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O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), inicia agenda intensa de inaugurações em todo o Estado ainda neste mês de janeiro. Dezenas de obras do programa Goiás na Frente serão entregues. A entrega das obras vai numa linha crescente até o mês de abril, quando o tucano deixa o cargo para disputar as eleições de outubro. No rush de inaugurações na segunda quinzena de janeiro, o governador vai a 23 municípios entregar 38 obras, entre escolas, hospitais, casas populares e construção e reconstrução de rodovias.

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Todos os governadores do Fórum do Brasil Central elogiam Marconi Perillo, destacando as qualidades do tucano e enfatizando a sua experiência administrativa e sua criatividade para construir e concluir projetos com poucos recursos. Não há quem deixe de mencionar seu acerto na área de saúde. Não é à toa que, por recomendação do Ministério da Saúde, o Crer está sendo copiado por vários Estados.

Em Anápolis a disputa se dará entre dois gestores e empresários: o prefeito João Gomes (à esquerda, na foto), que administra com eficiência, e o deputado federal Alexandre Baldy.
A disputa entre Gomes e Baldy é positiva para a sociedade local. Porque os dois são experimentados e não deixarão que Anápolis volte a ter gestões que atrasam o pagamento dos salários dos funcionários e não pagam fornecedores.. Eles darão, um se reeleito e outro se eleito, um passo adiante. A política local “amadureceu”.

A revista Raízes, com formato parecido ao da “Piauí”, consegue ser, ao mesmo tempo, belíssima graficamente e é dotada de excelente conteúdo editorial-cultural. Numa ótima entrevista, o professor Altair Sales diz que “o cerrado acabou”. O poeta Luiz de Aquino escreve sobre José J. Veiga. Celso Moraes F. é autor do texto “As sociedades secretas continuam secretas depois do Google?” Jonathans Medeiros diz que “a Marvel está definindo a cultura do século 21”.
Os editores da revista são Doracino Naves, Clara Dawn, Wanderley da Silveira, Jonathans Medeiros e Celso Moraes F. Um timaço. Vida longa para a “Raízes”. Longuíssima.

[caption id="attachment_24140" align="alignleft" width="620"] Marconi Perillo, governador de Goiás: tucano-chefe quer, de fato, que o Estado sirva ao cidadão, não a interesses particulares | Foto: Wesley Costa[/caption]
Nem Jayme Rincon tem sido informado com antecipação das escolhas dos novos secretários do quarto governo de Marconi Perillo? Há quem diga que “sim” e há quem diga que “não”. O tucano-chefe nunca mostrou-se tão reservado e chega a rir, segundo os íntimos, das especulações dos jornais e dos aliados. “As indicações estão sendo tratadas como segredo de Estado. Mas tem um denominador comum: são escolhas ‘de’ Marconi, e não dos aliados. Poucas vezes ele pôde escolher seus auxiliares sem pressões”, diz um aliado, do grupo íntimo. O lobby para a Secretaria da Fazenda, embora a “cota” fosse (é) do líder do PSDB, era poderoso. Havia pelo menos quatro nomes cotados, todos muito bem avalizados. Porém, o governador surpreendeu e indicou a economista Ana Carla Abrão Costa, especialista em mercado financeiro. Teria sido porque é filha da senadora Lúcia Vânia? Nada disso.
Ana Carla, além da competência comprovada, é uma profissional de perfil nacional, com amplos contatos. Não à toa que, ao saber de sua indicação, economistas de São Paulo e Rio de Janeiro disseram que se trata da “Joaquim Levy de saia”. Ao lado do governador, não vai atuar tão-somente como uma burocrata — costurando a necessária conexão entre receita-despesa, que, no setor público, é um pouco diferente da iniciativa privada. A economista vai ser decisiva para encontrar saídas para aumentar a arrecadação e a capacidade de investimento do governo.
Anteriormente, Marconi havia indicado o vice-governador José Eliton para a poderosa Secretaria de Desenvolvimento. Trata-se de um lance mais político do que técnico? Pode até ser, mas o objetivo é preparar o presidente do PP como gestor e fortalecê-lo politicamente. Lêda Borges, como secretária de Cidadania, tem um aspecto técnico, político e comportamental. A ex-prefeita de Valparaíso tem experiência como gestora, é tucana e, claro, é mulher.
Na semana passada, o deputado federal Jovair Arantes esperneou, criticou, até com aspereza, o governador, em conversas com aliados políticos. O supercargo da Cidadania, que absorveu outras secretarias, era apontado como um feudo do PTB. Não é mais — é o recado de Marconi. Ou melhor, o recado é mais amplo: não há mais feudos no governo. Os aliados não vão ser desprezados, deixados de lado, mas o Estado estará muito mais a serviço dos cidadãos do que de políticos e de seus interesses. Todos falam em modernidade, e apostam que ser moderno é positivo para todos, e por isso o tucano-chefe está levando a teoria à prática. No lugar de interesses pessoais, de grupos ou corporativos, Marconi está apostando suas fichas e energia num Estado de fato modernizador, o que, evidentemente, não agrada nem mesmo aqueles que, em tese, defendem a modernização.
Jovair Arantes permanece como um aliado leal, além de amigo, porém não vai mandar no governo. Os feudos acabaram — é preciso insistir. O “Estado para o cidadão” não rima com um “Estado de negócios”. Marconi está sugerindo aos seus aliados que é preciso deixar de lado a teoria e fazer um governo de fato moderno, transparente e que presta serviços eficientes para a sociedade, não apenas para setores localizados e grupos de pressão.
Percebe-se que poucos estão entendendo de fato a determinação de Marconi. Ele não está brincando. Está agindo seriamente e não vai recuar. Porque, legitimado pelos eleitores, vai enfrentar seus próprios aliados — que, em parte, querem cargos e mais cargos — para realizar um governo empreendedor. Em busca do “Estado necessário”, o tucano não está hesitando em desagradar parceiros, alguns até queridos do ponto de vista pessoal, e não vai hesitar. Vale a pena não desafiá-lo sem uma boa razão.