Resultados do marcador: O jogo verdadeiro

[caption id="attachment_77265" align="aligncenter" width="620"] Daniel, Maguito e Caiado[/caption]
Apesar dos salamaleques públicos, as relações entre os grupos de Maguito Vilela, do PMDB, e de Ronaldo Caiado, do DEM, não são lá muito boas. Maguito Vilela costuma dizer que, se tiverem juízo, o deputado federal Daniel Vilela, seu filho, e o senador Ronaldo Caiado, do DEM, se unirão para a disputa de 2018. A fala pública, para agradar e não desagradar, é enganosa. Não que Maguito Vilela esteja mentindo para as pessoas. Não está. Está, tão-somente, fazendo política. A leitura da fala de um político deve ser aferida mais no subtexto do que no texto.
Na verdade, Maguito Vilela, uma raposa política das mais espertas, trabalha com dois e não três cenários. Primeiro, com a candidatura de Daniel Vilela para governador, como elemento da renovação. O presidente do PMDB seria apesentando, ainda que não com as palavras a seguir, como “o novo Marconi Perillo” ou “o Marconi peemedebista”. Segundo, se o garoto não emplacar, o próprio Maguito Vilela seria o postulante ao governo. O terceiro cenário, o apoio a Ronaldo Caiado, não está nas cogitações verdadeiras da dupla Maguito Vilela e Daniel Vilela. O que o vilelismo quer, e não mais do que isto, é que Ronaldo Caiado apoie a candidatura de Daniel Vilela, ou de Maguito Vilela, para o governo do Estado em 2018.
O vilelismo defende a tese, ao menos nos bastidores, de que, como Marconi Perillo não poderá ser candidato a governador em 2018, ficará menos complicado derrotar seu candidato ao governo, possivelmente José Eliton. Em 2022, o vilelismo teme ter pela frente, mais uma vez, o experimentado e, até agora, invencível tucano. Daí que vai jogar todas as suas forças políticas e energias individuais na disputa de 2018.
Ronaldo Caiado, que também é uma raposa, decerto não crê em salamaleques públicos, mais utilizados para agradar militâncias e contentar egos.
Detalhe: o vilelismo aposta numa aliança mais com Antônio Gomide, ex-prefeito de Anápolis, do que com Ronaldo Caiado. Observe-se que, com toda crise do PT, Daniel Vilela retirou seu candidato a prefeito em Anápolis, o vereador e empresário Eli Rosa, e o colocou como vice do candidato do PT a prefeito, João Gomes.

[caption id="attachment_20271" align="alignright" width="310"] Sandro Mabel: jogo do político “aposentável” é apontado como manjadíssimo por “mabeólogo”[/caption]
Um peemedebista, ex-deputado federal, afirma que é uma espécie de “mabeólogo”, quer dizer, intérprete do deputado federal Sandro Mabel, do PMDB. O repórter do Jornal Opção pergunta-lhe: “Procede que o empresário vai se aposentar da política?” Sua resposta: “Se até Iris Rezende não quer se aposentar, por que Sandro vai resignar-se?”
O ex-deputado afirma que Mabel está espalhando uma ampla cortina de fumaça sobre seu verdadeiro projeto político. “Ele teria sugerido que ‘pagou’ o marketing da campanha de Iris Rezende, no segundo e no primeiro turnos, para que o peemedebista-chefe o apoiasse na disputa para prefeito de Goiânia, em 2016. Verdade? Meia verdade. Sandro sabe que a disputa de Goiânia vai ser uma pedreira, possivelmente entre Iris Rezende, do PMDB, Vanderlan Cardoso, do PSB, e Jayme Rincón, do PSDB. Será uma batalha para profissionais, não para amadores. Sandro, nada bobo, não entra em bola dividida.”
Se é assim, o que quer, de fato, o aposentável Mabel? “Simples: Sandro quer disputar a Prefeitura de Aparecida Goiânia. Só precisa convencer o prefeito Maguito Vilela a rifar Euler Morais e a apoiá-lo.” É possível? “É.” Por quê? “Porque Maguito não quer ‘torrar’ dinheiro para eleger o amigo histórico e Sandro tem condições de bancar sua campanha.” Só isso? “Só.”