Por Euler de França Belém

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Fidel Castro mandava charutos para Fernando Collor de Mello

Uma das revelações do livro “Tudo o Que Vi e Vivi”, de Rosane Malta, é o carinho do ditador cubano Fidel Castro por Fernando Collor. “Fomos a Cuba a convite de Fidel Castro. Ele nos proporcionou tudo: carro, casa, empregados à disposição por quinze dias. Passeei muito pela ilha. Que lugar maravilhoso! Que praias! Não consigo esquecer de Varadero”, afirma Rosane Malta. Nenhuma linha sobre a ditadura e dissidentes políticos. Noutra ocasião, Fidel Castro, eterno galanteador, disse para a então primeira-dama: “Esse presidente do Brasil é muito esperto. Arrumou uma esposa novinha e linda”. “Fidel gostava muito de nós. Aliás, durante todo o tempo em que eu fiquei casada, mesmo após o impeachment, ele nunca deixou de enviar os melhores charutos cubanos para Fernando”, conta a ex-primeira-dama.

Biografia conta história de Chacrinha, o palhaço que balançou e avacalhou a televisão brasileira

Layout 1Chacrinha é como Carmen Miranda, Roberto Carlos, Didi (Renato Aragão), Pelé, Ayrton Sena e Renato Aragão. Um dos mais divertidos mitos da televisão brasileira. No vídeo, ele avacalhava geral. Era um palhaço, e se assumia como tal. Sua história é contada no livro “Chacrinha — A Biografia” (Leya Brasil, 368 páginas), de Denilson Monteiro e Eduardo Nassife.

Manoel de Barros é um belo poeta, mas não tão grande quanto Carlos Drummond de Andrade e João Cabral

O sucesso de Manoel de Barros (morto na semana passada), nos últimos anos, se deve muito mais à ausência física de Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Melo Neto. A poesia de Drummond de Andrade e João Cabral está aí, sólida, para ser lida e comparada. Porém, como não estão vivos, não podem ser exibidos em telejornais e demais programas de televisão. Mas a bela poesia de Manoel de Barros — talvez filha tardia de Walt Whitman — merece um lugar ao lado de Mario Quintana e Jorge de Lima, e um pouco abaixo da finura de Manuel Bandeira e Ferreira Gullar (este, o maior poeta brasileiro vivo).

Seleção brasileira de futebol e a patriotada dos telejornais e do jornalismo esportivo

A seleção brasileira ganhou da Turquia por 4 a 0. Jogou bem. O adversário é fraco, não é nenhuma Alemanha ou Holanda. Mas telejornais e programas esportivos, principalmente os da TV Globo, incensaram os “craques” e, a partir de certo momento, fiquei com a impressão de que o time de Neymar havia derrotado por 4 a 0 a seleção de Kroos. A mídia esportiva transforma jogadores medianos, como Willian, em craques, devido apenas uma jogada — fascinante, de fato —, e depois, quando precisa criticá-los, eles ficam irritados, e com certa razão. Quando Ganso e Neymar surgiram, comentaristas esportivos dos vários programas de televisão louvaram o segundo, porém o primeiro era mais incensado. A torcida percebia que Neymar era, dos dois, o verdadeiro craque e o acompanhava com interesse. A torcida estava certa e os comentaristas, sábios da palavra, estavam equivocados. O futebol de Ganso é ciclotímico. Um dia, o jogador brilha, com uma jogada de mestre, mas, na maioria das vezes, mostra-se um atleta apagado, como se estivesse “participando” do jogo da arquibancada.

Pop demite e cria uma espécie de Programa de Demissão Voluntária (PDV)

O “Pop” criou uma espécie de Programa de Demissão Voluntá­ria e está promovendo um enxugamento sutil da redação. O jornal incentiva as demissões, mas entra em acordo com os jornalistas e paga seus direitos. Segundo uma fonte, a cúpula do Grupo Jaime Câmara quer enxugar a redação, tida, proporcionalmente, como uma das maiores do País. Não é a mais cara, porque os salários do “Pop” são menores do que os dos grandes jornais brasileiros. Ainda assim, a folha de pagamento é tida, conforme a fonte, como “onerosa”. A mesma fonte avalia que o GJC está preparando a redação para a ascensão de um novo editor-chefe, que deve ser contratado em Brasília, São Paulo ou Rio de Janeiro. Este editor-chefe trabalharia como uma redação mais compacta, porém mais dedicada ao jornal. Alega-se que grande parte dos repórteres presta assessoria e, por isso, não tem compromisso integral com o jornal. Há uma tendência a priorizar, sobretudo em termos salariais, os repórteres que dedicarem mais tempo à redação. Na semana passada, o jornal demitiu dois funcionários, Cláudia, auxiliar administrativa, e o digitador Antônio Lourenço (Baianinho). Quatro jornalistas deixarem a redação. O repórter Galtiery Rodrigues, que vai fazer intercâmbio na Irlanda, vai pedir demissão.

