Nas redes sociais, o assunto ainda é um dos mais comentados

Simpatizantes da causa LGBT organizam "Beijaço" em resposta aos comentários ofensivos de Levy Reprodução: Facebook
Simpatizantes da causa LGBT organizam “Beijaço” em resposta aos comentários ofensivos de Levy Reprodução: Facebook

Ofensivas à comunidade LGBT, as declarações do presidenciável pelo PRTB, Levy Fidelix, durante debate da TV Record, repercutiram em todo o país, chamando a atenção, inclusive, do noticiário internacional. “Que seja registrado como uma noite deplorável para a democracia e tolerância brasileira”, assim tem início matéria divulgada pelo jornal britânico The Guardian nesta segunda-feira (29/9) .

No Brasil, o episódio mobilizou militantes e simpatizantes da causa gay, que organizam para a próxima terça-feira (30) um “Beijaço” na avenida Paulista, em São Paulo, em resposta ao candidato do PRTB, que chegou a citar o local em suas declarações no último domingo (28). Na página do evento no Facebook, mais de 5 mil participantes já confirmaram presença.

Nas redes sociais, o assunto ainda é um dos mais comentados. Entre as declarações contundentes ao presidenciável, ganhou destaque as publicações do deputado federal por São Paulo Tiririca pelo Twitter.

https://twitter.com/Tiririca2222/status/516440037500923904

https://twitter.com/Tiririca2222/status/516443772969033728

https://twitter.com/Tiririca2222/status/516442302655778816

No início da tarde desta segunda-feira, a Rede Sustentabilidade, ligada à candidata pelo PSB Marina Silva, divulgou carta de repúdio às declarações. “Posturas como essa, ecoadas por pessoas públicas, somente reforçam o preconceito que vitimiza milhões de pessoas no país”, defende a nota. Os presidenciáveis Luciana Genro (Psol) e Eduardo Jorge (PV) também demonstraram sua indignação, via Twitter.

Por meio de sua conta oficial do Facebook, o deputado federal Jean Willys ( Psol) afirmou que avalia a possibilidade de entrar com uma representação judicial contra o candidato do PRTB à presidência. “Vou avaliar junto à assessoria jurídica se é possível representar contra o candidato na Justiça por sua ofensa a uma coletividade e por estimular a violência contra esta (coletividade)”, diz a nota.

Debate

Levy provocou revolta nas redes sociais após ser questionado pela socialista Luciana Genro (Psol) sobre suas propostas para a população LGBT, durante debate da TV Record. “Dois iguais não fazem filho. Me desculpe, mas aparelho excretor não reproduz. Tem candidato que não assume isso com medo de perder voto. Prefiro não ter esses votos, mas ser pai, avô que instrua seu neto. Não vou estimular a união homoafetiva. Se está na lei, que fique como está”, respondeu.

O presidenciável também disse que o “problema” deveria ser enfrentado por meio de tratamento psicológico e chegou a comparar homossexualidade a pedofilia.

Pouco tempo depois do comentário de Levy, o nome do candidato estava entre os assuntos mais comentados do Twitter, em nível mundial, e a hashtag “#LevyVocêÉNojento” figurava em primeiro lugar nos principais assuntos do microblog entre os brasileiros.

Pelo Twitter e Facebook, muitos internautas alegaram conotação, não só homofóbica, mas criminosa às declarações de Levy Fidelix.