Parlamentares se desentenderam por não conseguirem chegar às cabines de votação. Decisão da mesa diretora pelo voto secreto gerou forte resposta contrária

| Foto: Reprodução TV Câmara
Empurrões e gritos na votação desta terça-feira | Foto: Reprodução TV Câmara

Nesta terça-feira (8/12), a Câmara dos Deputados elege a chapa que ocupará a maior parte das vagas na comissão que analisa pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Mais cedo, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), anunciou que a votação seria secreta. A decisão causou forte discordância no plenário e o clima esquentou na sessão ordinária.

Vários deputados da base, como Jandira Feghali (PCdoB) e Wadih Damous (RJ), pediram a palavra para criticar o voto secreto. Logo depois, começaram as reclamações de que um grupo de parlamentares estaria barrando o acesso às cabines de votação instaladas no plenário.

Cunha ordenou que a segurança da Câmara garanta o acesso de todos os deputados às cabines de votação. Ele disse ainda que a tentativa de impedir que os parlamentares votem é inútil: “As cabines ficarão aqui, se for preciso, até as cinco horas de amanhã, vai ficar o tempo que for necessário pra todo mundo votar”.

Os deputados estão muito exaltados e chegaram a ocorrer empurrões entre parlamentares que estavam próximos às cabines de votação. A mesa diretora discute com deputados de partidos governistas e oposicionistas sobre a situação.

Gritos de “Não vai ter golpe!” e “Vai ter impeachment” foram entoados pelos deputados.

Pelo Facebook, o deputado gaúcho Nelson Marchezan (PSDB) compartilhou um vídeo do momento da confusão. Na gravação, o parlamentar alega que deputados petistas estavam impedindo o acesso às urnas, chegando a quebrar equipamentos.

https://www.facebook.com/nelsonmarchezan/videos/vb.189721867820491/792509214208417/?type=2&theater