Vídeo: Alunos e pais se revoltam contra professora que foi racista com criança de 8 anos

11 junho 2024 às 17h35

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Cristiani Bispo atuava como professora na Escola Municipal Estados Unidos, no Catumbi, no Rio de Janeiro, onde fez comentários racistas para uma criança de 8 anos de idade. Por isso, ela acabou presa em flagrante na última sexta-feira, 7.
A professora teria se referido à criança como uma “preta” de “cabelo duro”. Uma prima da criança que estuda na mesma instituição avisou as mães, que acionaram a polícia. Quando a segurança pública chegou até a escola, a professora afirmou estar passando mal com pressão alta. Além disso, ela desacatou as autoridades e tentou fugir deles.
Pais e alunos pediam por justiça enquanto Cristiane estava sendo escoltada pelos bombeiros e testemunhas filmaram o momento em que ela deixa a instituição de ensino.
Detalhes do caso
Segundo depoimento da mãe à CNN Brasil, esse não foi o primeiro desentendimento com a professora, que teria chamado a criança de “lixo” na quarta-feira, 5. Ela teria sugerido ainda que a jovem fumava crack e arremessou uma bolinha de papel nela. A coordenação da escola já estava ciente dos episódios relatados pela mãe.
A mãe fez ata na escola e chamou a patrulha policial, ainda no dia 5. Os agentes de segurança orientaram que ela registrasse a ocorrência, o que ela fez na 6ª DP, no dia seguinte (quinta-feira, 6). O restante do caso se desenrolou na manhã de sexta-feira, 7.
O Corpo de Bombeiros escoltou a professora da escola até o Hospital Municipal Souza Aguiar. Depois, a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) informou que a mulher foi com os militaresaté a delegacia. Lá, ouviram a mulher e ela foi autuada em flagrante pelo crime de injúria racial”. O caso agora foi encaminhado para a Justiça.
A professora está afastada de suas funções. Segundo a Secretaria Municipal de Educação (SME) do Rio de Janeiro, ao CNN, “os alunos e seus responsáveis foram acolhidos e receberam apoio da equipe gestora da escola”. Por isso, “qualquer forma de discriminação contra alunos é inadmissível, rigorosamente combatida e punida”.
A equipe do Jornal Opção não conseguiu contato com a defesa da professora, mas o espaço segue aberto.
Confira o vídeo:
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