O governo federal deve lançar nesta semana o programa Carro Sustentável, que promete reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de carros populares produzidos no Brasil, com foco em modelos mais econômicos e menos poluentes.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve assinar o decreto na próxima quinta-feira, 10, em cerimônia no Palácio do Planalto. A medida faz parte do Movimento Verde da Indústria Automotiva (Mover) e vai regulamentar o chamado IPI Verde, que beneficia veículos com menor impacto ambiental.

Para isso, serão considerados critérios como eficiência energética, potência, tipo de combustível, reciclabilidade e a origem da produção, que deve ser nacional — o que exclui modelos importados da China.

Carros com motor 1.0 flex devem ser os principais beneficiados

O foco da nova política será em carros 1.0 flex, com potência abaixo de 90 cavalos, geralmente utilizados como veículos de entrada por consumidores brasileiros. Esses modelos hoje pagam 7% de IPI e devem ter uma redução significativa no imposto.

No entanto, modelos 1.0 turbo não devem ser incluídos. Entre os carros populares que devem se beneficiar da redução de IPI estão:

  • Chevrolet Onix
  • Chevrolet Onix Plus
  • Fiat Argo
  • Fiat Cronos
  • Fiat Mobi
  • Renault Kwid
  • Hyundai HB20
  • Hyundai HB20S
  • Volkswagen Polo (Track e Robust)
  • Volkswagen Tera
  • Citroën C3
  • Citroën Basalt
  • Peugeot 208

Esses modelos atendem aos critérios de potência, motorização e produção local, sendo os principais candidatos ao benefício fiscal. O novo programa segue na direção oposta à política dos Estados Unidos sob o governo Trump, que priorizou veículos a combustão. No Brasil, a ideia é fomentar uma transição para veículos menos poluentes, mesmo dentro do segmento de carros populares.

Diferente do pacote lançado em 2023, que teve um orçamento de R$ 1,5 bilhão e previa descontos diretos no valor de venda, o Carro Sustentável vai atuar por meio da redução direta do IPI, sem limite de preço, mas com regras mais rigorosas sobre os modelos elegíveis. A medida vai beneficiar tanto pessoas físicas quanto empresas.

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