Vereadora diz que prefeito de Goiânia manipula discurso sobre orçamento municipal
04 julho 2019 às 08h26

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Sabrina Garcêz questiona decisão sobre gratuidade do Mutirama. “Populismo e proselitismo barato”, classificou

A vereadora Sabrina Garcêz fez duras críticas ao que chamou de “populismo e proselitismo barato” do prefeito Iris Rezende. Para a parlamentar, a decisão do prefeito pela gratuidade na entrada e uso dos brinquedos do Parque Mutirama nada mais é que uma decisão oportunista e eleitoreira.
Ela explica que o problema não é gratuidade, mas a falta de critérios para tal benefício. “É preciso entender que aqueles que não precisam de auxílio para o lazer devem continuar pagando pelos ingressos, porque sem a cobrança de taxas a própria gratuidade fica comprometida”, observa. Ela explica que são as taxas que cobrem parte dos gastos de manutenção do espaço.
“Como a prefeitura cobrirá esses gastos?”, indagou. “É interessante como o prefeito manipula descaradamente o discurso sobre o orçamento municipal: quando é de interesse há orçamento. Quando não é, ele aciona o rombo como justificativa para permanecer na inercia”, frisou.
Sabrina fez questão de afirmar que é favorável a gratuidade de crianças de famílias de baixa renda. “Essas crianças precisam ter assegurado o direito ao lazer. Isso é inquestionável. Mas não serão medidas atabalhoadas que garantem esse direito. O senhor prefeito precisa parar de agir com populismo e começar a trabalhar políticas públicas de forma séria, ou corre o risco de não continuar com essas ações”, observou.
Além disso, segundo ela, ao abrir mão da cobrança de taxas, sem autorização da Câmara, o chefe do executivo incorre em crime de responsabilidade fiscal. “Isso se configura como renúncia fiscal. E aí, mais uma vez, percebemos a trapalhada que foi essa decisão”, disse.
O vereador Lucas Kitão (PSL) endossou a crítica de Sabrina. “Eu tenho certeza que ele responderá questionamentos no Ministério Público por isso”. Para o vereador, “está claro que é uma renúncia fiscal e isso é crime, é improbidade administrativa”, declarou.