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[caption id="attachment_61359" align="alignright" width="620"] José Eliton e Marconi Perillo | Foto: Jota Eurípedes[/caption]
O governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, é expert em política e, sobretudo, em ganhar eleições. De 1998 a 2014, o tucano-chefe articulou uma aliança política poderosa que conseguiu derrotar os candidatos do PMDB — Iris Rezende e Maguito Vilela — em cinco eleições consecutivas. Uma das curiosidades a seu respeito é que, nos momentos em que sua situação parece mais difícil, consegue dar a volta por cima, apresentando ideias renovadoras e mantém o apoio da sociedade. Há uma profunda sintonia entre as ideias da sociedade e as do gestor goiano. No momento, enfrenta algum desgaste e, curiosamente, não por fazer a coisa errada, e sim por fazer a coisa certa — um ajuste fiscal rigoroso que pretende aliviar a pressão sobre a sociedade, reduzindo o impacto da crise econômica nacional sobre a vida dos cidadãos goianos.
Hábil como poucos políticos, uma espécie de mineiro à Tancredo Neves no solo do Cerrado, Marconi Perillo antecipou que o candidato da base aliada a governador em 2018 será o vice-governador José Eliton, do PSDB. Por que o lançamento com tanta antecipação? Por vários motivos. Apresentemos alguns. Primeiro, para tornar o jovem tucano mais conhecido da sociedade (ao colocá-lo na Secretaria de Segurança Pública deu-lhe ainda mais visibilidade).
Segundo, para eliminar disputas fratricidas na base. Terceiro, para sugerir à sociedade que, depois de 20 anos de poder (a completar em 2018), a base aliada está apresentando um nome jovem e renovador. Quarto, para “encorpar” José Eliton como político, sedimentando-o em todo o Estado, no contato tanto com políticos quanto com a sociedade.
Recentemente, ao ser questionado sobre possíveis candidatos das oposições, notadamente Ronaldo Caiado, Maguito Vilela e Daniel Vilela, o tucano sublinhou que não se trata de problema seu. “Nós temos candidato — José Eliton.” Ele frisou que a base não tem um “problema”, e sim uma “solução”, enquanto a oposição, depois de cinco derrotas, não consegue apresentar sequer um candidato.