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O ex-vereador de Palmas Bismarque do Movimento (PT) articula candidatura a Assembleia Legislativa. Ele garante que tem apoio do Movimento de Luta pela Moradia, do Movimento dos Sem Terra, do Movimento dos Atingidos por Barragens, dentre outros. No Parlamento Bismaque promete ser o representante dos movimentos populares que têm forte presença no PT.
O suplente de deputado federal e ex-presidente do PT Donizeti Nogueira observa que o governo tem feito troca de pessoas em comandos importantes para sugerir mudanças, mas continua o mesmo. “É impressionante a capacidade de mutação do governo para não deixar o poder”, comenta o líder petista, que acredita que a opinião pública está atenta a estas manobras eleitoreiras que revelam o desespero do governo, e não a capacidade de mudança.
Pela ordem de aceitação popular, conforme pesquisas encomendadas pelos partidos para consumo interno, o ex-governador Marcelo Miranda (PMDB) lidera todas as consultas, seguido pelo jovem deputado Marcelo Lelis (PV), que em Palmas chega a ficar em primeiro lugar. Em terceiro vem o governador Sandoval Cardoso (SD), que apesar de toda a propagada do governo ainda não decolou em termos de aceitação popular. Ataídes Oliveira (Pros) e Élvio Quirino (PSol) vêm em seguida.
O pré-candidato a governador pelo PSDC, professor Adail Gama, desmente informações de que o seu partido estaria conversando com siglas da base do governo. “Quem falou em nome do PSDC em diálogo com o governo não tinha legitimidade para falar”, garante o presidente da legenda. Gama defende a aliança com PT e PV como fundamental para oferecer um projeto verdadeiramente de mudança para o Tocantins.
E agora, depois do papelão, da encenação da farsa da convenção cancelada, o que dirão os deputados Júnior Coimbra e José Augusto Pugliesi, de que não estão a serviço do governo, do siqueirismo, como vinham tentando provar? Que validade jurídica tem uma reunião que foi presidida por dirigentes depostos de seus cargos? Se Coimbra estivesse tão seguro da validade jurídica da sua convenção porque inscreveu a sua chapa na convenção oficial do partido? É, dizer que não estão a serviço do Palácio eles podem até dizer, mas certamente não vão convencer ninguém.
O deputado José Roberto Forzani (PT) diz que o governo não está maior ou menor agora. Para ele, Sandoval Cardoso tem apoio dos que sempre foram governo. “Eles podem até ter mudado de partido, mas sempre estiveram no governo”, observa, dizendo-se convicto de que o povo já elegeu a mudança.
O prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP), aos poucos vai demonstrando plena adaptação à velha política que tanto prometeu combater. Em troca de apoio ao seu candidato Tiago Andrino (PP) entregou a presidência da Câmara ao neo-siqueirista Júnior Coimbra e o PCdoB ao senador Ataídes Oliveira (Pros). Pelo acordo, Rogério Freitas, ligado a Coimbra, será o presidente do Parlamento e o PCdoB deve integrar a chapa de Ataídes. Freitas, embora peemedebista, é tão governista quanto o padrinho Coimbra e sua ascensão à presidência da Câmara fortalece o siqueirismo e não a oposição, do qual Amastha é fruto.
A chapa dos sonhos de dez entre dez oposicionistas pesquisados tem o ex-governador Marcelo Miranda (PMDB), na cabeça com o deputado Marcelo Lelis na vice e a senadora Kátia Abreu como candidata à reeleição e o ex-prefeito de Porto Nacional Paulo Mourão (PV) como suplente. Agora, com a garantia de que Marcelo e Kátia serão candidatos, as negociações que vinham em marcha lentas devem acelerar.
O deputado César Halum (PRB) que estremeceu com o anúncio da pretensão do ex-governador Siqueira Campos de disputar a cadeira do Senado e ameaçou abandonar a aliança governista antes mesmo de aderir, agora parece conformado e plenamente integrado ao governo. Halum, que é pretenso candidato ao Senado, certamente se sentiu traído com o anúncio de Siqueira, mas foi convencido de que esta candidatura pode não vingar.
O prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP), resolveu fazer silêncio sobre as articulações para eleições e foca a gestão. Amastha, que era um dos prefeitos mais entusiasmados com o governador Sandoval Cardoso, a quem chamou de continuísmo renovado, mudou de opinião quando o ex-governador Siqueira Campos anunciou pretensão de ser candidato ao Senado. O prefeito certamente se deu conta que Sandoval é continuísmo e nada mais.
[caption id="attachment_7711" align="alignleft" width="620"] Luana Ribeiro: apoio ao turismo. Foto: Diretoria de Comunicação/Assembleia/TO[/caption]
A deputada Luana Ribeiro faz gestão junto ao governo para liberação de recursos de emendas parlamentares de sua autoria que beneficia municípios que integram a rota do sol, temporada de praia fluvial. A deputada destinou recursos para os municípios de Porto Nacional (Praia do Luzimangues), Pedro Afonso (Praia do Sono), Bernardo Sayão, Tocantínia, Miracema e Palmeirante. “As praias do Tocantins movimentam o turismo e o comércio. Apoio porque acredito que é um importante gerador de empregos, além de ressaltar a autoestima da população”, afirmou a parlamentar, que é turismóloga e acredita que o turismo fomenta a economia dos municípios praianos.
A suplente de deputada federal Nilmar Ruiz (PEN) desistiu de disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa. A ex-prefeita de Palmas alega falta de condições políticas e demonstra certa decepção com a atividade. Nilmar anunciou ainda que vai deixar a vida pública, ou seja, vai pendurar as chuteiras.
O deputado Manoel Queiroz (PPS) defende a candidatura do procurador da República Mário Lúcio Avelar e nega que o PPS esteja na base do governo. “Quem faz parte do governo é o presidente do partido (deputado Eduardo do Dertins) e não o partido”, garante o deputado que diz que o presidente vai acatar a maioria, que quer o PPS na oposição. Queiroz recomenda a Avelar que articule sua candidatura, de preferência construindo uma coligação forte, se não conseguir pode perder o apoio do partido.
O gigante acordou. É o que se pode concluir da intervenção decretada pela executiva nacional do PMDB no diretório regional. A frase que vem sendo usada como palavra de ordem dos movimentos de rua durante a Copa do Mundo também serve para avaliar a pré-campanha eleitoral no Tocantins. No caso, do PMDB, maior partido do Estado que resolveu abandonar a postura defensiva e partiu para o ataque. Mas a tarefa não será fácil para os marcelistas, que terão que reestruturar um partido esfacelado e desacreditado por um longo período de guerra interna tão sangrenta quanto inócua. Marcelo consegue a sua primeira vitória ao salvar o partido das garras do siqueirismo. Organizar a sigla para vencer as eleições é outra tarefa não menos grandiosa.
Depois da refrega o PMDB tem obrigação de recuperar o tempo perdido. Não será fácil, mas ainda dá tempo. Evitar defecções é a primeira e mais urgente tarefa. Júnior Coimbra não causou toda esta turbulência sozinho. O deputado tem apoios na legenda e não vai desistir tão cedo de derrotar Miranda e Kátia. Por outro lado a militância está ávida por um projeto político consistente de mudança. Agora chegou a hora de o PMDB mostrar a sua força.