Resultados do marcador: Apocalipse

Bennu é classificado como um asteroide do tipo B

Foto: Ivaldo Cavalcante
O PMDB está sendo olimpicamente varrido do Entorno do Distrito Federal — perdendo seus principais líderes para a base do governador Marconi Perillo — e cúpula nem percebe o que está acontecendo. Marcelo Melo, que era o maior líder do partido na região, migrou para o PSDB. Padre Getúlio, de Santo Antônio do Descoberto, está trocando o peemedebismo pelo tucanato. O vice-prefeito de Águas Lindas, Luiz Alberto de Oliveira, Giribita, saiu do PMDB e filiou-se ao PTB.

[caption id="attachment_10379" align="alignleft" width="620"] Simpatia dos brasileiros ajudou o País a obter avaliação positiva | Foto: Reprodução/TV Globo[/caption]
“Imagina na Copa.” A frase virou um mantra na sociedade brasileira depois dos acontecimentos de junho e julho do ano passado, que, por coincidência ou não, se deram simultaneamente à Copa das Confederações, evento preparatório ao Mundial de futebol que o País sediaria um ano depois. Se com um torneio bem menor houve toda aquela confusão, “imagine” o que seria o aporte de todas as seleções, todos os turistas e tudo o mais no ano seguinte.
Foi o terreno perfeito para a imprensa brasileira se encher de profetas do apocalipse. Temia-se — e até se torcia por — um fiasco total da organização. As obras inacabadas eram só o mais claro indício de que tudo daria errado. Mas não deu.
O megaevento encerrado no domingo, 13, com o título merecido da seleção alemã sobre a da Argentina, fechou aquela que foi considerada a maior e melhor de todas as Copas do Mundo já realizadas. Ou “a Copa das Copas”, como agora comemora, vingado, o Palácio do Planalto.
Talvez nem tivesse ocorrido essa surpresa positiva toda se, ao longo dos meses, os veículos de comunicação tivessem monitorado com mais parcimônia e técnica a evolução da estrutura específica para atender aos turistas. Não houve essa avaliação mais acurada de que a Copa poderia, ao contrário que todos diziam até então, ser bem-sucedida.
O resultado é que o relatório do Grupo de Estudos Técnicos da Fifa deve apontar, conforme teve de adiantar “O Estado de S. Paulo”, para a melhor edição do Mundial entre todas, em termos de entretenimento e qualidade.
Tudo melhorou de um dia para o outro? Não, mas ficou parecendo isso, porque a imprensa não fez o devido acompanhamento. Sobrou discurso pronto — baseado nos puxões de orelha da senhora Fifa, que apenas cumpria seu papel de forçar a execução do que tinha sido acordado — e faltou investigação.
Algo que deixou explícita certa torcida da imprensa para tudo dar errado ficou bem claro com a tragédia da queda do viaduto em construção em Belo Horizonte. Os três maiores jornais do País deram destaque colocando a conta nas costas e nos custos da Copa.
Senão, vejamos: “Folha de S. Paulo” — Obra inacabada da Copa desaba e mata 1 em BH; “O Globo” — Viaduto de obra da Copa desaba e mata 2 em BH; e “Estado de S. Paulo” — Viaduto planejado para Copa cai e mata 2. Em todas as manchetes, um quê de Copa do Mundo, como se fosse um pedaço ruído de algum estádio. A forma de fazer a responsabilização editorial apostava ainda em algo que mostrasse que o evento era um fracasso, mas esqueceu-se de que a obra não serviria ao futebol. Pelo contrário, o viaduto está no plano de restruturação viária de Belo Horizonte, com sua construção impulsionada pelo fator Copa. O acidente merece ser apurado, assim como a empreiteira precisa dar conta de todas as explicações. O que não pode haver é uma apropriação indevida da obra para efeito de um discurso sensacionalista, como era o movimento que, no começo, parecia estar se insinuando