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Cinema
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Cinema
“Ainda Estou Aqui” atinge 1,8 milhão de espectadores e se destaca no cenário internacional

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cultura
Documentário ‘Edson, O Monstro Sagrado’ retrata carreira do locutor esportivo

A obra será exibida no Cine Ouro nesta segunda-feira, com entrada gratuita, celebrando a memória de Edson Rodrigues

Cultura
Nuran Evren Sit: “Se eu não estivesse no Brasil, não poderia escrever a série”

A roteirista turca, Nuran Evren Sit falou sobre o sucesso da produção "Uma Nova Mulher" (Netflix) no Brasil e sua experiência no país

Cinema
Egressos da UEG realizam documentário sobre imigrante em Goiás

Egressos do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Estadual de Goiás (UEG), produzem documentário sobre o cotidiano de uma imigrante camaronesa em Goiânia. A rotina do dia a dia, a distância da família e a solidão vivida numa metrópole por Grace Elvira Habit, estudante universitária de 22 anos, são os principais temas tratados em Courage, curta-metragem dirigido por Leonardy Sales e Victoria Nolasco.

“O que guiou nosso processo foi a busca em estabelecer um recorte sobre a vida da Grace, e a partir disso criar um retrato que pudesse dialogar com qualquer público. A partir do cotidiano que mostramos no filme, qualquer pessoa pode se identificar com aquela vivência mostrada ali, na tela”, pontua o fotógrafo e cineasta Leonardy Sales, de 22 anos.

De acordo com a equipe, o objetivo do filme não é o de generalizar uma noção sobre a experiência de um imigrante e projetá-la na figura de Grace. “Ao mostrarmos para o espectador como é a experiência de se viver numa terra estrangeira e longe da família, distante da familiaridade cultural e tudo o que ela envolve, nós também lançamos um novo olhar sobre aquilo que está próximo e vivenciado por nós mesmos. Vemos Goiânia e a nossa cultura com outra percepção”, explica a produtora e co-diretora Victoria Nolasco, de 28 anos.

O documentário, que foi realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo, do Governo Federal, e operacionalizado pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, é uma produção independente e foi realizado com uma equipe reduzida. “Ainda bem, porque na minha casa mal estava cabendo as pessoas que faziam o filme”, brinca Grace Habit, de 22 anos.

“Eu sempre quis ser atriz mas, quando meus amigos me chamaram para fazer parte do projeto, eu nem acreditei. E confesso que tive muito medo. Porque não era uma personagem fictícia que queriam que eu performasse, mas queriam filmar a mim mesmo”, conta a estudante de publicidade.

Para Grace, compartilhar dos momentos de felicidade com os amigos brasileiros e relatar sobre sua angústia de estar longe de casa e da família foi um momento delicado. “Me senti muito exposta, mas também me senti protegida, e percebi que todas minhas inseguranças eram acolhidas. Em momento algum eu esqueci que quem estava por trás das luzes e das câmeras, quem usava os fones e o gravador, não era somente uma equipe de profissionais sérios, mas também eram meus amigos. Eles já sabiam de boa parte do que eu sentia e pensava sobre o que estou vivendo aqui em Goiânia, tão longe de casa”, relata Grace.

Os diretores reforçam que o filme é também uma celebração da amizade. “Nós escolhemos a Grace porque nossa vida foi transformada por ela. Assim como ela se sentiu exposta, nós também sentimos o peso da responsabilidade que é o de expor a sua intimidade. E mostrar isso com a mesma sinceridade que ela guardava só para si ou para as nossas rodas de conversa e confraternização”, expõe Victoria.

“É por tudo isso, pelas experiências da Grace no Brasil, pela coragem e o constante sorriso no rosto com que ela encara a vida, por nossa tarefa de fazer um cinema independente e que destaca a nossa cultura e as pessoas que a enriquecem, que o título do nosso filme não poderia ser diferente. Só é possível explorar os limites da criação artística com coragem, e para uma arte que só é feita em coletivo, nós nos abastecemos dela apoiando uns aos outros”, conclui Leonardy.

Courage terá estreia na sessão Cine Nepretude – Produção Audiovisual Negra em Goiás, organizada pelo coletivo Cine Nepretude e Cineclube Laranjeiras. A mostra se realizará no dia 19 de novembro, às 19 horas, no auditório 1 da Assembleia Legislativa de Goiás (ALEGO).