Sai um dos livros mais qualificados sobre a Primeira Guerra Mundial

Demorou mais chegou um dos melhores livros sobre o tema que movimentou as editoras e livrarias em 2014: “A Primeira Guerra Mundial” (Globo Livros, 724 páginas, tradução de Gleuber Vieira), de Margaret MacMillan, uma das mais qualificadas historiadoras da Inglaterra. Merece figurar nas lista dos cinco melhores livros sobre o assunto.

Jornalista Adalberto de Queiroz lança livro de poesia e crônicas de qualidade

i1Quando o leitor “pega” o livro, abrindo as páginas de maneira aleatória, é provável que faça uma pergunta: “Mas que diabos é isto?” Sim, parece tudo misturado: poesias, crônicas – com as poesias lembrando crônicas e com as crônicas lembrando poesias, talvez porque discursivas. Porém, quando se põe a ler atentamente, fica-se siderado. Porque quase tudo é muito bom. “Cadernos de Sizenando” (Kelps, 177 páginas) é uma bela obra de Adalberto Queiroz. A poesia de Adalberto Queiroz é culta, com elaboração precisa e rigorosa. Para visitá-la exige-se certo esforço, mas o principal mesmo é atenção, para que sejam capturados seus múltiplos sentidos e epifanias. Adalberto Queiroz é um poeta detalhista. Desses que sabem que Deus, se existe, está nos detalhes. Jornalista e empresário atilado, Adalberto Queiroz olha as coisas do mundo-da vida, todas as que examina, com carinho, perspicácia e delicadeza. Se não fosse poeta há um bom tempo, diria: “Nasce um belo poeta”. "Cadernos de Sizenando" vai ser lançado na terça-feira, 25, às 19 horas, na Livraria Fnac, do Shopping Flamboyant.

