“União Brasil se afasta definitivamente do governo Lula”, afirma Caiado

03 setembro 2025 às 16h37

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O governador Ronaldo Caiado (UB) comemorou a decisão do União Brasil de romper oficialmente com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Acabamos de convalidar na executiva do partido o afastamento definitivo do União Brasil, do governo federal, de toda e qualquer parceria nos estados com partidos do PT e da esquerda”, afirmou Caiado, após reunião da federação União Progressista, que reúne União Brasil e PP.
“A posição do União Brasil é se articular para 2026, ganhar as eleições, é endireitar o Brasil e cada vez mais trazer esperança para o povo brasileiro”, continuou.
Com a medida, os ministros Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esporte) terão de deixar os cargos até o fim de setembro. A decisão também prevê apoio das siglas a um projeto de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, mantendo, porém, a inelegibilidade do ex-mandatário.
O rompimento deve reduzir a base do governo na Câmara para 259 deputados — apenas dois a mais que o mínimo necessário — e aumentar a instabilidade política em meio à queda de popularidade do presidente. Ainda assim, parte das indicações políticas do União Brasil e do PP, como Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Carlos Vieira (Caixa Econômica Federal), devem permanecer na administração.
Desembarque
A federação União Progressista, formada pelos partidos União Brasil e PP, decidiu, nesta terça-feira, 2, que todos os seus filiados devem deixar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A informação foi revelada pela Folha de S.Paulo e confirmada por lideranças das legendas.
A expectativa é que Fufuca e Sabino deixem os ministérios até o fim de setembro. A medida foi discutida pelos presidentes das duas legendas, Antonio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP), em reunião realizada nesta terça-feira.
A decisão ocorreu após Lula cobrar fidelidade dos ministros do centrão durante reunião ministerial na semana passada, chegando a sugerir que deixassem o governo caso não estivessem confortáveis em defender a gestão petista. A fala aumentou a pressão pelo desembarque, já defendido por Rueda e Ciro, mas antes contestado pelas alas das legendas.
Nos bastidores, Fufuca e Sabino tentaram evitar a saída, já que ambos planejavam disputar o Senado em 2026 e contavam com apoio do presidente. Ainda assim, prevaleceu a orientação pelo rompimento.
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