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A nova versão de “Vale Tudo” transformou a clássica pergunta “Quem matou Odete Roitman?” em um enigma ainda mais instigante: e se a vilã não tiver morrido?

Com a trama em clima de mistério, o público e até parte da equipe da novela levantam a hipótese de que Odete (Debora Bloch) possa ter forjado a própria morte — repetindo, de forma moderna, o jogo de aparências que sempre marcou a personagem.

Nos bastidores, fontes ligadas à produção confirmam que há versões alternativas de desfecho, e uma delas prevê o retorno da empresária viva, em uma virada inspirada na icônica “banana para o Brasil” dada por Marco Aurélio (Alexandre Nero), cena que encerrou a versão original de 1988.

Pistas em cena alimentam a teoria

Os episódios mais recentes deixaram detalhes que sustentam a suspeita. Logo após o crime, o delegado Mauro (Cláudio Jaborandy) mostrou pressa incomum para retirar o corpo do hotel, citando a pressão de um secretário de segurança próximo à vítima.

O caixão permaneceu fechado durante todo o velório — decisão atribuída a um pedido de Odete —, levantando dúvidas sobre quem realmente foi sepultado. Além disso, funcionários próximos à empresária, como Consuelo (Belize Pombal) e Freitas (Luís Lobianco), demonstraram comportamento suspeito: a primeira recebeu um aumento expressivo, e o segundo se despediu da chefe de forma emocional, sugerindo cumplicidade.

Elenco e autores entram no jogo

A teoria não ficou restrita às redes sociais. O próprio Aguinaldo Silva, coautor da versão original, comentou o assunto durante o lançamento de “Três Graças”: “Eu também suspeito que Odete não morreu. Mas é só uma suspeita”, disse o autor, rindo.

Já Alexandre Nero, intérprete de Marco Aurélio, reagiu com indignação à hipótese durante o programa “Mais Você”:

Viva, não! Viva, não! Seria um balde de água fria! Já basta o Comendador”, brincou, relembrando o personagem que simulou a própria morte em “Império” (2014).

Entre nostalgia e reinvenção

Mais do que um mistério policial, a nova “Vale Tudo” se consolida como um fenômeno de interação coletiva, em que público e elenco participam da construção do suspense.

Fóruns, grupos e redes sociais reproduzem o comportamento de Vasco, personagem que, na trama, organiza um “bolão” sobre o assassino de Odete.

Ao apostar em múltiplos finais e teorias paralelas, a autora Manuela Dias recria o impacto cultural da novela de 1988, agora em sintonia com a lógica das séries de streaming e do engajamento digital.

No ar e nas redes, a dúvida persiste: Odete Roitman foi assassinada — ou apenas escreveu o próprio final?

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