Por Amanda Damasceno

O senador Ronaldo Caiado, político íntegro e de discurso cortante, disse, segundo o vereador Alisson Rosa (PV), durante um encontro de mulandeiros, que pode disputar tanto a Presidência da República quanto o governo de Goiás. “Mas seu coração bate mais forte pela disputa nacional, tanto que está sempre presente em São Paulo. Há um vazio político no país e ele certamente quer ocupá-lo”, afirma Alisson Rosa, que o admira como político e cidadão. “Mas isto não significa que Caiado abandonou seu projeto goiano”, afirma o vereador de Ipameri.
O candidato de Alisson Rosa a governador não é, porém, Ronaldo Caiado, e sim José Eliton (PSDB). “O projeto do governador Marconi Perillo, ao longo de quase 20 anos, contribuiu, de maneira decisiva, para modernizar Goiás”, afirma o vereador.

O PTN, com o nome de Podemos, vai lançar o senador Álvaro Dias, do Paraná, para presidente da República. O deputado federal goiano Alexandre Baldy será um dos coordenadores nacionais de sua campanha — com foco no Centro-Oeste, notadamente em Goiás.
Apesar de certa pompa, Álvaro Dias é um político que tem discurso e, mesmo se não for eleito, terá condições de sedimentar o Podemos em termos nacionais.
Dado o vazio político do país, com o eleitor pensando sobretudo em não votar em nenhum político, aquele que conseguir propor um discurso que comova a sociedade, que consiga fazê-la acreditar em alguma coisa — sobretudo em melhores dias para todos —, pode ser eleito presidente. Com um afiado discurso ambientalista, o paranaense cacifa-se para o embate.

O vereador Alisson Rosa, do PV, propôs a criação da Comenda Rubens Cosac para homenagear pessoas que prestaram e prestam serviços relevantes ao município de Ipameri.
“Sugeri ao Executivo que coloque um busto de Rubens Cosac, que foi deputado federal e estadual, na Praça da Liberdade, na área central de Ipameri. Nos seus discursos políticos, ele mencionava com frequência a praça (de nome belo e significativo nome) — na qual dizia que queria ser enterrado. Ao mesmo tempo, dada a importância de Rubens Cosac para Ipameri e para Goiás, apresentei, como vereador, uma moção de pesar. Ele foi o único ipamerino que presidiu a Assembleia Legislativa de Goiás e teve atuação destacada na Câmara dos Deputados”, afirma Alisson Rosa.
Rubens Cosac faleceu recentemente, deixando viúva a ex-deputada estadual Lamis Cosac. “A família Cosac contribuiu e contribui para o desenvolvimento de Ipameri e de Goiás”, destaca o vereador.

Ao publicar a lista dos 59 favoritos para deputado estadual, o Jornal Opção ouviu líderes de vários partidos, o que possibilitou a formatação de um grupo multipartidário. Leitores reclamaram que o Major Araújo, do PRP, ficou de fora. É verdade. Porque os “eleitores” não o bancaram. Isto significa que o político está fora do páreo? De jeito nenhum.
Major Araújo tem peso eleitoral e, independentemente da lista publicada, é um dos favoritos para deputado estadual. Pode-se não gostar dele, por razões políticas e ideológicas, mas conquistou um espaço na política de Goiás. É uma espécie de Jair Bolsonaro, com menos consistência ideológica, do Cerrado.

Presidente do PRP, Jorcelino Braga afirma que, se tiverem juízo — “e eles têm” — o senador Ronaldo Caiado (DEM) e o deputado federal Daniel Vilela (PMDB) vão caminhar juntos em 2018. “Unidos, democratas e peemedebistas podem ganhar no primeiro turno.”
Mas quem deve ser candidato: Ronaldo Caiado ou Daniel Vilela? Jorcelino Braga diz que o “candidato deve ser aquele que tiver mais condições de ganhar a eleição. Mas ainda não é possível definir o nome”.

O presidente do PRP, Jorcelino Braga, afirma que tem ouvido de Jorge Kajuru que não vai disputar eleição para senador. “O que ele tem me dito é que vai disputar mandato de deputado federal. Deve ser um dos mais bem votados.”

