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Um dia após Ronaldo Caiado (UB) confirmar ruptura do União Brasil com Lula da Silva (PT), a cúpula do partido decide que vai entregar em setembro dois dos três ministérios que ocupa no governo, segundo publicação de Andreza Matais no Metrópoles. O Jornal Opção havia adiantado que a maior parte dos membros da federação UB-PP era favorável ao desembarque imediato.

O deputado federal José Nelto (UB) foi um dos que afirmou: “Tem que sair agora. Não pode usar o governo e abandonar depois. O União Progressistas tem candidatura própria e já está definido que não vai apoiar o governo Lula.” Além da deterioração da imagem de Lula pelas crises, o custo para acompanhar o governo tem se tornado alto para o UB após conflitos entre o dirigente da federação UB-PP, Antonio Rueda, e o presidente.

Em um evento da XP, em São Paulo, Antonio Rueda criticou as políticas fiscaisdo governo, responsabilizou Lula pelo tarifaço de Trump, e disse que não apoiaria sua reeleição. Na sexta-feira, 1, o dirigente publicou em seu Instagram: “O compromisso do União não é com cargos ou conveniências, é com princípios. Seguiremos apoiando o que for certo e denunciando os erros, sem medo de desagradar. Independência não se negocia. O União nunca vai se furtar à crítica, à autonomia ou à responsabilidade com o que realmente importa: o país. Quando decisões se afastam do interesse público, como tem frequentemente ocorrido no governo, o silêncio não é uma opção.”

Segundo o Metrópoles, dos três ministros indicados pelo União, apenas Waldez Góes (Integração Nacional) deve permanecer no governo, pois é indicação de Davi Alcolumbre (União-AP). Celso Sabino (Turismo) é filiado ao UB, e deve deixar o cargo ou ser expulso da legenda. Frederico Siqueira (Comunicações) não tem filiação partidária, mas foi indicado pelo União Brasil e também deve deixar o cargo.