Por Euler de França Belém

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Justiça libera biografia que diz que o cangaceiro Lampião era gay

[caption id="attachment_16910" align="alignleft" width="300"]LMAPI_O A pedido da família, magistrado de Aracaju proibiu a circulação do livro “O Mata Sete”, que tem Lampião como protagonista | Foto: Reprodução[/caption] Saber que Lampião era heterossexual ou homossexual muda sua história? Os historiadores terão de refazer seus livros sobre o rei dos cangaceiros? O bandoleiro continua o mesmo, não muda um centímetro devido à sua sexualidade. Permanece mais estudado, até no exterior — um dos mais importantes historiadores ingleses, Eric Hobsbawm, se interessou por suas ações, apresentando-o como uma espécie de “bandido social” —, do que muitos políticos brasileiros. A pedido da família, um magistrado de Aracaju proibiu a circulação do livro “O Mata Sete”, do juiz aposentado Pedro de Morais. A obra, censurada há três anos, foi liberada pelo Tribunal de Justiça de Sergipe. Morais sustenta que Lampião era homossexual. O relator do processo, o desembargador Cezário Siqueira Neto, escreveu: “Não é demais repetir que, se a autora da ação sentiu-se ‘ofendida’ com o conteúdo do livro, pode-se valer dos meios legais cabíveis. Porém, querer impedir o direito de livre expressão do autor da obra, no caso concreto, caracterizaria patente medida de censura, vedada” pela Constituição. Siqueira Neto frisou que não cabe ao Judiciário restringir a liberdade de expressão. “Cabe, sim, impor indenizações compatíveis com ofensa decorrente de uma divulgação ofensiva. As pessoas públicas, por se submeterem voluntariamente à exposição pública, abrem mão de uma parcela de sua privacidade, sendo menor a intensidade de proteção”, destacou o desembargador. O advogado Wilson Winne de Oliva, que representa duas netas de Lampião, diz que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal, onde dificilmente terá condições de derrubar a decisão da Justiça de Sergipe. Pedro de Morais, que tem mil exemplares em sua casa e uma encomenda de mais de 10 mil exemplares, não decidiu se vai pôr a biografia nas livrarias. Ele vai conversar com seu advogado, pois teme novas ações.

Defensores de cachorros não devem exigir censura de artigo do jornalista André Forastieri

[caption id="attachment_16906" align="alignleft" width="200"]image André Forastieri: autor de artigo sobre os donos às vezes cuidam mal de seus cachorros | Foto: Portal dos Jornalistas/Reprodução[/caption] O homem, mesmo quando não religioso, matou Deus e postou-se como centro do universo. Deus é apenas uma espécie de instrumento que lhe garante a superioridade e, mesmo, impunidade. Num mundo “humanocêntrico”, as demais espécies são descartáveis. “Salvar” a humanidade significa isto mesmo: “salvar” os homens. As demais espécies merecem um rodapé-obituário na história da ciência. Uma discussão clássica de como e por quê o homem se tornou o deus da Terra pode ser encontrada no livro “Cachorros de Palha” (Record, 255 páginas), do filósofo inglês John Gray. Trata-se de um ensaio brilhante, sem uma gota de pieguice. O escritor Jonathan Safran Foer escreveu um livro de não-ficção, “Comer Animais” (Rocco, 319 páginas, tradução de Adriana Lisboa), no qual mostra o que acontece nos frigoríficos e granjas. É difícil não usar a palavra “monstruoso”. Diante de estudos sérios, como os de John Gray e Safran Foer, só resta dizer que o artigo “Seu cachorro é burro e você é porco”, de André Forastieri, é apenas uma diatribre com o objetivo de provocar polêmica. “O que desprezo é esse monte de donos dos cachorros folgados e porcalhões. Se você quer tratar seu bicho como gente, divirta-se na sua patetice. Quer impingir sua prepotência ao resto de nós, o animal é você”, afirma o jornalista, no artigo publicado no portal R-7. Imediatamente, organizações que defendem os animais, notadamente cachorros, passaram a cobrar que o artigo fosse excluído do portal. O texto, de fato, é pobre, mas há mesmo proprietários de cachorros que são “folgados” e, admito, “porcalhões”. Ademais, trata-se da opinião do autor. Censurá-lo é de uma estultice das mais primárias. Vive-se numa democracia, no Brasil, mas quase sempre tem alguém sugerindo que o Estado porte-se como ditador. Os que discordam de André Forastieri devem rebatê-lo, até duramente, mas não devem pedir ou exigir a supressão do artigo. “Minha Luta”, de Adolf Hitler, é um livro deplorável, mas, no lugar de proibir sua circulação, é mais saudável que seja lido e criticado. O mal não desaparece porque o Estado, por meio da censura, o “esconde”.

