Ex-diretor da Petrobrás garante que Renan Calheiros foi beneficiado pelo Petrolão

04 março 2015 às 22h55
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Há quem avalie que deveria tirar licença do cargo de presidente do Senado. Por uma questão moral e para evitar que use o poder para de defender
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), aparentemente está numa situação complicada. Segundo reportagem de “O Estado de S. Paulo”, o ex-diretor de Abastecimento de Petrobrás Paulo Roberto Costa, que aderiu à delação premiada, contou à Justiça, no Paraná, que o peemedebista é um dos beneficiados pelo petrogate ou petrolão. Paulo Roberto declarou que “os pagamentos” repassados feito ao senador “excederam o teto da cota repassada ao PT, PMDB e PP”, partidos que indicavam os diretores da empresa. Ele frisou que a propina superou os 3% para que “fosse incluído um valor para Renan”.
O ex-diretor da Petrobrás frisou que o deputado federal Aníbal Ferreira Gomes, do PMDB do Ceará, era o “interlocutor” de Renan com ele. Em 2007 e 2008, Ferreira Gomes procurou Paulo Roberto com o pedido de que contratasse a empresa Serveng-Civilsan. Um contrato foi assinado no valor de 20 bilhões de reais.
Renan apresentou a versão de que “não tem absolutamente nada a ver com isso”. Embora esteja na lista dos políticos supostamente envolvido no Petrolão, Renan complementou: “Até o momento não sabemos de absolutamente nada. Não fomos informados por ninguém. Feliz da democracia que permite o questionamento dos homens públicos. Questionar homens públicos é uma coisa democrática. Eu não tenho nada, absolutamente nada com isso. Qualquer eventual citação, se houver, com relação a mim, ela será de terceiros, indireta. Estou aguardando que haja o questionamento para que eu possa dar as respostas, e se me fizerem eu estarei pronto para dar as respostas à luz do dia”.
Demóstenes Torres
Renan Calheiros, que trabalhou pela cassação do ex-senador Demóstenes Torres (ex-DEM), agora parece que caminha para o matadouro político. Há quem avalie que deveria tirar licença urgente do cargo de presidente do Senado. Por uma questão moral e para evitar que use o Senado para de defender.