Resultados do marcador: Antecipando o futuro

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Francisco Júnior pode disputar Prefeitura de Goiânia pelo PSDB

Partido também está de olho no passe político de Virmondes Cruvinel

Quadro para 2018 pode ter José Eliton e Thiago Peixoto duelando com Ronaldo Caiado e Daniel Vilela

[caption id="attachment_44759" align="alignright" width="620"]Daniel Vilela e Ronaldo Caiado versus José Eliton e Thiago Peixoto: chapas possíveis para 2018. Tempo Novo estaria se renovando | Fotos: Fernando Leite Daniel Vilela e Ronaldo Caiado versus José Eliton e Thiago Peixoto: chapas possíveis para 2018. Tempo Novo estaria se renovando | Fotos: Fernando Leite[/caption] Tancredo Neves assinalava que, em política, não existe cedo — só tarde. Por isso há quem avalie que sondar o futuro, com o uso de um “especulômetro”, é uma forma de entender de maneira adequada o presente. Políticos sabem que o futuro vai sendo articulado — e tramado — aos poucos. Os que esperam pelo futuro tão-somente reagindo, e não agindo, raramente conquistam o poder — tornando-se meras “vítimas”, e não agentes, da história. Quando se discute a sucessão para prefeito, a de 2016, começa-se a armar o jogo da disputa para o governo de Goiás em 2018. Situação e oposições começam a montar seus jogos de xadrez. Tratemos dos indícios — a gênese de tudo. Pode-se falar em dois esboços orgânicos. A situação tende a emplacar a candidatura do vice-governador José Eliton (PSDB) para governador, com o deputado federal Thiago Peixoto (PSD) na vice — e o governador Marconi Perillo (PSDB) e o senador Wilder Morais (PP) para o Senado. Há lógica nesta articulação da realpolitik. Primeiro, ao assumir o governo em abril de 2018, com a saída de Marconi para disputar o Senado, Eliton se torna o candidato natural a governador. A filiação ao PSDB sugere que sua candidatura está cristalizada. Segundo, Thiago é uma revelação política da base aliada, além de um seus mentores intelectuais. Tem sido apontado como um dos estrategistas técnicos e políticos do governismo. Terceiro, uma chapa com dois jovens, Eliton e Thiago, sinalizará, aos eleitores, que o Tempo Novo está se renovando. Quarto, a chapa estará contemplando três dos partidos mais sólidos da base: o PSDB de Marconi, o PSD de Vilmar Rocha e o PP de Wilder. Quinto, a indicação de Thiago convenceria Vilmar a desistir da disputa para senador, abrindo espaço para Wilder, ou quem sabe Lúcia Vânia (PSB), na chapa majoritária. Há outra possibilidade. Há quem avalie que Thiago, por sua capacidade de articulação, deveria ser candidato a governador. O próprio secretário de Gestão e Planejamento costuma repetir que, em política, há fila. Na fila estaria logo atrás de Eliton. Nas oposições, há pelo menos dois nomes consolidados: Ronaldo Caiado (DEM), que terá quase 70 anos em 2018, e Daniel Vilela (PMDB), que terá menos de 40 anos. Os dois podem compor? Não querem. Porém, por uma questão de sobrevivência, tendem a formatar uma chapa única. Como Caiado não abre mão de disputar o governo, a tendência é que Daniel seja indicado para ser o seu vice. Há quem, tanto no DEM quanto no PMDB, sonhe com Jorge Kajuru (PRP) — se bem votado para vereador em Goiânia — e Lúcia Vânia, do PSB, para o Senado. Lúcia prefere compor com Marconi, mas, se não houver espaço, pode compor com Caiado ou Daniel. Questão de sobrevivência.

Disputa de 2018 terá como favoritos um político do DEM, Caiado, e um ex-político do DEM, José Eliton

[gallery type="square" ids="23372,23373"] Ao escolher de José Eliton (PP) para a Secretaria de Desen­volvimento Econômico, possivelmente a principal do governo, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), sinalizou várias coisas. Primeiro, deixou claro que o vice-governador é o segundo político mais poderoso da gestão estadual. Segundo, com um gesto, provocou o fim da disputa acirrada pelo cargo. Ninguém, a rigor, vai questionar o vice que, em abril de 2018, assumirá o governo do Estado. Terceiro, o tucano-chefe sinalizou que não quer e não vai transformar o pepista num novo Alcides Rodrigues (este, quando vice, sentia-se menosprezado; quando assumiu, rompeu com seu criador, tornando-se, mais do que adversário, inimigo de uma ferocidade inaudita, jorcelino-braguiana). Agora, Marconi está sinalizando que vai fortalecê-lo e que criará condições para que, ao assumir o governo, daqui a três anos, José Eliton já esteja forte e bem conhecido em todo o Estado. Quarto, a indicação sugere também que os partidos aliados, como no caso o PP, vão ser contemplados com cargos significativos. Quinto, é preciso considerar os méritos do vice — que é um jovem competente, leal, dedicado e com imensa capacidade de trabalho. E apaixonado por política. A resistência ao seu nome, incrustada mais no PSD, já foi contornada. Postas as questões acima, há uma que fica mais no campo da especulação. Está cedo para dizer com certeza, porque a política, por ser dinâmica, como a vida, muda muito e, às vezes, de um dia para o outro. Um candidato lançado muito cedo precisa segurar a onda por quase quatro anos. Não é fácil. Porém, como o governador Marconi Perillo não pode disputar a reeleição em 2018, os principais nomes da política de Goiás começam a expor seus nomes. Eles sugerem que, sem Marconi, abre-se um imenso vácuo na política em nível estadual. Daí que quem expor seu nome mais cedo, num Estado gigante como Goiás, poderá chegar consagrado em 2018. É o que já estão fazendo Ronaldo Caiado (DEM), Júnior Friboi (PMDB), Daniel Vilela (PMDB) e Antônio Gomide (PT). Há um dado curioso: é provável que, na disputa de 2018, os dois candidatos mais consistentes sejam José Eliton, dados o peso da máquina e o apoio de Marconi Perillo, em si uma verdadeira máquina de fazer política, e Ronaldo Caiado. Quer dizer, um ex-filiado do DEM e um filiado do DEM. Será uma campanha dura, porque José Eliton e Ronaldo Caiado se tornaram, mais do que adversários políticos, inimigos pessoais. O senador eleito não perdoa José Eliton por ter bandeado para o lado do tucano-chefe. José Eliton, por seu turno, critica o “autoritarismo” do líder do partido Democratas. José Eliton e Ronaldo Caiado são políticos bem preparados e com discursos afiados. O segundo é mais experimentado, mas quem viu o primeiro na campanha deste ano ficou impressionado tanto com seu discurso quanto com sua desenvoltura. Parece, na política, um peixe n’água.