Katteca é genial, mas Britvs precisa ter mais cuidado com a Língua Portuguesa

kateca0001Não há dúvida de que a principal estrela do “Pop” é a personagem Katteca, criação do Britvs. Dotado de um humor fora de série, usando a ficção para ressaltar a complexidade da realidade (agruras e prazeres) e usando a realidade para sublinhar o que há de ficcional (fantástico) em quase tudo, Britvs, com seu indiozinho esperto e atento às coisas do mundo, puxa os leitores, todos os dias, para seus quadrinhos. Pode-se dizer que, às vezes, o editorial do jornal está na fala da personagem. Katteca nos faz rir de tudo, do que é cômico e do que é trágico. De algum modo, Britvs nos torna mais saudáveis e suaves ao sugerir que é possível rir não apenas do que é cômico. Porém, mesmo gênios espontâneos, como Britvs, precisam de revisão. (O grande poema “A Terra Devastada”, de T. S. Eliot, foi revisado e, aqui e ali, editado pelo poeta e crítico Ezra Pound. Eliot, criterioso com seus poemas e raramente aceitando críticas, acolheu os comentários de Pound e mudou alguma coisa no mais importante poema do século 20.) Na quinta-feira, 2, ao realçar que o endividamento dos brasileiros é generalizado e que até os ricos, para manter o padrão de vida, recorrem ao penhor da Caixa Econômica Federal, Britvs — que é e não é o Katteca (a personagem às vezes domina o criador, numa espécie de pacto faustiano) — comete alguns erros, não percebidos pela editora do caderno “Magazine”, Rosângela Chaves. Uma mulher, vestida de azul (noutro quadrinho, o vestido já é lilás), diz: “Minha amiga Clô! Você ainda consegue abaster a sua limousine?” Lógico que “abaster” deve ser trocada por abastecer. Na tentativa de capturar o espírito dos emergentes, Britvs faz a senhora rica dizer que esteve no Nordeste, em Paris, na Suíça, em Londres e em “New York” (no Brasil, costuma-se dizer Nova York, ou Nova Iorque; é provável que os novos ricos digam “New York”). Há pelo menos dois problemas nos quadrinhos. Primeiro, Britvs escreve “depois de conhecer, Paris”. Entre conhecer e Paris não há vírgula. Segundo, ao arrolar a Suíça — e não Zurique ou Berna —, entre Paris, Londres e Nova York, fica-se com a impressão de que o criador considera o país como se fosse uma cidade. Mas talvez a Suíça surja, aí, como uma dissonância e um sinal de que os ricos têm dinheiro fora do país (os brasileiros parecem acreditar que só se deposita dinheiro de corrupção ou narcotráfico na Suíça ou em certos paraísos fiscais). Em seguida, Britvs põe a personagem para dizer: “O que mais amei foi Cancún!” — possivelmente para realçar sua perspectiva de nova rica. Numa espécie de diálogo — talvez dois monólogos, pois as duas personagens praticamente não se comunicam —, a amiga da nova rica diz: “Aah, que inveja! Mas você é poderosa né, amiga?”. Britvs é o típico autor que tem facilidade para expor a linguagem oral, para transcrevê-la com fidelidade. O “aah” pode parecer, mas talvez não seja erro. Ao acrescentar um “a”, o autor tem a intenção de ressaltar o “ah”. Mas o texto na sequência ficaria mais preciso assim, com o acréscimo de uma vírgula: “Mas você é poderosa, né, amiga?” O fecho dos quadrinhos é divertido. Depois de dizer que a vida vai bem, com limusine abastecida e viagens para o exterior, a sra. rica corre, com seu cachorrinho bem tosado, para a fila de penhores da Caixa. Fica um breve comentário: alguns jornalistas e cartunistas têm preconceito de classe contra os ricos, sempre procurando desmerecê-los, avaliando que suas fortunas não foram adquiridas honestamente? É possível. Não é mais adequado combater a pobreza — não os pobres — do que a riqueza? Por que tratar os ricos como “bandidos” e os pobres, como “santos”? São duas reduções que ajudam a compreender a pobreza e a riqueza dos indivíduos e povos? Provavelmente contribuem para aumentar a incompreensão da complexidade do real.

