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Júnior Friboi prefere se desfiliar a ser expulso do PMDB. Frederico Jayme vai se defender

[caption id="attachment_29729" align="alignright" width="620"]Júnior Friboi e Frederico Jayme: o ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende decidiu que não vai conviver com os 2 políticos no PMDB Júnior Friboi e Frederico Jayme: o ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende decidiu que não vai conviver com os 2 políticos no PMDB[/caption] O empresário Júnior Friboi está numa fase criativa e feliz de sua vida, tanto pessoal quanto profissional. Casado pela segunda vez, é pai de um menino pequeno — uma de suas alegrias. Sua filha dirige um empreendimento bem-sucedido em Goiânia, no Setor Marista. O outro filho o acompanha nas negociações do frigorífico Mataboi. Seu objetivo é constituir, em pouco tempo, um dos mais poderosos frigoríficos do país. O que lhe dá dor de cabeça é outra coisa, uma amante às vezes ingrata: a política. Iris Rezende “infiltrou” uma tese na cabeça de seus seguidores: mais do que ganhar eleição, o fundamental é expulsar Friboi das hostes do PMDB. O vice-presidente da República, Michel Temer, os prefeitos de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, e de Jataí, Humberto Machado, e os deputados federais Pedro Chaves e Daniel Vilela não aceitam. Tese deles: no lugar de expulsar, é preciso aglutinar. Se dependesse de uma votação em todo o partido, Friboi não seria expulso. Pelo contrário, seria aclamado como líder — até presidente do partido. Acrescente-se que a eleição para presidente do Diretório Regional será realizada tão-somente em outubro deste ano. Ao conversar com integrantes do PMDB, Friboi, sem se propor a construir um muro de lamentações, disse que um de seus objetivos é (ou era) aglutinar os peemedebistas e ampliar a convergência, organizando o partido em todo o Estado — não se preocupando apenas com Goiânia, como é o caso de Iris Rezende — com vistas às eleições tanto de 2016, para as prefeituras, quanto para 2018, para o governo de Goiás. Se não for expulso, hipótese cada vez mais remota, trabalhará para a antecipar o processo eleitoral (a disputa pelo comando do Diretório). Porém, como o partido está implodindo e buscando um líder de fora, como o senador Ronaldo Caiado (DEM), se o partido decidir pela expulsão pura e simples, Friboi confidenciou que deve desfiliar-se. Prefere não ser expulso. O advogado Dorival (Dori) Mocó, do PMDB, vai notificar tanto Friboi quanto Frederico Jayme — acusados de infidelidade partidária — para que apresentem, no prazo de 15 dias, suas defesas. A Comissão de Ética reuniu-se na semana passada para discutir a questão. Dos sete integrantes da comissão quatro defendem o expurgo. Frederico Jayme disse ao Jornal Opção que vai apresentar sua defesa. “Estranho o fato de Iris Rezende, que jamais aceita explicar a origem de seu patrimônio e não discute suas infidelidades partidárias, trabalhar, nos bastidores, pela nossa expulsão.” O chefe de gabinete do governador Marconi Perillo planeja apresentar duas defesas — uma oral e uma escrita — detalhadas. “Quero pôr os pingos nos is”, frisa. “Ao me defender, vou aproveitar para contar a história de Iris e seus posicionamentos históricos.” Peemedebistas que apoiam Friboi e Frederico Jayme dizem estranhar o fato de Iris Rezende criticar a aproximação dos dois políticos com o governador Marconi Perillo, do PSDB, mas trabalhar para “entregar” o PMDB ao senador Ronaldo Caiado, que pertence a outro partido.