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Eleitores dizem que vão votar em Vanderlan mas acham que Iris vai ganhar. Parece a história de 1998

[caption id="attachment_73106" align="alignright" width="620"]Arquivo Arquivo[/caption] Na semana passada, conversando nas ruas de Goiânia ou andando de Uber, repórteres do Jornal Opção colheram aqui e ali, e de maneira nada dispersa, uma opinião do eleitorado que lembra muito o que aconteceu em 1998. Não se está sugerindo que fenômenos políticos se repetem e o que aconteceu em 1998, quando Marconi Perillo derrotou Iris Rezende e se elegeu governador pela primeira vez — as pessoas diziam, em todos os lugares, “Iris Rezende vai ganhar, mas vou votar no Marconi” —, acontecerá, necessariamente, em 2016, com Vanderlan Cardoso (PSB) derrotando Iris Rezende (PMDB) na disputa pela Prefeitura de Goiânia. O que se vai dizer a seguir é que as pessoas estão dizendo, de maneira espontânea, quase sempre o seguinte: “Vou votar em Vanderlan Cardoso, mas Iris Rezende vai ganhar”. As chamadas ondas, que são produzidas, na falta de uma explicação mais convincente, por uma espécie de inconsciente coletivo, ocorrem em processos eleitorais. Às vezes, quando não são percebidas a tempo, resultam naquilo que se denominam de “surpresas eleitorais”. Mas, desde já, se está anotando, com o devido registro, que as pessoas estão dizendo, em vários lugares e dias diferentes, quase sempre a mesma coisa: “Vou votar em Vanderlan Cardoso, mas Iris Rezende vai ganhar as eleições”. Parece, até, um mantra. O crescimento de Vanderlan Cardoso nas pesquisas, o que começa a criar aquilo que os cientistas políticos nominam de “expectativa de poder”, pode resultar da onda “vou votar em Vanderlan Cardoso, mas Iris Rezende vai ganhar as eleições”. Não se trata de um crescimento bombástico, é claro. Mas é uma crescimento diferenciado. Percebe-se que, após ganhar digamos um grupo de eleitores, Vanderlan Cardoso não o perde mais — é como se se tornasse cativo. Trata-se do que denominam de “voto consolidado”, que é quando o eleitor define seu candidato e não o troca mais, considerando que é o melhor em definitivo. No momento, pesquisadores altamente especializados sugerem que há três tipos de eleitores que avaliam como “soltos”, “levemente soltos” e os “casmurros”. As nomenclaturas podem parecer estranhas, até estranhíssimas, e são mesmo. Mas querem dizer coisas simples. Os eleitores soltos são os que, até o momento, estão acompanhando as campanhas e tendem a votar naquele que acreditam que vai ganhar. Iris Rezende e Vanderlan Cardoso, como orcas em cardumes de sardinhas, começam a “atacá-los”. Os “levemente soltos” ora estão com um candidato, ora estão com outro, mas, na prática, estão de olho na expectativa de poder. São alvos dos líderes do PSB e do PMDB. Os “casmurros” podem ser encontrados tanto entre os indecisos quanto entre os que dizem que não votarão em ninguém, mas na hora agá votam em alguém. As três estirpes são adeptas do voto útil.