Filósofo, tradutor e crítico literário Leandro Konder era uma democrata radical

O filósofo brasileiro Leandro Konder morreu na quarta-feira, 13, aos 78 anos. Ele padecia, há dez anos, do Mal de Parkinson. Na primeira metade da década de 1980, Leandro Konder esteve em Goiânia, convidado por militantes do Partido Co­munista Brasileiro (PCB), notadamente líderes estudantis da tendência Unidade, como Elias Rassi (do curso de Medicina da Universidade Federal de Goiás), Marina Freitas (do curso de Ciências Sociais da UFG), entre outros. Lançou um livro e deu uma pequena palestra. Era comunista (do Partidão), ligado ao Eurocomunismo. Sobretudo, como Carlos Nelson Coutinho, um socialista-democrático (achava que isto era possível). Para ele, como para Carlos Nelson, a democracia é um valor universal, não é etapa (ou fase) para nada, como avaliavam os comunistas. Além dos livros, nos quais pontificou sobre vários assuntos, Leandro Konder escreveu em jornais, tanto artigos mais filosóficos quanto críticas literárias. Seus comentários eram generosos, de grande abertura para entender e assimilar o que havia de melhor no pensamento adversário. No lugar do combate puro, buscava certa convergência. Era um exemplo de civilidade. Suas críticas ao ensaísta José Guilherme Merquior, que não era de esquerda, mas também não era de direita, eram atentas e permitiam e abriam o diálogo. Leandro Konder era um leitor atento dos filósofos alemão Karl Marx e húngaro Gyorgy Lukács, o que os sites de “O Globo” e do UOL divulgaram. Mas também, como Carlos Nelson, era vulgarizador do pensamento do filósofo italiano Antonio Gramsci. Os sites deixaram de mencionar que era um tradutor categorizado, inclusive de Marx, e estudioso do pensamento do filósofo alemão Walter Benjamin. E escreveu um opúsculo delicioso sobre o Barão de Itararé. Numa biografia curta, que está no livro sobre o jornalista e humorista, escreveu que, se pudesse voltar a ser jovem, cuidaria melhor dos dentes. Nos últimos anos, pertencia a um grupo ao qual os participantes, como Ferreira Gullar, deram o nome de Comuníadas (junção de comunistas com “Os Lusíadas”, de Camões). Intelectual público de alta qualidade, Leandro Konder escrevia com o máximo de clareza. Aquilo que era profundo e complexo na sua pena se tornava inteligível. Sua prosa límpida, persuasiva, agradava do especialista ao leigo. Por vezes, parecia superficial, mas não era bem assim. Na verdade, escrevia (e pensava) de maneira simples, o que não quer dizer que era simplista ou simplório. Mantinha uma rica ligação com a filosofia alemã, mas escrevia com a clareza típica dos ingleses. Entrevistado pelo “O Globo”, o filósofo e ensaísta Sérgio Paulo Rouanet disse: “Ele era um intelectual que amava a literatura, vivia pela literatura e pela filosofia. Um marxista dos menos dogmáticos, conhecido por sua doçura, por seu carisma e generosidade”. Quando Merquior era atacado como um apóstolo da direita, especialmente no período em que apontou um plágio da filósofa Marilena Chauí — a professora da Universidade de São Paulo redarguiu que não havia copiado o filósofo francês Claude Lefort, sugerindo uma suposta “filiação de pensamento” —, Leandro Konder o tratava com respeito, admiração e lhaneza. Quando Merquior morreu, Leandro Konder revelou que o ensaísta, no seu posto de diplomata, protegeu esquerdistas perseguidos pela ditadura e ajudou exilados. Um dos “protegidos” foi Rodolfo Konder, irmão de Leandro Konder. Merquior fazia isto, secretamente, e não alardeava, nem mesmo depois da queda da ditadura. Porque não queria fazer “média” com ninguém. Não era populista. Em 1972, preso e torturado, Leandro Konder escapou para a Alemanha e, depois, para a França. Ao voltar ao Brasil, continuou a militância no Partido Comunista Brasileiro, depois entusiasmou-se e decepcionou-se com o PT de Lula da Silva, tanto que se tornou um dos fundadores do PSOL. Os Konder são assim: quem não vira comunista, de uma esquerda democrática, se torna banqueiro e reacionário. Alguns livros de Leandro Konder: “Marxismo e Aliena­ção”, “Introdução ao Fascismo”, “As Ideias Socialistas no Brasil”, “O que é Dialética”, “O Futuro da Filosofia da Práxis”, “Sobre o Amor”, “Em Torno de Marx”, “As Artes da Palavra”.

Agência Reuters aposta que Henrique Meirelles será ministro da Fazenda do governo Dilma

Se depender do petista-chefe Lula da Silva, o ex-presidente do Banco Central e presidente da holding J&F Henrique Meirelles será o ministro da Fazenda do segundo governo de Dilma Rousseff. Inicialmente, depois de alguma resistência da presidente, Meirelles estaria sendo aceito. Se indicado, Meirelles vai adotar políticas tidas como mais conservadoras, como cortes no orçamento federal, “em um esforço para afastar uma estagnação prolongada ou rebaixamentos de ratings de crédito do Brasil no próximo ano”, segundo a Reuters. “Até recentemente, ninguém acreditava que Meirelles estaria no páreo, mas seu nome está ganhando terreno rapidamente — afirmou um deputado do PT que se encontrou semana passada com Lula e Dilma. — Ela sabe que precisa de mais mudanças drásticas para mudar o cenário econômico — acrescentou.” O preferido de Dilma Rousseff é Nelson Barbosa, que, de esquerda, seria mais estatista. Lula não o veta, mas não avalia que é o técnico apropriado para o momento. Seria como continuar com Guido Mantega, o que o mercado não tolera. “Meirelles teve uma muito boa reputação como presidente do BC. Ele vai representar um retorno às políticas econômicas ortodoxas, o que será bem-vindo pelo mercado — disse Neil Shearing, economista-chefe mercados emergentes da Capital Economics, em Londres”, publica a Reuters. Porém, “sem independência, ele não vai assumir o cargo”, disse uma fonte da agência. A Reuters ouviu um integrante do governo Dilma Rousseff: “Você não pode trabalhar com alguém que pensa de forma completamente diferente de você”.

