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Maria José morreu após complicações em sua segunda aplicação de hidrogel para aumento das nádegas

A falsa biomédica Raquel Policena Rosa, de 27 anos, apontada como responsável pela morte da auxiliar de leilão Maria José Medrado de Souza Brandão, de 39 anos, foi presa nesta quinta-feira (13/11) em Catalão. Segundo investigações, ela teria feito aplicações para aumento de nádegas em 28 mulheres, um procedimento que é de exclusividade de médicos.

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Maria José morreu após complicações em sua segunda aplicação de hidrogel para aumento das nádegas. O resultado do primeiro procedimento não a teria agradado, o que fez com que recorresse a outra clínica, encontrada por meio de anúncios na internet.

Ela entrou em contato com a profissional responsável, que se dizia biomédica. A mulher residia em Catalão e ia para Goiânia com frequência para realizar aplicações em salas de hotéis e clínicas alugadas.

Após o procedimento, Maria José passou mal e foi encaminhada para o Cais do Setor Vila Nova. No entanto, com a gravidade da situação, foi levada para a UTI do Hospital Jardim América. De acordo com a família, ela faleceu por volta das 5h da manhã de sábado (24) por embolia pulmonar.

Por meio de nota, o Conselho Regional de Biomedicina da 3ª Região (CRBm-3), responsável pelos Estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Minas Gerais e Distrito Federal, informou que não possuía qualquer registro da profissional apontada como responsável pela aplicação. “Isso nos leva a crer que ela não seja biomédica”, disse o presidente da entidade, Rony Marques de Castilho. Ele ressaltou ainda que o tipo de procedimento realizado não é de competência de um biomédico.

Já a empresa fabricante do produto aplicado, a Rejuvene Medical, emitiu nota nesta quarta-feira (12) classificando como “prematura” qualquer imputação de que o produto tenha sido o causador do falecimento da paciente, uma vez que “não houve apreensão física do produto no local”.