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Cinema
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Surgido como um produto tecnológico fruto da revolução industrial, o cinema transformou-se em arte após muitas críticas à sua existência em seus primeiros anos, em especial à sua natureza voyeurística, aproximando-se mais de peep shows e espetáculoscircenses do que de uma experiência propriamente estética. No princípio, mais do que contemplar, buscava-se vigiar e espiar, e os donos das primeiras salas de cinema pouco se importavam com a elevação do meio rumo à arte uma vez que seus bolsos estavam constantemente cheios.

Conforme inúmeras mudanças aconteceram no curtíssimo espaço de tempo que foram as décadas iniciais do século XX, entre as quais o crescente desinteresse por um meio que perdia sua novidade e, em contrapartida, o surgimento de uma linguagem cinematográfica estadunidense originada por D. W. Griffith, percebeu-se que a relação observacional do espectador para com a tela não deixou de existir. Pelo contrário, houve uma significativa mudança em como a audiência olhava para as imagens, especialmente quanto àquilo que buscava imaginar a partir dos 24 quadros por segundo. Conforme o inesperado deixou de ser inédito, o cinema viu-se na obrigação de transformar-se em sentimento.

Nesse sentido, conforme as audiências amadureciam lado a lado com o próprio cinema, urgia a criação de obras que falassem e dialogassem com as complexidades emocionais dos indivíduos que compravam ingressos e lotavam salas pelo mundo. Mundo esse que se tornava cada vez mais sombrio e cruel. Assim, entre as décadas de 1930 e 1950, a Sétima Arte consolidou-se, mais do que somente na relação de indivíduos para com o espaço em um recorte temporal de movimento, como 24 sentimentos por segundo. Sob essa ótica, nenhum cineasta é tão sentimental, completo, simultaneamente clássico e moderno como Nicholas Ray.

Falar de Nicholas Ray é falar de um olhar muito raro para com a própria sociedade estadunidense. Um olhar acusatório perante a sociedade enquanto simultaneamente afaga os excluídos e busca entender as vítimas das garras de um sistema econômico que não poderia interessar-se menos pelo que é ser humano. Surge assim Johnny Guitar, lançado em 1954 buscando olhar para um dos períodos mais violentos da história dos Estados Unidos.

Centrado na luta de Vienna, magistralmente interpretada por Joan Crawford, dona de um saloon que recebe os indesejados da região, contra as pessoas de bem que buscam apossar-se de suas terras, Johnny Guitar, intitulado graças ao personagem misterioso de mesmo nome interpretado por Sterling Hayden,é, para além de um filme genial, uma narrativa profundamente funcional em sua simplicidade. Mais do que isso, éuma obra-prima em que cada gesto é muito mais que um mero ato, mas sim uma confirmação simbólica de um olhar estético perante um gênero de muitas contradições que é o western, em um tempo no qual o mero ato de existir era uma pulsão de violência.

Pode-se chamar essa obra de anti-western, western definitivo, melodrama disfarçado de western, western camp... o que importa é que se trata de um dos (muitos) filmes definitivos do cineasta americano definitivo. Daquele que é, provavelmente, o gênero americano definitivo. Feito por um cineasta que, em um gênero profundamente problemático quanto ao trato das mulheres, posiciona duas personagens femininas como fios condutores da trama, isso ainda com alguns traços sutis e intertextuais de homoerotismo. Um cineasta que, em uma época de perseguições políticas cegas, coloca o establishment como o grande vilão da obra, em sua perene busca enquanto artista por defender os indefensáveis perante o olhar hegemónico e representar os esquecidos e não pertencentes. Há algo mais triste e comum do que simplesmente não pertencer?

Para além de um dos mais clássicos usos do tecnhicolor, Ray eleva seu uso corriqueiro da linguagem para além de suas costumeiras resoluções cénicas em um plano geral/conjunto mais alongado e, a posteriori, um contraplano mais próximo e mais um plano de descrição para um uso quase espiritual da luz. Uma luz muito chapada, onipresente e controlada que ilumina todas as ações quando há embates e que, quando o amor se revela, é reduzida a um mero recorte dos rostos a se fundirem e, quando o amor se finda momentaneamente, a luz natural quase estourada a mostrar como, naquele ambiente e naquela junção de espaços, não há nada nativo para além da violência.

Nicholas Ray foi, desde sempre, alguém com um viés social muito forte e que, ainda assim, por saber que é um artista, propõe muito mais um olhar estético e poético através de imagens-símbolos do que resoluções sociais. Não só por trabalhar em um período de censura arraigada em Hollywood, mas por compreender muito bem o papel do artista e a inutilidade da arte em si. E o final não poderia ser mais artístico. É a completa subversão em forma de romance. É um olhar sobre uma sociedade doente a partir de um dos mais belos olhares estéticos já feitos em celuloide. Afinal, não é para isso que existe o cinema?

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