JBS, grupo dirigido pela família Batista, tem lucro recorde no terceiro trimestre

A agência Reuters divulgou que a empresa JBS – dirigida pela família Batista (Wesley, Joesley, José Batista e Júnior Friboi) –, “maior produtora global de carnes, teve lucro líquido recorde de R$ 1,1 bilhão no terceiro trimestre, valor cinco vezes maior que o registrado no terceiro trimestre de 2013, impulsionado pelo resultado operacional. De julho a setembro, a geração de caixa da JBS medida pelo lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações (Ebitda) mais que dobrou, para R$ 3,6 bilhões”. “O desempenho é atribuído aos resultados positivos registrados nas operações de aves, suínos e bovinos nos Estados Unidos e também aos bons números apresentados pela JBS Foods (divisão de aves, suínos e processados no Brasil)", disse a JBS em uma nota. “O resultado operacional das unidades nos Estados Unidos mostrou força, com o JBS USA (bovinos) tendo aumento de mais de 300% no Ebitda, a US$ 504,6 milhões, enquanto a operação de suínos nos EUA teve Ebitda mais de 150% maior, a US$ 113,3 milhões. O mesmo indicador da divisão de frango norte-americana atingiu US$ 435,4 milhões. A operação de carne bovina nos Estados Unidos, que inclui os resultados da Austrália e do Canadá – a maior divisão da JBS em receita –, apresentou um crescimento das vendas tanto no mercado norte-americano quanto nas exportações, além de um aumento nos preços médios dos produtos comercializados, disse a empresa. Já a JBS Foods, unidade formada após a aquisição da Seara, da concorrente Marfrig, registrou Ebitda de R$ 576 milhões, aumento de 31% ante o segundo trimestre -- não há comparação com o terceiro trimestre de 2013, porque a JBS só assumiu a Seara em outubro de 2013. A JBS Mercosul, que inclui a unidade de carne bovina no Brasil, teve Ebitda de R$ 554,6 milhões, queda de 15,2% na comparação anual, em um ambiente adverso de preços em patamares recordes da arroba do boi, em meio à oferta restrita de animais prontos para o abate, em parte devido à seca. A receita líquida global da companhia somou R$ 30,78 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 27,1% ante o mesmo período de 2013. Os destaques foram o Mercosul, que registrou aumento na receita de 14,8%, e a operação da JBS USA de carne bovina, com aumento de 24,7%”.

Morre Leandro Konder, um filósofo de esquerda que era democrata radical

O filósofo brasileiro Leandro Konder morreu na quarta-feira, 13, aos 78 anos. Ele padecia, há alguns anos, do Mal de Parkinson. Na primeira metade da década de 1980, Leandro Konder esteve em Goiânia, convidado por militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB), notadamente líderes estudantis da tendência Unidade, como Elias Rassi (do curso de Medicina da Universidade Federal de Goiás), Marina Freitas (do curso de Ciências Sociais da UFG), entre outros. Lançou um livro e deu uma pequena palestra. Era comunista (do Partidão), ligado ao Eurocomunismo. Sobretudo, como Carlos Nelson Coutinho, um socialista-democrático (achava que isto era possível). Para ele, como para Carlos Nelson, a democracia é um valor universal, não é etapa (ou fase) para nada, como avaliavam os comunistas. Além dos livros, nos quais pontificou sobre vários assuntos, Leandro Konder escreveu em jornais, tanto artigos mais filosóficos quanto críticas literárias. Seus comentários eram generosos, de grande abertura para entender e assimilar o que havia de melhor no pensamento adversário. No lugar do combate puro, buscava certa convergência. Era um exemplo de civilidade. Suas críticas ao ensaísta José Guilherme Merquior, que não era de esquerda, mas também não era de direita, eram atentas e permitiam e abriam o diálogo. Leandro Konder era um leitor atento dos filósofos alemão Karl Marx e húngaro Gyorgy Lukács, o que os sites de “O Globo” e do UOL divulgaram. Mas também, como Carlos Nelson, era vulgarizador do pensamento do filósofo italiano Antonio Gramsci. Os sites deixaram de mencionar que era um tradutor categorizado, inclusive de Marx, e estudioso do pensamento do filósofo alemão Walter Benjamin. E escreveu um opúsculo delicioso sobre o Barão de Itararé. Numa biografia curta, que está no livro sobre o jornalista e humorista, escreveu que, se pudesse voltar a ser jovem, cuidaria melhor dos dentes. Nos últimos anos, pertencia a um grupo ao qual os participantes, como Ferreira Gullar, deram o nome de Comuníadas (junção de comunistas com “Os Lusíadas”, de Camões). Intelectual público de alta qualidade, Leandro Konder escrevia com o máximo de clareza. Aquilo que era profundo e complexo na sua pena se tornava inteligível. Sua prosa límpida, persuasiva, agradava do especialista ao leigo. Por vezes, parecia superficial, mas não era bem assim. Na verdade, escrevia (e pensava) de maneira simples, o que não quer dizer que era simplista ou simplório. Mantinha uma rica ligação com a filosofia alemã, mas escrevia com a clareza típica dos ingleses. Entrevistado pelo “O Globo”, o filósofo e ensaísta Sérgio Paulo Rouanet disse: “Ele era um intelectual que amava a literatura, vivia pela literatura e pela filosofia. Um marxista dos menos dogmáticos, conhecido por sua doçura, por seu carisma e generosidade”. Quando Merquior era atacado como um apóstolo da direita, especialmente no período em que apontou um plágio da filósofa Marilena Chauí — a professora da Universidade de São Paulo redarguiu que não havia copiado o filósofo francês Claude Lefort, sugerindo uma suposta “filiação de pensamento” —, Leandro Konder o tratava com respeito, admiração e lhaneza. Quando Merquior morreu, Leandro Konder revelou que o ensaísta, no seu posto de diplomata, protegeu esquerdistas perseguidos pela ditadura e ajudou exilados. Um dos “protegidos” foi Rodolfo Konder, irmão de Leandro Konder. Merquior fazia isto, secretamente, e não alardeava, nem mesmo depois da queda da ditadura. Porque não queria fazer “média” com ninguém. Não era populista. Em 1972, preso e torturado, Leandro Konder escapou para a Alemanha e, depois, para a França. Ao voltar ao Brasil, continuou a militância no Partido Comunista Brasileiro, depois entusiasmou-se e decepcionou-se com o PT de Lula da Silva, tanto que se tornou um dos fundadores do PSOL. Os Konder são assim: quem não vira comunista, de uma esquerda democrática, se torna banqueiro e reacionário. Alguns livros de Leandro Konder + Marxismo e Alienação + Introdução ao Fascismo + As Ideias Socialistas no Brasil + O que é Dialética + O Futuro da Filosofia  da Práxis + Sobre o Amor + Em Torno de Marx + As Artes da Palavra

