Em entrevista ao Jornal Opção, o prefeito de Novo Gama, Carlinhos do Mangão (PL), confirmou a saída da primeira-dama do município, Joscilene Mangão, do MDB para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) em 2026.

Segundo ele, a decisão já está alinhada com líderes estaduais, incluindo o vice-governador Daniel Vilela (MDB) e o governador Ronaldo Caiado (UB). “Tudo já foi conversado com o Daniel Vilela e com o governador. Ela está presidente do partido, tem uma bancada boa, a segunda maior da Câmara, mas vai lançar a pré-candidatura nos próximos meses e precisa passar a presidência para ter liberdade de conversar com outros partidos”, explicou Carlinhos do Mangão.

O prefeito afirmou que a decisão da primeira-dama visa avaliar onde seu grupo se sente melhor para concorrer de forma competitiva. “Ela quer ter a chance de concorrer de igual para igual. Percebemos que a chapa do MDB vai ficar muito pesada. Então, ela precisa conhecer as nominatas e ter liberdade para conversar com outros partidos”, disse.

Apesar da mudança, Carlinhos do Mangão descartou que a primeira-dama migre para o PL, partido do prefeito. “Sem chance. Eu sou um cara muito justo. Respeito o PL, o senador Wilder, mas não conseguiríamos agregar nossos discursos ao perfil do partido”, afirmou.

Sobre seu próprio futuro partidário, o prefeito disse que não há definição. “A política muda a todo momento. Não tenho pretensão de deixar o PL no momento, mas acompanhamos as mudanças naturalmente”, completou. Atualmente, a primeira-dama ocupa o cargo de secretária de Promoção Social e Cidadania do município.

À reportagem, Joscilene afirmou que sua pré-candidatura já conta com apoio consolidado de partidos e lideranças locais. Segundo ela, a decisão foi construída a partir de um consenso dentro do grupo político que sustenta a gestão do prefeito da cidade.

“Estamos trabalhando com o nosso grupo político, no qual nosso prefeito se consolidou em Novo Gama e do qual eu também faço parte. Decidimos que seria o momento do município e da região terem um representante. Nosso nome foi ventilado e, graças a Deus, após ouvir o grupo, que hoje soma mais de dez partidos que fizeram coligação para a reeleição do prefeito, aliás, a maior votação da história da cidade e da região, ficou decidido que meu nome agregaria mais. Então, por unanimidade, tenho recebido apoio, não só dos que compõem o governo, mas também da população em geral”, afirmou.

Ela ressaltou que, embora hoje esteja filiada ao MDB e ocupe a presidência municipal da legenda, a tendência é que busque um novo caminho partidário para viabilizar a candidatura.

“Atualmente estou no MDB, como presidente, mas já é consenso que não ficarei na presidência. Queremos, a partir de agora, ouvir os outros partidos, ter mais liberdade para escolher a melhor nominata e, no momento certo, definir minha filiação. Mas com certeza estarei me desfiliando e me afastando da presidência do diretório municipal”, declarou.

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