Resultados do marcador: Artigo de Opinião

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EUA x Brasil
Big Techs e legislação: o que está por trás da ação da Trump Media contra Moraes

Desde que Moraes determinou a suspensão do X de Elon Musk, o caso ganhou projeção mundial

Faltou Dizer
Síndrome de vira-lata? Aqui não, eu quero é carnaval e samba

A ideia de que o Carnaval é uma “festa suja” ou "cheia de vulgaridade" é, na verdade, uma forma disfarçada da tão conhecida síndrome de vira-lata

Faltou Dizer
Jornalistas têm trabalho redobrado na era digital

Hoje, jornalistas enfrentam um desafio duplo: apurar fatos e combater fake news

Faltou Dizer
Desordem e Regresso: A polarização impede o diálogo e o progresso

Quando falta o mínimo, não sobra tempo para analisar e entender a origem das desigualdades

OPINIÃO
A corrupção e o abuso de poder: uma reflexão necessária

Bolsonaro e seus aliados visavam proteger interesses pessoais e familiares, espionar adversários políticos e criar informações falsas contra inimigos

Goiânia 2024
Desafios da principal capital do agronegócio do centro-norte brasileiro

É preciso desconcretizar a cidade e torna-la mais verde e arborizada, garantindo a permeabilidade das águas das chuvas, o reforço dos lençóis freáticos e a ambiência urbana

Artigo de Opinião
Como Odorico Paraguassu, Rogério Cruz precisa de um cemitério para inaugurar

O prefeito de Goiânia precisa fazer com que todos esqueçam o pratrasmente e, ao mesmo tempo, inventar um novo prafrentemente

Privatização Saneago Celg
Saneago e Celg: opostos ilustram experiência com privatização de serviço essencial

Enquanto Companhia de Saneamento cresce nas mãos do governo estadual, distribuição de energia em Goiás tem a pior nota nacional

Segurança Pública Mossoró
Fuga de presídio federal reforça que segurança pública será o foco das eleições 2026

Pela primeira vez na história, dois presos conseguiram escapar de um presídio de segurança máxima no Brasil; policias entram no 7º dia de busca pelos fugitivos

Artigo do especialista
Dengue: a Terapia Intensiva como escudo contra a mortalidade

A batalha contra a dengue hemorrágica requer uma abordagem multifacetada, na qual o suporte intensivo desempenha um papel central na preservação da saúde e da vida dos pacientes

Opinião
Napoleão, Caxias e o valor de lutar com os comandados

Espera-se há quase 1 século para surgir um filme à altura das boas biografias escritas por historiadores de renome; ainda não foi dessa vez, escreve Demóstenes Torres

Carta a Lula: sim, deve haver o perdão

Anistia a alguns participantes do 8 de Janeiro ajudaria em projeto de união e pacificação do país

Economia
Reforma da arrecadação tributária apenas dará aparência nova para as velhas práticas

A reforma, já na largada, começa a promover uma séria distorção entre os Estados. É uma semente de problemas futuros

Inteligência Artificial
Artistas estão em extinção?

Cresce o movimento de artistas que são contra o uso de suas obras em treinamento de IA

artigo de opinião
Concurso público: direitos das gestantes e lactantes

Thárik Uchôa

Quando falamos em direitos das gestantes e lactantes no ambiente de trabalho, precisamos levar em consideração também as especificidades de determinadas funções, como ocorre nos cargos operacionais das forças policiais, incluindo as Polícias Civil e Militar. Além disso, é necessário ter em mente que o esforço físico da profissional é exigido não apenas quando ela já ocupa um cargo dentro da Polícia em caráter efetivo, mas também durante o curso de formação, que é uma das etapas finais do concurso público.

Atualmente, as gestantes e lactantes costumam ter direitos garantidos nas duas situações, a fim de resguardar a saúde e o bem-estar e conciliar a maternidade e a atuação policial. Tanto no curso de formação quanto no exercício do cargo efetivo, essas profissionais precisam receber um tratamento adequado às suas necessidades, podendo pedir horários flexíveis ou pausas para amamentação, extração e armazenamento adequado de leite, cuidados com o bebê, descanso e alimentação.

Durante o curso de formação, a candidata gestante ou lactante também pode ser beneficiada com adaptações nas atividades físicas, carga horária reduzida ou, ainda, dispensa temporária para afastar-se de atividades que gerem risco à sua saúde ou à do bebê. Nesse último caso, as avaliações que ocorreriam no período de afastamento da candidata são, geralmente, adiadas para quando ela retornar às atividades. Essa prática visa garantir uma recuperação adequada à candidata e a sua participação no curso de formação de maneira igualitária.

Os direitos mencionados são resguardados na maioria dos concursos públicos para carreiras policiais. Contudo, a avaliação de gestantes e lactantes durante a etapa do curso de formação pode variar de acordo com as normas estabelecidas pelas instituições responsáveis por cada certame. Por essa razão, é fundamental que as candidatas busquem informações precisas junto aos órgãos que realizam os concursos que desejam prestar e consultem a legislação municipal, estadual ou federal aplicável aos mesmos.

Já depois de assumir o cargo efetivamente, a policial gestante ou lactante tem direito à licença-maternidade, que varia de acordo com a legislação vigente de cada instituição policial. Durante esse período, ela não pode ter prejuízos em sua carreira por causa da gravidez. Apesar dos direitos que já são garantidos a essas mulheres atualmente, ainda existe uma lacuna jurisprudencial grande em relação a gestantes e lactantes nas forças policiais.

Essa lacuna refere-se à ausência de uma posição consolidada da jurisprudência, já que ainda há interpretações e entendimentos variados (chegando a ser, até mesmo, contraditórios) por parte dos tribunais. Tal problema gera incertezas e falta de diretrizes mais específicas e claras para decisões judiciais nesses tipos de casos. Esse vazio jurisprudencial surge pela falta de legislação específica que regulamente esses direitos ou, ainda, pela falta de casos julgados anteriormente que possam estabelecer um precedente para determinadas situações.

Para solucionar essa questão, é preciso que haja um esforço conjunto entre os órgãos de defesa dos direitos das mulheres, o Ministério Público e as instituições responsáveis pelos concursos públicos. É importante ampliar a conscientização sobre a necessidade da garantia de direitos e da proteção à saúde das gestantes e lactantes nas forças policiais, além de incentivar a criação de diretrizes claras para assegurar isso de forma igualitária e evitar possíveis violações.

Thárik Uchôa, presidente do Movimento de Valorização da Sociedade Civil (MOVA) e especialista em Direito Público