Vereador diz que variação da Planta de Valores deve ir até 79% e bairro mais afetado pode ser Negrão de Lima
28 outubro 2014 às 17h37

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Os parlamentares de oposição e do bloco moderado continuam criticando o ato da prefeitura de não apresentar o documento ao Legislativo Municipal

A Planta de Valores de Goiânia, utilizada para calcular o Imposto Predial, Territorial e Urbano (IPTU) e do Imposto Territorial Urbano (ITU) continua sendo o tema que mais gera debate na Câmara Municipal de Goiânia. Nesta terça-feira (28/10), o vereador petista Carlos Soares afirmou que a variação seria de até 79%. “Mas eu não sei explicar os valores”, disse, e completou: “Ouvi dizer que o bairro mais afetado será o Negrão de Lima.”
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Os parlamentares de oposição e do bloco moderado continuam criticando o ato da prefeitura de não apresentar o documento ao Legislativo Municipal, que já votou a alteração das alíquotas do IPTU. O vereador Elias Vaz foi um dos que criticou a medida do prefeito de atrasar a ida da planta para a Casa. “A pressão vinda da população vai ser grande”, garantiu.
Elias Vaz ainda explicou que espera que a audiência pública seja de fato válida, e as pessoas sejam ouvidas. O parlamentar citou as audiências públicas da revisão do plano diretor, dizendo que neste caso não serviram para o resultado final da votação. “Todo mundo foi contra. Aí quando o projeto veio para o plenário, foi aprovado na íntegra. Não adianta”, sustentou.
O reajuste das alíquotas do IPTU e ITU foi aprovado no dia 28 de setembro, em sessão extraordinária. Antes, o projeto já havia sido aprovado, mas foi anulado depois de constatadas irregularidades na escolha do relator da proposta, o vereador Carlos Soares (PT). A anulação veio com base em uma lei de autoria de Izídio Alves (PMDB), aprovada no último dia 7 de setembro, em que o regimento interno da Casa proíbe que o presidente de uma comissão permanente seja relator de um projeto de lei.