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O deputado federal Professor Alcides (PL) voltou a se envolver em uma controvérsia relacionada a crianças e adolescentes. Ele foi um dos parlamentares que votaram a favor do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 3/2025, que revoga a Resolução nº 258/2024 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e que, na prática, dificulta o acesso ao aborto por parte de crianças vítimas de estupro.

Para especialistas em infância e juventude, a revogação representa um retrocesso na proteção de direitos, já que a resolução reforçava normas legais e buscava garantir o acesso de vítimas de violência sexual a serviços de saúde, mesmo em situações em que o agressor é um familiar. O movimento contrário à proposta tem usado o lema “Criança não é mãe” para defender a manutenção da medida.

Essa não é a primeira vez que o parlamentar se vê no centro de controvérsias. Alcides, que é investigado pela Polícia Civil por suposto envolvimento com um menor de idade, também votou contra a urgência de um projeto que pretendia classificar a pedofilia como crime hediondo.

Antes das eleições municipais de 2024, nas quais tentou novamente a prefeitura de Aparecida de Goiânia, o deputado gravou um vídeo ao lado de crianças em tom de resposta às acusações que o ligam a casos de pedofilia.

Meses depois, dois assessores de seu gabinete foram presos, suspeitos de ameaçar um adolescente que teria um vídeo íntimo do parlamentar. Após o episódio, Alcides se declarou homossexual, alegou ser alvo de perseguição política e chegou a anunciar sua saída do PL, embora continue filiado ao partido.