nostra e a Camorra Colonizaram o Mundo”, ele conta que a máfia está entronizada “até” em Brasília.
Reportagem de “O Hoje” informa que o filho adolescente de um político goiano participa de um grupo que agride garotos em Goiânia. As cenas foram filmadas. A fonte do jornal diz que o jovem é filho de um prefeito, mas não revelou seu nome. O “O Hoje” decidiu não divulgar o nome do garoto — respeitando a legislação, pois é menor — e o de seu pai. A cautela do jornal procede? Procede pelo menos em parte. Porque a divulgação atinge o pai do garoto, que não é responsável direto por seus atos. O problema é que os jornais — não apenas “O Hoje” — não tratam os cidadãos comuns com o mesmo respeito.