Diário da Manhã ignora jogo do time do Goiás no Equador

Na quinta-feira, 2, o “Pop” publicou uma reportagem precisa sobre a derrota do Goiás para o Emelec por 1 a 0. Raphaela Ferro, mostrando que entende mesmo de futebol, fez um retrato preciso da partida. A repórter frisa que graças ao goleiro Renan a vitória do time equatoriano não foi mais elástica. Há um problema, minúsculo, porque, na verdade, a jornalista está interpretando, e não sugerindo que isto aconteceu exatamente: “Na oportunidade que Mondaini teve, pouco depois, Renan tremeu, mas o atacante mandou para fora”. Vendo o jogo pela TV e sem entrevistar o jogador, como Raphaela pôde perceber que ele tremeu? “O Hoje” publicou reportagem, assinada pelo experimentado Edivaldo Barbosa. Há um problema. O repórter diz que Jordan Plata (o “Pop” escreve Jordan Jaime, como os jornais equatorianos) “fraturou a perna direita” e, em seguida, informa que “quebrou o pé”. O jornal equatoriano “El Comercio” informa que o jogador de 19 anos fraturou o pé direito. O “Pop” diz que ele fraturou “o pé”, como se tivesse apenas um pé. O “Pop” assinala que o gol ocorreu aos 42 minutos do segundo tempo. “O Hoje” garante que o gol foi feito aos 41 minutos. Já o leitor do “Diário da Manhã” ficou a ver navios. O jornal não deu uma linha sobre o jogo e, mesmo, sobre o resultado. Optou por publicar reportagens frias sobre Vila Nova e Atlético, ignorando a principal notícia do dia e sobre o time mais importante do Estado no momento, que está disputando a Copa Sul-Americana.

Bob Dylan merece ganhar o Nobel de Literatura? Só se Roth, Oates e Gullar não estivessem na fila

Bob-Dylan-005Jornais começam a especular sobre a possibilidade de o compositor e cantor Bob Dylan ganhar o Prêmio Nobel de Literatura. O pai da psicanálise, Sigmund Freud, dono de um texto primoroso, também quis ganhar o Nobel de Literatura. Levou o Prêmio Goethe, também importante, mas sem o renome da premiação da Academia Sueca. Bob Dylan merece mesmo ganhar o Nobel de Literatura? Talvez sim, se não estivessem na fila Ferreira Gullar, Philip Roth, Adonis, Joyce Carol Oates, António Lobo Antunes, Don DeLillo, Thomas Pynchon, Richard Ford, Milan Kundera, entre outros.

Livro diz que a Terra tem salvação. Mas é preciso controlar crescimento da população mundial

Contagem Regressiva — A Nossa Última e Melhor Esperança Para um Futuro na Terra“Contagem Regressiva — A Nossa Última e Melhor Esperança Para um Futuro na Terra” (Leya, 569 páginas, tradução de Alice Klesc), de Alan Weisman, é um livro inquietante, mas, como sugere o título, esperançoso. A editora diz que, “para escrever 'Contagem Regressiva', o autor Alan Weisman viajou para mais de 20 países para perguntar a especialistas quais seriam as questões mais importantes a respeito da Terra — e também as mais difíceis —, quantos seres humanos o planeta suportará sem uma desolação? Quão robusto deve ser o ecossistema da Terra para garantir a nossa existência? Podemos identificar quais outras espécies são essenciais para a nossa sobrevivência? Além disso, como podemos realmente chegar a uma população ideal e estável e projetar uma economia que permita uma prosperidade legítima sem crescimento desordenado?” Segundo release da Leya, “Weisman visitou uma extraordinária variedade de culturas, religiões, nações, tribos e sistemas políticos para descobrir o que, em suas crenças, histórias ou circunstâncias atuais pode indicar que, às vezes, é para benefício próprio limitar o crescimento populacional. O resultado é um relato devastador, urgente e profundamente esperançoso”.