O Popular demite funcionários mas também sugere uma espécie de Programa de Demissão Voluntária

O “Pop” adotou duas políticas. Primeiro, sugere que determinado profissional deve sair e acena com a possibilidade de pagar todos os direitos (como se o jornalista estivesse sendo demitido). É uma espécie de Programa de Demissão Voluntária (PDV). Por este esquema saíram recentemente Karen Farias, Lídia Jorge, Cristina Cabral e Maria José Silva. A Carla Borges, que não participou deste sistema, pediu demissão. Galtiery Rodrigues, que pretende fazer intercâmbio na Irlanda, deve pedir demissão. Segundo, começou uma série de demissões, que vai atingir a redação e outros setores do grupo. “Jornalistas mais velhos devem pôr as barbas de molho”, afirma um repórter do jornal. Nesta semana, o jornal não demitiu jornalistas, e sim uma funcionária da área de suplementos, de prenome Cláudia (não conseguimos o sobrenome), e o digitador Antônio Lourenço, o Baianinho. Argumentou-se que a redação (devido ao processo de informatização) não precisa mais de digitador. Os cargos de Baianinho e de Cláudia (espécie de auxiliar administrativa) foram extintos. Por que o jornal está pressionando profissionais a pedir demissão? Segundo uma fonte do jornal, “não se trata de crise”. O jornal, afiança, “não demitia há anos”. Mas, “ante a possibilidade de um ano ruim, previsão para 2015, as empresas estão enxugando e cortando despesas. A ‘Folha de S. Paulo’ acabou de demitir cerca de 13 jornalistas”. Um integrante do Sindicato dos Jornalistas contrapõe: “O jornal, na verdade, não precisou demitir, porque, nesses anos, mais de 15 profissionais deixaram a redação”. O sindicalista avalia que o “Pop” está “demitindo para contratar jornalistas com salários menores”.

Goiano Vinicius Sassine ganha o Prêmio Esso de Reportagem

José Casado, Danielle Nogueira, Eduardo Bresciani e Vinicius Sassine ganharam o Esso com a reportagem “Farra de aditivos na Refinaria Abreu e Lima”. Leonencio Nossa ganhou o Esso de Jornalismo

Aparece o carcereiro da Casa da Morte de Petrópolis. Ele estuprou Inês Etienne Romeu

Pelo menos 20 presos da esquerda foram assassinados e esquartejados no pequeno de concentração do Rio de Janeiro

Igor Montenegro vai ser o novo superintendente do Sebrae-Goiás

O dirigente da Fieg Pedro Alves de Oliveira fica na presidência do Conselho Deliberativo