Resultados do marcador: Altas conexões

O candidato a senador possivelmente será bancado pelo presidente do partido Democratas, Alexandre Baldy

Uma candidatura de Iris Rezende na capital pode ser um “dique” contra os opositores de Ronaldo Caiado na capital de quase 1 milhão de eleitores
O prefeito de Goiânia, Iris Rezende, do MDB — favorito em todas as pesquisas: as sérias, as quase-sérias e as não-sérias —, vai mesmo disputar a reeleição? Ninguém sabe. O Jornal Opção colheu versões diferentes.
[caption id="attachment_243486" align="aligncenter" width="620"] Iris Rezende: aliança para brecar o marconismo com nova roupagem | Foto: Divulgação[/caption]
O MDB tem duas ou mais versões.
Há iristas que garantem que Iris Rezende não deve disputar, por causa da pandemia e da pressão das filhas, que temem por sua saúde (é fato: temem mesmo, mas respeitam muito os projetos do pai, e nunca tentariam barrá-lo). Há os que acreditam que ele já fechou o seu ciclo político. Portanto, não precisa justificar mais nada.
Há também os iristas que postulam que a política e a gestão pública são a razão de viver de Iris Rezende. Eles afirmam não se pode retirar de um homem aquilo que lhe dá prazer. Frisam que o prefeito não bebe, não se entusiasma com futebol, viajar não lhe interessa, não fuma. O que gosta mesmo é de “politicar”, de “administrar” e de “manter contato com o povão”. “Seu oxigênio é a política e, mais do que a política em si, a administração pública. Ele ‘remoça’ quando chega ao Paço Municipal e começa a receber gente e administrar”, afirma um auxiliar.
A pedra no caminho de Iris Rezende é a campanha. Se a pandemia arrefecer, o caminho fica livre.
[caption id="attachment_235627" align="aligncenter" width="620"]
Governador Ronaldo Caiado (DEM): aliado de Iris Rezende agora e em 2022 | Foto: divulgação[/caption]
Em seguida, o Jornal Opção ouviu pessoas que circulam com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do Democratas, a respeito de uma possível candidatura de Iris Rezende. A conclusão é uma só: “Iris é candidatíssimo”.
Por que tanta certeza? Tais pessoas apostam que Iris Rezende acredita que precisa de mais um mandato — ao menos mais dois anos — para concluir obras que considera essenciais para melhorar a qualidade de vida dos goianienses. “Ele está mexendo em vários pontos da cidade e o trânsito e o transporte coletivo vão fluir melhor”, afirma um secretário. “Por mais que as obras estejam adiantadas, ainda há muito por fazer.”
Há também o aspecto político. Tanto Iris Rezende como o governador Ronaldo Caiado avaliam que pessoas ligadas a Marconi Perillo estão planejando uma volta ao poder, direta, com elas mesmas, ou indiretamente, com o senador Vanderlan Cardoso, do PSD, ou com Daniel Vilela, do MDB. Iris Rezende, por ser forte em Goiânia — capital com quase 1 milhão de eleitores —, pode funcionar, se continuar na prefeitura, como uma espécie de “dique” aos opositores de Ronaldo Caiado.
Então, não apenas por razões pessoais — o desejo de deixar um legado individual —, mas também por razões estratégicas, para evitar que as oposições criem um bunker contra Caiado na capital, Iris Rezende pode disputar a eleição para prefeito.
Discreto e hábil, Iris Rezende vai continuar silente — ou sugerindo que pode não disputar —, mas o caiadismo diz ter certeza que será candidato a prefeito de Goiânia mais uma vez.

[caption id="attachment_82666" align="alignright" width="620"] Roberto Naves durante entrevista coletiva | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
As ruas são um melhor indicativo a respeito da imagem de um prefeito. Em Anápolis, curiosamente, as pessoas dizem que o perfil do prefeito Roberto do Órion Naves, do PTB, é parecido com o de Antônio Gomide: sério, realizador e circunspecto.
Roberto do Órion está se mostrando um gestor austero e capaz. Ele é visto como o político que, por ter experiência empresarial, será capaz de modernizar a cidade. O que se diz é que, nos últimos quatro anos, os políticos locais, ao menos parte deles — porque há exceções produtivas —, a política esteve aquém da economia.
Um prefeito atento, como Roberto do Órion, tende a destravar ainda mais a economia do município. Agora se tem a percepção de que há uma conexão entre a política e economia. É o que se diz nas ruas e nos gabinetes.
Mesmo tendo pedido demissão de “O Popular”, o jornalista Bruno Rocha Lima continua com forte influência na linha editorial da coluna “Giro”. Ele é um coeditor informal.
Toda semana sai de uma a quatro notas positivas sobre Daniel Vilela, o novo chefe de Bruno Rocha Lima.