Do deputado estadual Henrique Arantes: “Acho que o candidato do PMDB a governador será Daniel Vilela. Como está se fragmentando, a oposição vai perder a eleição pela sexta vez”. O parlamentar do PTB frisa que outro problema é que a oposição faz críticas, mas não conseguiu, até agora, apresentar um projeto alternativo crível ao projeto que está em vigor.

Henrique Arantes afirma que José Eliton está se consolidando como candidato a governador pelo PSDB. “Mas ele precisa agir tanto administrativa quanto politicamente. Ele precisa ‘rodar’ pelo Estado, mas não apenas com uma agenda administrativa. Precisa ter uma agenda política azeitada.”

[caption id="attachment_90977" align="alignleft" width="620"] Fotos: Y. Maeda / Alego[/caption]
O governador Marconi Perillo enviou projeto para a Assembleia Legislativa para criar duas secretarias extraordinárias. Uma será ocupada pelo deputado Talles Barreto e a outra pelo médico e deputado Doutor Antônio.

[caption id="attachment_90970" align="alignleft" width="620"] Fotos: Reprodução e André Costa/Jornal Opção[/caption]
O deputado federal Daniel Vilela, se apoiar o senador Ronaldo Caiado para governador de Goiás, estará praticando haraquiri político, o mesmo que Maguito Vilela cometeu em 1998, ao abrir espaço para Iris Rezende disputar (e perder) o Executivo estadual.

[caption id="attachment_86946" align="alignleft" width="620"] Governador Marconi Perillo e secretário Vilmar Rocha[/caption]
O governador de Goiás, Marconi Perillo, e o secretário das Cidades e Meio Ambiente, Vilmar Rocha, nunca estiveram tão afinados — como se fossem Neymar e Messi. A relação é tão harmoniosa que o ministro Gilberto Kassab chega a perguntar se são “irmãos”.
Na sexta-feira, 31, Marconi Perillo e Vilmar Rocha tricotaram o tempo todo. Inclusive sobre a sucessão em 2018.
O PSD de Vilmar Rocha tem dois projetos políticos: bancar o secretário para senador ou Thiago Peixoto para vice de José Eliton na disputa para o governo de Goiás.
Mas há quem, do mais alto poder, avalie que Vilmar Rocha será suplente, com “muito orgulho”, de Marconi Perillo na disputa para senador.

O economista e advogado Fernando Navarrete, titular da pasta da Fazenda, é um dos secretários mais elogiados pelos colegas do governo de Marconi Perillo.
Enquanto outros secretários eram artífices do “não carrancudo e mal humorado”, o economista e advogado é apontado como um gentleman até quando diz “não”.
O secretário tem sido elogiado, inclusive pelo tucano-chefe, sobretudo pela discrição — não é midiático — e pela eficiência.

[caption id="attachment_90970" align="alignleft" width="620"] Fotos: Reprodução e André Costa/Jornal Opção[/caption]
O PT cometeu um grave erro ao atacar o Plano Real, em 1992. Ali fortaleceu o projeto que rendeu dois mandatos presidenciais ao tucano Fernando Henrique Cardoso. A oposição em Goiás — leia-se PMDB de Daniel Vilela e DEM de Ronaldo Caiado — pode estar cometendo o mesmo erro.
Com um discurso politicamente contraproducente, as oposições decidiram atacar, de frente, o programa de investimentos no interior programado pelo governador Marconi Perillo. Num momento de crise, em que as prefeituras estão quebradas — inclusive é preciso constituir outro pacto federativo —, ficar contra o Goiás na Frente é o mesmo que praticar haraquiri político.
Prefeitos do DEM, do PMDB e do PT dizem, e não apenas nos bastidores, que seus líderes estão errados ao criticar o Goiás na Frente. Eles sugerem que democratas, peemedebistas e petistas, ao postular um Goiás Atrás, se tornam porta-vozes da vanguarda do atraso.

“Nós queremos crescer, mas precisamos saber com quem o petista vem para o PDT e com quais intenções”, afirma o vereador Paulinho Graus

Jorge Kajuru, Iris Araújo, Waldir Soares e Sandes Júnior, que são políticos de matiz popular, podem atrapalhar uns aos outros na disputa em 2018