Sob o lema “Brasil: 200 anos de (in)dependência. Para quem?”, o Grito dos Excluídos promoveu a sua 28ª edição com manifestações em 51 cidades de 25 estados. O evento foi organizado por movimentos populares e urbanos, centrais sindicais e pastorais da Igreja Católica e teve como reivindicações trabalho, moradia, terra, comida e democracia. Em Goiás, o ato começou às 9h na Praça José Bonifácio, em Aparecida de Goiânia.

O arcebispo de Goiânia, Dom João Justino, participou do evento e pediu paz nas discussões políticas, além de atenção para as pessoas que estão passando por dificuldades financeiras. ”Resiliência e fé. Esta é a mensagem do evangelho sempre”, completou. Além do arcebispo, políticos, entidades e lideranças, Movimentos sociais, religiosos e centrais sindicais, entre elas a Central Única dos Trabalhadores (CUT) também participaram do ato.

As manifestações levantam pautas como a situação de rua de famílias na capital, o desemprego, os baixos salários, a violência policial, os ataques aos povos indígenas e aos ecossistemas, o aumento dos casos de feminicídio, a violência contra crianças, pessoas idosas e pobres, e a ausência de políticas de assistência social, de saúde ou educação.

Histórico

Realizado desde 1995, o Grito dos Excluídos ocorre paralelamente aos desfiles de 7 de Setembro. Todos os anos, o evento reúne pessoas de populações vulneráveis que se consideram socialmente e historicamente excluídas. Originalmente promovido pela Igreja Católica, o Grito reúne, além de movimentos populares, diferentes manifestações religiosas.

Os estados que tiveram atos do Grito dos Excluídos foram Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

Em Brasília, as manifestações foram adiadas para as 15h do próximo sábado, 10, com concentração em frente ao Museu Nacional. No mesmo horário, está previsto um novo ato do Grito dos Excluídos embaixo do vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp).