TRE mantém condenação de ex-vereadores de Goiatuba por compra de votos
27 fevereiro 2018 às 16h57

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Crimes de corrupção eleitoral, transporte irregular de eleitores e formação de quadrilha foram praticados durante as eleições de 2012
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) rejeitou recurso interposto pelos ex-vereadores de Goiatuba, Sieber Marques Buzain, Genusvaldo Galdino de Araújo e Chirley Vieira Cassiano e manteve acórdão que havia condenado os três a penas de reclusão e pagamento de multa, pelos crimes de corrupção eleitoral, transporte irregular de eleitores e formação de quadrilha.
Os crimes foram praticados durante as eleições de 2012, em um esquema para compra de votos. Na época, também foram denunciados o ex-vereador Jubes Carlos Marques da Silva e Elmo Ferreira de Moura.
Na decisão, a desembargadora Nelma Perilo indeferiu ainda o pedido de suspensão do cumprimento imediato da pena de reclusão até o trânsito em julgado.
“Mostra-se evidente, pelas razões suscitadas, que os embargantes objetivam, unicamente, rediscutir a matéria por não se conformarem com a fundamentação adotada no voto”, ponderou. Desse modo, ela determinou a execução imediata da sentença, no prazo de cinco dias contados da vista do Ministério Público Eleitoral.
Entenda o caso
Segundo a denúncia, o ex-vereador Buzain, na condição de “detentor de engenhosa engrenagem para a compra de votos”, montou junto com os demais um esquema que consistia na contratação de intermediadores, que abordavam eleitores com o oferecimento de dinheiro, o que envolvia também, em muitos casos, o transporte no dia do pleito.
Na ocasião, Buzain chegou a ser preso em flagrante pela prática dos crimes de corrupção eleitoral e posse ilegal de armas e munições. A despeito da prisão, o esquema foi mantido pelos demais componentes do grupo.
A atuação do esquema era dividida em dois grupos distintos, ligados por operações conectadas – o grupo político, organizado e dirigido por Buzain, que colocou a máquina criminosa para funcionar de modo a beneficiar Jubes e Genusvaldo, com apoio de Elmo e Chirley, e o grupo operacional, formado pelos intermediadores na compra, oferecimento, promessa ou até mesmo doação de valores ou de benesses em troca de votos dos eleitores, além do transporte para fazer funcionar o esquema no dia da eleição.