História de preso que fugiu duas vezes de hospital parece extraída de um conto de Kafka

Diógenes Albuquerque, de 26, matou Simone da Silva, 28 anos, e, ferido nas nádegas, foi levado para o Hospital de Urgências de Goiânia. Mesmo algemado, fugiu duas vezes. É uma história que Kafka adoraria transpor para um conto. Na primeira página de sexta-feira, 3, o “Pop” publicou: “Preso foge duas vezes do Hugo e é recuperado”. “Recuperado”, diria Flaubert, não é a palavra precisa, justa.

Companhia das Letras relança edição revista de livro sobre Pagu. Augusto de Campos é o organizador

13720_ggPatrícia Galvão ficou famosa (depois, desapareceu) porque, além de escrever um romance proletário (“Parque Industrial”), foi mulher de Oswald de Andrade, o mais irreverente dos poetas da Semana de Arte Moderna de 1922. O livro “Pagu — Vida e Obra” (Companhia das Letras, 424 páginas), organizado pelo poeta e crítico Augusto de Campos, ajuda a compreendê-la. É um relançamento. O livro foi lançado primeiramente pela Editora Brasiliense, em 1982. A Edição da Companhia das Letras é revista e ampliada, incluindo novos textos e dezenas de fotografias e ilustrações.

Passaralho nas redações do Brasil e nos Estados Unidos

As empresas de comunicação continuam demitindo. Nos Estados Unidos, seu mais importante jornal, o “New York Times”, fez 100 demissões na redação. No Brasil, o jornal “Lance” afastou 65 funcionários (de todas as áreas), 37 deles no Rio de Janeiro (metade da equipe, segundo o Portal dos Jornalistas). A ESPN Brasil também fez demissões. Há uma crise na imprensa? A redução de custos pouco tem a ver com crise, e sim com a tentativa de elevar a lucratividade das empresas.

Antropóloga lança livro sobre acidente do césio em Goiânia

digitalizar0001Há um livro magnífico chegando às livrarias e que merece amplo debate. Muito bem escrito e pensado, “Césio-137: O Drama Azul — Irradiação em Narrativas” (Fapes/Cânone Editorial, 196 páginas), da antropóloga Suzane de Alencar Vieira, com mestrado pela Unicamp, será lançado na quarta-feira, 8, às 18 horas, na Livraria Nobel, no Shopping Bougainville. Produto de uma dissertação de mestrado defendida na Unicamp, o livro é apresentado pelos professores-doutores Maria Suely Kofes e Márcio Seligmann-Silva.

Setor cultural vê Virmondes Cruvinel como representante ideal na Assembleia

O vereador Virmondes Cruvinel (PSD) vem se consolidando como o candidato a deputado estadual com maior apoio no segmento da Cultura em Goiás. E não é para menos. O jovem político, em seu mandato na Câmara Municipal, apresentou diversos projetos que contemplam o setor. Uma das iniciativas mais elogiadas é o Projeto Arte Segura, assinado por Virmondes (foto) e pelo seu colega Eduardo de Souza (PV), que pretende implementar melhores condições de segurança em espaços culturais de Goiânia. Virmondes e Souza formaram uma comissão com representantes de vários espaços culturais da Capital para discutir sobre as situações de risco vividas por artistas, equipes técnicas e o público em geral. Situações, que segundo eles, estão se tornando críticas. Foram representados espaços culturais de várias esferas: Goiânia Ouro, Centro Livre de Artes, Gustav Ritter, Octo Marques, Teatro Goiânia, Centro Cultural UFG, Martim Cererê, Basileu França, Teatro Madre Esperança Garrido e Teatro Sesi. “Após a discussão com o pessoal, formulamos um questionário para ajudar a subsidiar a interelação entre o segmento cultural e a Secretaria de Segurança Pública”, diz Virmondes Cruvinel. O vereador também intermediou o encontro dos gestores com o titular da Pasta, Joaquim Mesquita. Nesta semana, foram encaminhados ao gabinete do secretário os relatórios sobre as condições e necessidades de cada espaço cultural. Para Virmondes, o Projeto Arte Segura surgiu de todas essas discussões e propõe uma rede de proteção e segurança a todos os envolvidos com os ofícios culturais em Goiânia – tanto público quanto artistas e profissionais da área técnica. Segundo um produtor cultural, “por ser aberto ao diálogo e ter uma postura impecável, Virmondes é uma grata revelação na política e já o consideramos como representante do setor da Cultura em Goiás”.

