voo à lua
Terra a cerca de 300.800 km. O norte está à esquerda. | Foto: Reprodução / Nasa

Em 18 de julho de 1969, cinquenta anos no passado, se iniciava o terceiro dia da viagem da Apollo 11. Ao acordarem, os astronautas tiveram de corrigir o trajeto da nave e se preparar para a principal atividade do dia: fazer verificações minuciosas no Eagle, o módulo que desceria até a lua enquanto o módulo de comando Columbia continuaria a orbitá-la, até que se reunissem e voltassem para casa. 

A nave viajava a 3.900 km/h, com a Terra a 300.000 quilômetros de distância e a lua a 120.000. Nesse ponto, a atração gravitacional dos dois astros sobre a nave se iguala. A partir daí, o jogo de forças muda, já que até aqui a Terra veio refreando o avanço da nave e a partir de agora a Apollo 11 começará a acelerar em direção ao satélite.

O problema que surge desse fato é que, caso a nave não desacelere o suficiente, ela será arremessada de volta para a Terra pelo efeito estilingue gravitacional, descendo a gravidade da lua como um carrinho de montanha russa e sendo jogada após meia volta. Para entrar em órbita como o pretendido é necessário estar a uma velocidade exata. Uma vez que os foguetes colocassem a Apollo 11 em órbita, o módulo lunar Eagle teria de desacelerar ainda mais para “cair” em direção ao chão estéril da Lua.

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Mas, por enquanto, havia tempo de observar o planeta, conforme Buzz Aldrin descreveu a Houston:

 

“Temos o continente africano voltado para nós agora e, é claro, tudo está diminuindo à medida que o tempo passa. O Mediterrâneo é completamente claro. O Sol parece que está prestes a acontecer em Madagascar. O cinturão equatorial da África se destaca muito claramente. Estamos vendo um verde escuro ou um verde lamacento, em comparação com as cores mais arenosas da ponta sul da África e, é claro, a costa norte do Saara na África. Há uma nuvem notável que aparece nas proximidades da fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão. Está prestes a entrar no pôr do sol agora. Está lançando uma grande sombra. Câmbio.”