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Unidade hospitalar é referência no tratamento de câncer em Goiás e em toda a região Centro-Oeste

Um comissão de vereadores da capital desembarca em Brasília, nesta quarta-feira (10), para uma audiência com o ministro da Saúde, Ricardo Barros. A pauta do encontro será a liberação de uma verba de R$ 17 milhões para atender o Hospital Araújo Jorge, unidade operacional da Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG).

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Na oportunidade, será entregue ao ministro uma moção assinada pelos 35 vereadores da capital que pede ao governo federal imediata liberação desses recursos para atender a unidade.

“Esse é um pedido emergencial, em decorrência da grave situação financeira do Hospital, que encontra em situação crítica”, afirma o presidente da Casa, Anselmo Pereira (PSDB), que liderará a comitiva.

Segundo o tucano, na moção, por exemplo, o ministro será informado que a crise pode afetar o funcionamento de várias unidades do Araújo Jorge, entre elas, a que cuida de novos transplantes de médula óssea (TMO), bem como terapia intensiva, pronto atendimento e oncologia pediátrica. “Setores com maiores deficiências orçamentárias”, frisou.

Problemas

A administração do Hospital Araújo Jorge, referência no tratamento de câncer em Goiás e em toda a região Centro-Oeste, informou, na última semana, que poderia suspender o atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde, devido a uma grave crise financeira.

De acordo com o presidente da ACCG, médico Paulo Moacir de Oliveira Campoli, a situação atual é decorrente da combinação da “gestão fraudulenta”, destituída em 2012 durante a “Operação Biópsia” do Ministério Público, que teria deixado uma dívida de quase 80 milhões de reais, a crise financeira do País e a alta do dólar, que resultou no aumento de custos dos insumos hospitalares e medicamentos.

Outra dificuldade da administração que poderia culminar na paralisação dos atendimentos, conforme a gestão, seriam os valores praticados pela tabela do SUS, que hoje representa 85% da receita e estariam congelados há quase 20 anos, gerando um alto deficit entre o valor dos tratamentos e o repasse feito pelo sistema.