Tayrone di Martino: “Cansei de votar a favor de Paulo Garcia e contra Goiânia”. É o motivo da renúncia

O vereador sustenta que o PT de Goiás vive uma esquizofrenia política. O principal prefeito do partido no Estado não apoia o candidato Antônio Gomide, e sim o candidato Iris Rezende, para governador

PT articula a Operação Darci para transformar Antônio Gomide em vítima

[caption id="" align="alignleft" width="300"] Darci Accorsi: vitimismo deu muito certo | Foto: Reprodução[/caption] O PT, diligentemente, está reprisando o que se pode chamar de Operação Darci para transformar uma derrota certa numa vitória possível para seu candidato a governador de Goiás, Antônio Gomide. Em meados da década de 1980, Darci Accorsi perdeu a eleição para prefeito de Goiânia para Daniel Antônio. O petismo construiu, paciente e competentemente, a tese de que a eleição foi roubada. Darci ganhou e não levou, disseram e isto pegou. Na eleição seguinte, Darci foi eleito prefeito da capital, provando que a Operação Darci havia dado certo.   Agora, embora tenha feito uma gestão de encher os olhos em Anápolis, Antônio Gomide não conseguiu emplacar. Ele é respeitado, ético, mas os eleitores decidiram não colocá-lo como favorito no pleito deste ano. O motivo, mais uma vez, é que a disputa ficou polarizada entre o governador Marconi Perillo (PSDB) e Iris Rezende (PMDB). Ao optar por atacar Marconi, um alvo mais distante, e não o segundo colocado, Iris Rezende, o alvo mais próximo e mais vulnerável, Gomide e Vanderlan Cardoso, do PSB, cometeram um sério erro de marketing. Tentaram corrigi-lo, na reta final, mas parece que é tarde. [caption id="attachment_16801" align="alignright" width="300"]Antônio Gomide: a Operação Darci pode alavancar seu nome para a disputa de 2018 Antônio Gomide: a Operação Darci pode alavancar seu nome para a disputa de 2018[/caption] A renúncia de Tayrone di Martino, longe de prejudicar Gomide, que está mal nas pesquisas, acabou sendo útil para o petista, que poderá dizer seu desempenho foi pífio porque tentaram retirar sua candidatura. Depois da eleição, o petista poderá ir a pé até Trindade, reduto de Tayrone di Martino, para agradecê-lo pela ajuda indireta. O PT, na prática, está jogando para 2018, quando, com a Operação Darci em jogo, Gomide poderá se apresentar como vítima do pleito de 2014 e, mais uma vez, disputar o governo. Aí, sem Marconi e Iris no páreo, com chance de ser eleito governador.

Indicação de José do Carmo para vice de Antônio Gomide fortalece o grupo de Pedro Wilson

O grupo do ex-prefeito de Goiânia Pedro Wilson saiu fortalecido com a renúncia de Tayrone di Martino — que decidiu não ser mais vice do candidato do PT a governador de Goiás, Antônio Gomide. O novo vice, o advogado José do Carmo, integra o grupo político de Pedro, Marina Sant'Anna e Olavo Noleto. O grupo pedrista já tem a candidata a senadora, Marina. Portanto, fica com dois nomes na chapa majoritária. José do Carmo é um político, acima de tudo, decente e competente. Ele é professor universitário na área de Direito, na Cidade de Goiás.