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Homenagem póstuma

Matéria segue para votação única em plenário para derrubada oficial do veto

Com apenas um voto contrário, derrubada do veto do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) ao projeto que busca renomear a Avenida Castelo Branco para Iris Rezende foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na manhã desta quarta-feira, 16. Apenas um vereador membro da comissão teve voto a favor do veto, o pessebista Pedro Azulão Jr. A matéria segue para votação única em plenário para derrubada oficial do veto.

Anteriormente, o veto ao projeto que busca homenagear o político já havia sido criticado por um dos autores da matéria, Clécio Alves (MDB), e pela filha do ex-governador de Goiás, Ana Paula Rezende. O veto do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) ao projeto de lei que troca o nome da Avenida Castelo Branco por Iris Rezende Machado não foi bem recebido pela Câmara Municipal.

A homenagem ao ex-governador de Goiás e ex-prefeito de Goiânia, morto em novembro de 2021, recebeu apoio de 32 dos 35 vereadores. Dentre os quais, Clécio Alves, que integra a base de sustentação do Paço na Casa. Foi dele que partiu críticas à decisão do prefeito em barrar a renomeação da via. No mesmo sentido, a filha de Iris, Ana Paula Rezende, não aprovou a atitude do atual gestor da Capital.  

“Esse projeto é de autoria do Poder Legislativo. Ele não diz respeito ao governo da cidade de Goiânia. Até poderia fazer parte também do governo. Infelizmente o governo não entendeu assim”, lamentou Clécio. Ele destacou que pelo apoio que a proposta recebeu na Casa e a importância da homenagem, o prefeito deveria ter consultado os vereadores, antes de se decidir pelo veto. Porém, o parlamentar afirmou que o veto deve ser derrubado. “Pelo tamanho do Iris. Pela grandeza do Iris. O homem Iris Rezende. Da sua história. Mas o que depender de mim, nós vamos derrubar esse veto”, garantiu. 

O vice-presidente da Câmara Municipal ainda argumentou que Iris teve uma trajetória importante para Goiânia e para o Estado, de forma a merecer maior destaque que Castello Branco. “Estou defendendo a retirada do nome de um ditador, que nunca trouxe uma planta de coqueiro para Goiânia, nem para Goiás”, comparou. “Se retirar o que Iris fez em Goiás, não vai sobrar nada. O povo sabe disso”, finalizou.  

Pelas redes sociais, a filha de Iris, Ana Paula Rezende, agradeceu aos vereadores e personalidades pela iniciativa de homenagear o pai. Além disso, reforçou a defesa pela troca do nome da avenida. “Infelizmente, foi vetada”, escreveu. Na postagem, ela reproduziu argumentos do jornalista Pinheiro Salles e do professor Arquidones Bites. Os dois publicaram artigos na imprensa defendendo a homenagem a Iris Rezende. “Queremos ter a tranquilidade de transitar, estudar e trabalhar na Avenida Iris Rezende Machado. Que os vereadores e vereadoras assumam essa histórica iniciativa”, citou trecho do texto de Salles, no Instagram.