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Matéria foi tema de debate acalorado em plenário nesta terça-feira (27) e foi aprovado pedido de diligência para verificar viabilidade do projeto junto a SMS

Fotos: Divulgação / Câmara Municipal

O projeto que estabelece ponto eletrônico para médicos de Goiânia gerou polêmica no plenário da Câmara Municipal na manhã desta terça-feira (27/2). A autora da matéria, vereadora Tatiana Lemos (PCdoB) disse ter sofrido ataques do vereador Dr. Paulo Daher (DEM) por meio de redes sociais contra a aprovação da matéria.

“Dr. Paulo Daher tem usado redes sociais e seu WhatsApp pessoal para espalhar mensagens denegrindo minha pessoa. Como sempre, ele não fala sobre o mérito do projeto e parte para o ataque e desqualificação pessoal”, relatou a vereadora na tribuna.

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Ela completou fazendo críticas a um suposto erro gramatical contida na mensagem que o vereador teria enviado. “Fica feio para um vereador, que é médico, além de denegrir uma vereadora não entrando no mérito da questão, usar redes sociais desta forma e ainda escrevendo “sessão” com cedilha. Acho que é um nível muito baixo que precisamos elevar e entrar aqui no mérito da questão”, pontuou.

Paulo Daher, que estava na sessão, não comentou as acusações. O Jornal Opção tentou contato com o vereador mas também não obteve resposta.

Quanto ao projeto, acabou sendo aprovado um pedido de diligências à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para verificar a viabilidade da implantação do sistema de verificação do cumprimento de horários dos parte dos médicos da prefeitura.

O pedido foi feito pela própria autora do projeto depois que a vereadora Dra. Cristina Lopes (PSDB) apresentou uma portaria publicada pela Secretaria Municipal de Goiânia que permite o remanejamento imediato de qualquer funcionário da Saúde para outra unidade. “O projeto da vereadora Tatiana é correto e deveria ser implantado, não só para médicos, mas nasce sem sentido uma vez que essa portaria impede uma regularidade nas escalas dos funcionários, que podem acabar sendo os grandes prejudicados”, avaliou a tucana.

“Sou uma pessoa muito preocupada em não cometer injustiças. Então, depois desse apontamento da Dra. Cristina, precisamos saber da secretaria se é viável a implantação do sistema de ponto eletrônico. Não podemos cometer a injustiça com um médico que é removido para outra unidade e pode acabar sendo prejudicado”, completou Lemos.

Já o relator da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Saúde, vereador Elias Vaz (PSB) disse que a questão do ponto eletrônico constará como uma das recomendações finais do seu relatório. “Um médico que é contra bater ponto, para mim já é suspeito. Vou colocar essa recomendação no meu relatório da CEI porque a falta de médicos nas unidades de Goiânia é um problema que precisa ser enfrentado sem demagogia. Se a portaria da SMS está errada, que seja revogada. O que não podemos é abrir mão de um instrumento tecnológico para se fazer cumprir o contrato dos médicos e até mesmo separar o joio do trigo, ou seja, aqueles que realmente trabalham e muitas vezes fazem mais do que sua obrigação, daqueles que não têm compromisso com sua profissão”, asseverou.