De acordo o delegado responsável, os trabalhos serão iniciados apenas na próxima semana em respeito à dor dos familiares e pessoas próximas a João Antônio Donati

As causas da morte do jovem João Antônio Donati, de 18 anos, cujo corpo foi encontrado em Inhumas na última quarta-feira (10/8), ainda estão longe de ser desvendadas. A polícia do município alega que não há nenhuma novidade quanto às investigações. “Só semana que vem iremos ouvir as testemunhas. Tem gente próxima a ele que está muito abalada”, disse o delegado Humberto Teófilo, responsável pelo caso.

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O titular também negou a informação de que os papéis encontrados dentro da boca de João Donati trariam um recado de cunho homofóbico deixado pelo possível agressor. “Vamos acabar com essa raça maldita de demônios.” É o que estaria escrito em um dos papéis retirados da boca da vítima, conforme relatos de pessoas próximas ao jovem.

Quanto às condições em que foi encontrado o corpo de João Antônio, o delegado informou que não há como confirmar se realmente o pescoço do jovem estava quebrado, assim como o próprio havia dito em entrevista na última quarta-feira. O titular também não confirmou a informação de que o rapaz teria sido localizado com os braços e pernas fraturados.

O corpo de João Antônio Donati foi liberado no fim da noite de ontem pelo Instituto Médico Legal (IML) e o laudo deve ficar pronto em um prazo de 30 dias. “Até lá, é tudo boato”, garante o delegado.

Indignação

Está marcada para este sábado (13/9), às 13h, uma manifestação no centro de Inhumas para cobrar maior agilidade nas investigações. O ato é organizado por familiares e amigos de João Antônio. Pelo Facebook, moradores de outras cidades também organizam protestos para o final de semana, tendo como principal bandeira a criminalização da homofobia.

Em Goiânia, o ato está marcado para sábado, às 17h, com concentração na Praça Cívica, no centro da capital.