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Discussão foi motivada pela reação do prefeito a uma charge sobre sua administração; para procurador, o prefeito não aceitou a crítica com humildade

Fotos: Renan Accioly/Jornal Opção | reprodução/Twitter
Fotos: Renan Accioly/Jornal Opção | reprodução/Twitter

Na manhã desta segunda-feira (26/1) o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), e o procurador da República Hélio Telho trocaram farpas pelo Twitter.

O prefeito não usava sua conta na rede social desde agosto do ano passado e voltou a utilizá-la na última quinta-feira (22), garantindo que utilizaria o espaço para responder “a todos e a todas com transparência e verdade”.

No último domingo (25), o gestor publicou uma série de tweets na qual, em suas próprias palavras, “desabafou” sobre uma charge publicada no jornal O Popular. “O cartun  me parece matéria encomendada e desrespeitosa. Aliás conduta que tem ultrapassado o limite do razoável” [sic], afirmou.

Nesta segunda-feira, o procurador da República afirmou que “em vez de receber a crítica com humildade e fazer uma avaliação do que está errado,  [nome de usário do prefeito] preferiu vestir o figurino do .”.

A resposta de Paulo veio logo em seguida: “Não é falta de humildade responder com verdades, sentimentos e transparência, me perdoe se discordas. Tenha uma boa semana”.  E completou: “Não se trata de matéria para agentes públicos que ocupam funções importantes brincar com a postura e o termo ‘ magoadão ‘”.

“Não nego que o sr tenha direito de resposta. Só acho que ela não foi boa. Na minha opinião, foi péssima, com todo o respeito” [sic], defendeu Hélio Telho. O chefe do executivo municipal encerrou a discussão: “respeito o seu ponto de vista, obrigado”.

Diálogo paralelo

Enquanto isso, após publicar que havia recebido os vereadores Izídio Alves (PMDB) e Clécio Alves (PMDB), Paulo foi questionado por Telho sobre o que eles queriam. Ele respondeu que queriam “discutir assuntos relacionados à comunidade que representam”.

O procurador afirmou que seria bom saber quais foram os pleitos, se foram atendidos ou se houve alguma contrapartida, ao que o prefeito respondeu que recebe vereadores com os mais diferentes pleitos e que atende aquilo que é possível e legal. “Não cultivo relações espúrias e inidôneas, não tenha dúvida. Não faz parte da minha índole . Tenha um bom dia”, acrescentou.

Telho afirmou então que não estaria duvidando de nada e que ficaria feliz caso “houvesse mais transparência nesta relação republicana”. Depois sugeriu que o prefeito poderia divulgar os detalhes das reuniões com os vereadores, o que foi encarado como uma “boa ideia” por Paulo que pediu a sugestão de um formato.

“Talvez uma memória (ata) da reunião, dizendo o que foi reivindicado, qual a resposta, quais as condições e põe na Internet”, propôs o procurador.