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Dra. Cristina Lopes criticou resposta do secretário de Finanças, Oseias Pacheco, quanto ao pagamento das creches filantrópicas

A vereadora Dra. Cristina Lopes (PSDB) classificou como “frágil” a justificativa do secretário de Finanças, Oseias Pacheco, para a falta de repasse de algumas entidades filantrópicas por parte da prefeitura. Segundo a parlamentar, que acompanha a questão das conveniadas da educação infantil na capital, a situação é “lastimável” e “provavelmente se repete” em outras áreas, sem uma resposta adequada da administração municipal.
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Em visita à Câmara Municipal na última quarta-feira (19), quando questionado quanto ao atraso do pagamento, que chega a quatro meses em alguns casos, o responsável pelas finanças da Prefeitura de Goiânia disse que a pergunta deveria ser destinada ao secretário de Educação, Marcelo de Castro.

“A questão das creches é atividade da secretaria de Educação, que tem os recursos específicos para tocar as creches. O que secretaria de Finanças faz é simplesmente repassar o dinheiro destinado, mas quem administra é o titular da pasta. Se o secretário ainda não esteve aqui para dar explicações, ele pode ser chamado também. Eu não tenho esses dados”, disse Pacheco.

Para Dra. Cristina Lopes, porém, ele fugiu à sua responsabilidade, uma vez que é a secretária de Finanças que faz os pagamentos. “Não tínhamos direito a réplica durante a sessão, mas essa justificativa dele é absolutamente frágil. Quem acompanha política sabe que não acontece assim. Os secretários ou secretárias não têm autonomia no que diz respeito a pagamento. O titular da pasta pode exercer pressão e apresentar planilha de custos e dívidas, mas a autonomia de pagamento é só do secretario de Finanças ou do próprio prefeito”, disse em entrevista ao Jornal Opção.

Cristina Lopes lembrou também que o repasse para as entidades filantrópicas conveniadas à prefeitura é uma verba que vem do governo federal e que apenas passa pela administração municipal. Cerca de 40 instituições que mantêm creches em Goiânia denunciam atraso de pagamento de ate quatro meses. Na semana passada, o secretário de Educação, Marcelo de Castro afirmou que o atraso se dá em apenas seis instituições por “problemas documentais”.

As conveniadas atendem parte das crianças de zero a seis anos de Goiânia, área da educação de responsabilidade da prefeitura que hoje tem um déficit de mais de 18 mil vagas. Pela falta de dinheiro, muitas creches têm funcionado em períodos reduzidos e outras ameaçam parar completamente as atividades.